Imprima essa Página Mídia Mundo: 2022-06-26

sexta-feira, 1 de julho de 2022

USA Today aposta em capa monotemática. De novo

 

Virou rotina.

O USA Today (McLean, VA), jornal nacional dos EUA - terceiro em circulação impressa - está gostando de apostar em um tema predominante em suas capas. Mesmo tendo formato standard.

Terça-feira foi assim.

Hoje outra vez.

Boa aposta.

quinta-feira, 30 de junho de 2022

A dura realidade para os impressos


Errar é humano. Insistir no erro é burrice.

Não há mais qualquer justificativa em se investir pesado em edições impressas e economizar em tecnologia - que favoreceria o digital.

Comprar rotativa, agora, é um primeiro e decisivo passo para o suicídio.

Não é preciso ter bola de cristal, basta olhar os números. O levantamento do NiemanLab e da Press Gazette, que o Poder 360 (Brasília, DF) publica hoje, indica queda de 81% na circulação dos maiores impressos dos EUA desde 2000. Só The Wall Street Journal (Nova York, NY), editado para o nicho de investidores, tem mais de 500 mil exemplares por dia. Em 2000 eram 10 diários superando essa marca.

No Brasil, como já vimos, a maior circulação (em DEZ/21) entre os grandes é a de O Estado de S. Paulo (SP), com pouco mais de 70 mil exemplares/dia. Hoje seguramente está abaixo desse número.

A mensagem é clara: os impressos devem ser vistos - e tratados - não mais como um produto de notícias, mas de análises, opinião, exclusivas. Isso requer maior dedicação, muito mais criatividade, periodicidade não necessariamente diária e um público mais exclusivo - e menor. Mas há um negócio por trás, basta entendê-lo. 

O mais importante conselho que se pode dar é: não se deixe morrer pelo passado, pela nostalgia. Os tempos são outros. É preciso cabeça aberta e uma boa dose de ousadia.

PS: colaboração do colega Cláudio Thomas, ex-editor em jornais da RBS, que transformou-se em atento observador da mídia e hoje vive em Florianópolis

terça-feira, 28 de junho de 2022

Capa precisa de inteligência, de criatividade

USA Today (McLean, VA) é um dos jornais impressos de maior circulação no EUA. É um produto nacional, vendido em todo país.

Mas mesmo assim é preciso ser criativo, ousar, provocar o leitor. Foi exatamente o que fez o USA Today hoje, com 182 nomes de crianças e adultos assassinados em escolas desde 1989.

Não há fotos, apenas contornos de rostos, dando a ideia do volume. E os nomes, idades e locais das barbáries.

Uma capa precisa contar algo, defender alguma ideia. Bem como fez o gigantes americano.
 

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Ponto de inflexão à vista

Um estudo da Price Waterhouse Coopers (PWC), conhecida consultora internacional de negócios, está mexendo com a mídia dos EUA. Segundo o documento apresentado semana passada, em 2026 o dinheiro de publicidade digital em meios de comunicação será superior às receitas por publicidade no papel. Ou seja, haverá mais investimento de anunciantes no meio digital para veículos jornalísticos do que em impresso.

O dado só não é surpreendente porque há muito a receita digital desbancou as mídias analógicas, no total. Ocorre que entre 70% e 85% ficam nas mãos dos dois maiores intermediários, Google e Facebook. Portanto a disputa restringe-se à verba total de  publicidade de um impresso e uma fatia entre 15% e 30% do que entra por via digital. Agora essa fatia será superior à do impresso.

Qual a preocupação? É que segundo o gráfico da PWC a curva da receita em publicidade digital encontra-se estável. O problema é a queda acentuada das receitas de anúncios no impresso. Sem que se recupere esse dinheiro. Foram quase US$ 12 bilhões investidos no papel em 2017. A previsão para 2026 é de US$ 4,9 bilhões.

No Brasil o ponto de inflexão talvez demore um ou dois anos mais - mas vai acontecer. A solução precisa passar por entender digital como negócio principal da empresa, que também oferece outros produtos como o impresso. No The New York Times (Nova York, NY), por exemplo, dois terços das receitas já chegam por meios digitais, principalmente assinaturas. E crescendo

É preciso se mexer, tomar decisões, montar estratégias. Ou depois pode ser tarde demais.