O dado só não é surpreendente porque há muito a receita digital desbancou as mídias analógicas, no total. Ocorre que entre 70% e 85% ficam nas mãos dos dois maiores intermediários, Google e Facebook. Portanto a disputa restringe-se à verba total de publicidade de um impresso e uma fatia entre 15% e 30% do que entra por via digital. Agora essa fatia será superior à do impresso.
Qual a preocupação? É que segundo o gráfico da PWC a curva da receita em publicidade digital encontra-se estável. O problema é a queda acentuada das receitas de anúncios no impresso. Sem que se recupere esse dinheiro. Foram quase US$ 12 bilhões investidos no papel em 2017. A previsão para 2026 é de US$ 4,9 bilhões.
No Brasil o ponto de inflexão talvez demore um ou dois anos mais - mas vai acontecer. A solução precisa passar por entender digital como negócio principal da empresa, que também oferece outros produtos como o impresso. No The New York Times (Nova York, NY), por exemplo, dois terços das receitas já chegam por meios digitais, principalmente assinaturas. E crescendo
É preciso se mexer, tomar decisões, montar estratégias. Ou depois pode ser tarde demais.
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