quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
Por um 2021 melhor que 2020
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Arte de qualidade na Folha
Existem maneiras inteligentes - e elegantes - de publicar imagens em jornais, além de fotografias. Muitas vezes as fotos de vários locais, juntas, não combinam. Fica uma salada intragável.
A solução que a Folha de S. Paulo (SP) utilizou nos bonitos traços de Veridiana Scarpelli é excelente. Desenhos que respeitam cada local, mas trazem uma identidade à informação.
Arte é jornalismo. Só é preciso saber usar, como fez a Folha.
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
A volta de um centenário
O Diário de Notícias (Lisboa, Portugal) voltou às bancas 7 dias por semana. Em um cenário de extrema crise dos impressos, é uma notícia surpreendente, uma aposta que todos torcem para que dê certo.
Com 156 anos, o DN é a tradição jornalística de Portugal. Uma série de gestões problemáticas o levaram à lona. Agora tenta se levantar.
Vai ser difícil, mas vale a tentativa.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
As capas-cartões do Canadá
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Linda arte na capa
A ilustração de Adams Carvalho, na capa da Folha de S. Paulo (SP) de hoje, é quase uma obra-prima. Conecta imagens da década, com um traço que as unifica. Uma história contada através da arte.
Parabéns à Folha, que ensina a impressos mais conservadores que arte é informação - e que, portanto, pode estar com destaque na capa.
E parabéns a Adams, um grande artista.
sábado, 12 de dezembro de 2020
O editorial de revolta da Folha
Apareceu na capa do site da Folha de S. Paulo (SP) às 13h57 deste sábado. É um grito de desespero, um apelo para que a incompetência da equipe que controla o Palácio do Planalto faça alguma coisa. Um editorial como há muito não se via.
Vacinação já
Passou de todos os limites a estupidez assassina do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus. É hora de deixar de lado a irresponsabilidade delinquente, de ao menos fingir capacidade e maturidade para liderar a nação de 212 milhões de habitantes num momento dramático da sua trajetória coletiva. Chega de molecagens com a vacina!
Mais de 180 mil pessoas morreram de Covid-19 no Brasil pela contagem dos estados, subestimada. A epidemia voltou a sair do controle, a pressionar os serviços de saúde e a enlutar cada vez mais famílias. Trabalhadores e consumidores doentes ou temerosos de contrair o mal com razão se recolhem, o que deprime a atividade econômica. Cego por sua ambição política e com olhos apenas em 2022, Bolsonaro não percebe que o ciclo vicioso da economia prejudica inclusive seus próprios planos eleitorais.
O presidente da República, sabotador de primeira hora das medidas sanitárias exigidas e principal responsável por esse conjunto de desgraças, foi além. Sua cruzada irresponsável contra o governador João Doria esbulhou a confiança dos brasileiros na vacina. Nunca tão poucos se dispuseram a tomar o imunizante, segundo o Datafolha.
Com a ajuda do fantoche apalermado posto no Ministério da Saúde, Bolsonaro produziu curto-circuito numa máquina acostumada a planejar e executar algumas das maiores campanhas de vacinação do planeta. Como se fosse pouco, abarrotou a diretoria da Anvisa com serviçais do obscurantismo e destroçou a credibilidade do órgão técnico.
Abandonada pelo governo federal, a população brasileira assiste aflita ao início da imunização em nações cujos líderes se comportam à altura do desafio. Não faltarão meios jurídicos e políticos de obrigar Bolsonaro e seu círculo de patifes a adquirir, produzir e distribuir a máxima quantidade de vacinas eficazes no menor lapso temporal.
O caminho da coerção, no entanto, é mais acidentado e longo que o da cooperação entre as autoridades federais, estaduais e municipais. Perder tempo, neste caso, é desperdiçar vidas brasileiras, o bem mais precioso da comunidade nacional.
Basta de descaso homicida! Quase nada mais importa do que vacinas já —e para todos os cidadãos.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
Clarice, 100 anos
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
A capa definitiva sobre Diego
Os jornais do mundo inteiro não conseguiram fazer a grande capa sobre a morte de Diego Maradona.
Veio de uma revista alemã, Der Spiegel (Hamburgo, Alemanha), a capa definitiva para El Pibe.
A música de Evita dizia "Don`t Cry for Me, Argentina" (não chore por mim, Argentina).
A capa do Spiegel diz exatamente o contrário: chore por mim.
Grande ideia.
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Um prêmio para a liberdade de imprensa
Peço licença para falar de mim (em primeira pessoa): acabo de ganhar o Prêmio Adepa 2020, categoria Liberdade de Imprensa, com a matéria Fechamento do Newseum ameaça a Informação, publicada no jornal argentino La Nación (Buenos Aires, Argentina).
É uma honra receber esse prêmio, o mais disputado da imprensa argentina. Mais que isso, é muito bom saber que há mais gente preocupada com a liberdade de imprensa e com a necessidade de se manter meios de comunicação livres. Eu apenas contei uma triste história. Quem tiver curiosidade, publiquei sobre o mesmo tema na Época (SP), em português.
Os vencedores do Prêmio Adepa 2020
Eduardo Tessler - Editor
domingo, 29 de novembro de 2020
Jornalões muito iguais em SP
No dia do segundo turno, O Estado de S. Paulo (SP) e Folha de S. Paulo (SP) tiveram rigorosamente a mesma ideia.
sábado, 28 de novembro de 2020
IstoÉ pisa na bola
Uma semana depois a revista copia a arte do jornal, não pede autorização e sequer dá crédito. Até o título é copiado!
A arte é de Kleber Sales, que trabalha no CB.
Ficou feio, IstoÉ. Tremenda bobagem.
PS: Bem observado pelo Poder360
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Pouco talento no adeus a Maradona
No Brasil ninguém se destaca a ponto de justificar a compra de um exemplar. Tampouco na Argentina.
Bons exemplos estão em Libération (Paris, França) e La Tercera (Santiago, Chile).
Os impressos ficaram devendo.
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Estadão defende reeleição de Covas
Vai ser cada vez mais normal o posicionamento. Ainda que uma parte dos leitores não concorde - e talvez procure outro veículo.
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
As capas equivocadas - outra vez - dos impressos gaúchos
Ontem jogaram as duas principais equipes de futebol de Porto Alegre. O Grêmio, à tarde e em casa, poderia até empatar para se classificar - e ganhou por 2 a 0 do Cuiabá, em um jogo fácil. Já o Inter, à noite, precisava vencer o América em Belo Horizonte para sonhar com algo. Venceu aos 49 do segundo tempo, no último lance. E perdeu na sétima cobrança do desempate por pênaltis.
Ou seja, as partidas não eram iguais em horário, em necessidade/dificuldade, tampouco no roteiro dos 90 minutos e nem no desfecho. Fatos desiguais merecem tratamentos diferentes.
Mas Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS), Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) pecaram pelo excesso de planejamento, ignoraram a realidade dos fatos e ofereceram aos leitores capas absurdas, onde o "peso" de cada equipe local deve estar equilibrado.
Tremenda bobagem. Chega a ser um descaso com a inteligência do leitor.
E a circulação? Baixando, é claro.