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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Atentado não é a matéria do dia na Argentina


A sede do jornal Clarín (Buenos Aires, Argentina) sofru um atentado na noite de segunda-feira. Algumas bombas caseiras que não causaram maiores danos, mas obrigou até o Presidente da República se manifestar, a favor da liberdade de imprensa.

Curiosamente a importância que o matutino dá na capa é semelhante a do seu concorrente La Nación (Buenos Aires, Argentina). 

Foto na capa, mas não manchete. E página virada.
 

sábado, 20 de novembro de 2021

Dia da consciência negra


Triste o país que ainda precisa de um dia específico para lembrar da consciência negra. Mas pela enorme desigualdade de oportunidades, o Brasil ainda terá que comemorar muitas vezes antes de ter resolvido esse problema.

Os impressos se prepararam para a data. Muitos celebraram nas capas. O mais impactante é o Correio* (Salvador, BA), talvez pela maioria negra da Bahia. Uma capa limpa e de bom gosto, mas que faz pensar.

A aposta é tão forte que o logo, com o nome do jornal, foi para segundo plano. Na posição do alto apenas o asterisco característico.

Tremendo acerto do Correio*.

sábado, 13 de novembro de 2021

Gráfico diferente do The New York Times


No jornalismo impresso há sempre maneiras de inovar. E quem não inova se torna descartável, perde a relevância.

O gráfico na capa do The New York Times (Nova York, NY) de hoje é um exemplo. Fora dos habituais modelos (linhas, barras, círculo/pizza) o desenho é extremamente informativo e chama a atenção também pela simplicidade.

Muito bom.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Ranking de assinaturas digitais em língua inglesa


O Press Gazzette (Londres, UK) acaba de publicar o ranking dos meios de comunicação de língua inglesa com maior número de assinaturas digital-only.

O original está aqui, com todos os que perfazem mais que 100 mil assinaturas (são apenas 30). No quadro ao lado os que superam o milhão.

Verdade que há muita discussão sobre critérios e sobre a veracidade dos dados da maioria. No Brasil muitos veículos incham seus números com vendas por valores abaixo de 10% do equivalente impresso (regra do IVC para contabilizar).

De qualquer forma vale para se entender a dificuldade da conversão para o Digital e o sucesso de quem investe em bom jornalismo, como The New York Times (Nova York, NY), The Washington Post (Washington, DC) e The Wall Street Journal (Nova York, NY).

sábado, 6 de novembro de 2021

Duas capas sobre Marília

A morte repentina de Marília Mendonça serviu como um exercício para as redações mostrarem aos leitores de impressos a importância de uma boa capa. 

A grande maioria dos jornais brasileiros fez o obvio: a notícia da morte, com a foto do avião caído, ou uma imagem de Marília alegre e cantando. Pura perda de tempo - e de espaço. No mundo da informação em tempo real tudo isso chega muito velho ao leitor. 

Quem saiu-se bem no tema de casa foram Correio Braziliense (Brasília, DF) e Meia Hora (Rio de Janeiro, RJ), casualmente com a mesma foto - a última de Marília, a caminho do avião. São capas que fazem pensar. As outras não servem para muita coisa.























 

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

O absurdo, convicto e recorrente equívoco dos impressos gaúchos

Já não há palavras para descrever o absurdo jornalístico que acontece nos impressos do Rio Grande do Sul, quando o assunto é futebol.

Ontem o Grêmio jogou em Porto Alegre, perdeu para o Palmeiras, ficou com remotas chances de escapar do rebaixamento à Série B de 2022 e ainda por cima sua torcida invadiu o campo, depredou equipamento de VAR e, de quebra, ainda provou alguns estragos no lado de fora. O assunto está nas TVs, sites e jornais do mundo inteiro.

O Inter, por sua vez, poupou jogadores e perdeu para o São Paulo fora de casa, resultado esperado e que muda pouco suas ambições no ano.

Só que Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) consideram os dois fatos com a mesma importância. Dividem milimetricamente a capa para não desagradar as torcidas. Esquecem que os fatos não são iguais e subvertem as melhores práticas editoriais, que exige que se hierarquize os fatos. São jornais medrosos, descartáveis, que não fazem nenhum sentido. A julgar pelas capas de hoje, talvez sirvam para limpar cães e gatos. Talvez.

Detalhe: essa prática é recorrente, como mostrou Mídia Mundo em 05/07 e em 21/01, para ficar só em 2021.



 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A pasta e a cerveja


Ontem foi o dia do Ministro das Finanças do Reino Unido entregar ao Primeiro-Ministro o orçamento do próximo ano. Trata-se de uma tradição, o Ministro vai ao gabinete do PM com uma mala-pasta, com os detalhes.

A tradição é tanta que a foto da Mala-Pasta está nas capas de Financial Times (Londres, UK), The Times (Londres, UK) e The Independent (Londres, UK).

Mas The Daily Telegraph (Londres, UK) e The Guardian (Londres, UK) preferiram a imagem do momento seguinte: a comemoração pela aprovação do orçamento. Um chope em um pub - até porque o preço do pint será afetado pelo corte de taxas.

Curioso é que o The Guardian retirou o Primeiro-Ministro Boris Johnson da foto. O dia é do Ministro das Finanças Rishi Sunak.