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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Pauta Mídia Mundo


O site Mídia Mundo, de vez em quando, também serve para pautar os jornais.

Hoje Tribuna Impressa (Araraquara, SP) traz a história de quando o craque português Eusébio quase veio parar na Ferroviária, exatamente como Mídia Mundo publicou ontem, referindo-se à coluna do seu editor no TerraMagazine.

A edição digital fechada da TI não permite ver se, na reportagem, há alguma referência ao TerraMagazine, a Eduardo Tessler ou ao Mídia Mundo.

Mesmo sem citar a fonte, a história de Eusébio em Araraquara é ótima. Quem sabe na próxima vez a Tribuna Impressa se lembre de citar a origem da pauta.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Tudo igual na terra de Cabral


Morreu Eusébio. E praticamente todos os jornais portugueses usaram a mesma fórmula: foto de época, seu nome, datas de nascimento e de morte e, no máximo, a palavra "eterno".

A Bola (Lisboa, Portugal), i (Lisboa, Portugal), Diário de Notícias (Lisboa, Portugal), Jornal de Notícias (Porto, Portugal), Público (Lisboa, Portugal) e O Jogo (Porto, Portugal) perderam a chance de homenagear o Pantera como o craque merecia.

Criatividade zero no além-mar.

PS: quem quiser ler algo diferente, conto em minha coluna no TerraMagazine a história de quando Eusébio quase veio parar no interior paulista.


sábado, 14 de julho de 2012

Vida curta aos jornais que se vendem

Republico aqui a coluna de ontem do meu blog no Terra Magazine.
Vale a pena pensar a respeito.


Há pouco mais de três anos afirmei nesse mesmo Terra Magazine que os jornais terão vida longa, apesar dos alarmistas que ganham rios de dinheiro dando palestras apocalípticas sobre o fim anunciado do companheiro de todas as manhãs.
Nunca tive tanta certeza assim. Os jornais terão vida muito longa e conviverão – já convivem – com as mídias digitais, cada um desempenhando o seu papel. Jornais estão mudando seu jeito de ser, isso sim. Menos notícias, mais análises. Menos páginas, mais conteúdos interessantes.
Mas há uma categoria crescente de jornais com vida curta: os jornais mal administrados, que fazem acordos com políticos. Um apoio editorial em troca de anúncios da prefeitura.

Leia a coluna completa no Terra Magazine

http://terramagazine.terra.com.br/blogdotessler/blog/2012/07/13/vida-curta-aos-jornais-que-se-vendem/

domingo, 12 de julho de 2009

Vida longa aos Jornais

* Publicado no Terra Magazine em 22/04/2009

Eduardo Tessler

Os alarmistas e apocalípticos de plantão já escolheram o alvo preferencial desta década: os jornais. Com a mesma sabedoria de quem decretou a extinção do veículo que ainda teima em correr de mão em mão em casas, aviões, bares e metrôs do mundo inteiro há mais de 200 anos, os analistas dizem que em 10 ou 15 anos já não haverá mais jornais no planeta.

Pura bobagem. Erro de cálculo de quem insiste em não entender os hábitos dos cidadãos e prefere confiar em business plan ou em dados de algum gênio. Jornal é um produto rápido, prático e barato. O problema não é o objeto jornal, mas o jornal ruim, o jornal que parou no tempo, o jornal que procura informar coisas que seus leitores já sabem. E ainda tentam cobrar o equivalente a um litro de leite ou a uma cerveja por um exemplar de notícia velha.

É verdade que nos Estados Unidos alguns jornais tradicionais fecharam as portas. Mas uma análise mais apurada revela que em nenhum caso o motivo foi a chegada de novos meios - como a Internet ou qualquer plataforma digital. Eles deixaram de circular porque estavam mal administrados. Em algum momento os administradores entenderam que o dinheiro rendia mais aplicado em bolsa de valores do que na odisséia da notícia. A crise de setembro de 2008 acabou com o sonho. Quebra total de quem aplicou onde não devia.

A prova que jornal é um bom negócio é que mesmo em tempos de recessão empresas que enxergam o futuro lançam mais títulos no mercado, muitas vezes saturado. Semana que vem a Venezuela recebe um novo jornal, "El Mundo Economia y Negocios", voltado pra a área econômico-financeira. E no início de maio Portugal conhecerá o "i", jornal de informações gerais especializado em análise dos fatos. Ou seja, há espaço, há que saber descobri-lo.

Jornal é um produto de consumo imediato e tem curta duração de vida. Há mais de 100 anos é assim. O que mudou foi a velocidade da informação. Hoje a notícia chega por diversas formas, pela televisão ligada durante o almoço, pelo rádio do carro, pela Internet, pelos telefones celulares, pelos amigos, pelo papo de bar. Mas se a notícia envelhece durante o dia, para que serve o jornal? Para explicar. Para traduzir o enorme manancial de informações que corre pelos olhos do cidadão em informação útil. Quem souber ir mais além do fato, trabalhar o next e o why, não corre o risco de fechar.

O problema é que poucos entenderam isso no Brasil. Na esmagadora maioria dos dias, as manchetes dos principais jornais brasileiros é exatamente o tema de abertura dos telejornais da noite anterior. Parece até que esperam a fala dos apresentadores para definirem a primeira página. Ora, os tempos mudaram. Não há mais espaço para a perda de tempo. A culpa não é da crise, mas da falta de criatividade dos jornais. O medo dos diretores é o que comanda a falta de ousadia dos jornais brasileiros.

O Brasil não tem um The New York Times, um The Guardian ou um El País. Na vala comum da imprensa nacional os jornalões falam da farra das passagens aéreas na Câmara ou da taxa Selic. E pretendem que alguém compre um exemplar por isso. Pura ilusão.

Os jornais não estão ameaçados. Mas os jornais ruins, desnecessários, estes sim estão condenados.