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terça-feira, 22 de abril de 2025

A capa irrepetível

 

Só poderia vir da Argentina a melhor capa em homenagem ao papa Francisco.

O La Nación (Buenos Aires, Argentina) utilizou a mesma imagem publicada por tantos outros impressos pelo mundo, mas achou as palavras ideais: Um Papa Irrepetível.

É impossível repetir o argentino Bergoglio, que abriu a Igreja às minorias, que colocou o dedo nas chagas da pedofilia e do desvio da corrupção no Vaticano.

Francisco só tem um.

Parabéns, La Nación.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Jornalismo com uma pitada de sorte

De vez em quando é preciso ter um pouco de sorte no jornalismo.

Era páscoa. O papa andou doente. Mas publicar uma foto de Francisco na capa de segunda-feira não era algo tão óbvio assim.

Mesmo assim The Wall Street Journal (Nova York, NY), El País (Madri, Espanha), The Guardian (Londres, UK), Le Figaro (Paris, França), Clarín (Buenos Aires, Argentina) e Folha de S. Paulo (SP) colocaram o papa Bergoglio na capa, por diversos motivos. E foi a última imagem com vida.

Amanhã 10 entre 10 impressos estarão com o papa na capa. Mas este seleto grupo já antecipou na véspera.

Foi sorte, sem dúvidas.









terça-feira, 8 de abril de 2025

Impresso é um pôster

 

O real sentido de uma mídia impressa é traduzir uma ideia ao primeiro olhar. Como se fosse um outdoor ou um pôster. 

Encher a primeira página de fotos e informações desencontradas, como um painel que atira para todos os lados, é a maneira antiga de se fazer jornal.

Por isso a capa simples e direta do The Dallas Morning News (Dallas, TX) é um exemplo de como fazer a primeira página sem exageros. Comunicar e ponto.

Ou não faz sentido.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

A capa da semana

 

Não é preciso entender inglês para captar a mensagem do The Economist (Londres, UK).

Simplesmente uma capa perfeita.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Como NÃO se faz uma capa

O Diário de S. Paulo (SP), antigo Diário Popular, já foi um ótimo jornal. Foi o primeiro a adotar a "pós-notícia", em uma grande reforma editorial que ocorreu em 2011.

Mas isso ficou no passado. Duas vendas co controle acionário depois, o jornal agora mal serve para embrulhar peixe. Defende uma ideologia abertamente e propõe a "neo-notícia" (factóides fake para um público microscópico que vive na mesma bolha). 

Hoje o DSP consegue a façanha de dar manchete a algo fora de contexto, oferece a segunda chamada a uma "no news" do prefeito de São Paulo (alinhado com a extrema-direita) e fala da notícia que está na manchete de 10 entre 10 impressos no Brasil de uma forma invertida: o protagonismo é do réu, com mais uma bobagem de seu repertório.

É muito triste ver o Diário de S. Paulo assim. Um jornal morto em atividade.

terça-feira, 25 de março de 2025

Publicidade em Digital já é quase o mesmo que em TV no Brasil


Saiu o levantamento que o CENP Meios (Forum de Autorregulação do Mercado Publicitário) elabora todos os anos, com base em informações das agências espalhadas pelo Brasil. A novidade é o crescimento do Digital no bolo: 39,8% do total, chegando perto dos 42,4% do meio Televisão (aberta e por assinatura).

O total do investimento em mídia chegou a R$ 26,3 bilhões no país, dois terços dos quais no mercado nacional.

Display é a forma preferida de publicidade digital (59,4%), enquanto a TV aberta concentra 82,4% de tudo o que se gasta no meio TV.

O relatório completo está no site do CENP.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Gaúchos apaixonados por notícias velhas

 

Os três impressos líderes do Rio Grande do Sul conseguem cometer o mesmo erro. É a escola da notícia velha na capa.

Sábado, o Internacional venceu a primeira final do Gauchão. Vai precisar confirmar no próximo domingo para sair com o título.
O que dizem os impressos hoje, segunda-feira?

Zero Hora (Porto Alegre, RS) diz que foi "uma vitória maiúscula". Sim, verdade. Mas ocorreu há mais de 36 horas!

Correio do Povo (Porto Alegre, RS) fala que o Inter "largou em vantagem". Ah, é mesmo? Pior, o Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) repetiu a mesma notícia velha.

Enfim, um exercício de jornalismo absurdamente arcaico, o que justifica as circulações pífias dos três diários.