Não há lugar para tanta alegria

O título da Stanley Cup extrapolou os limites da alegria nos jornais de Chicago.

Capa monotemática do sempre sério Chicago Tribune (Chicago, IL).

Capa e contracapa no Chicago Sun-Times (Chicago, IL).

Capa e contra no alegre Red Eye (Chicago, IL).

Não se pode poupar espaço para comemorar com a cidade.

Boa ideia em Blumenau

Em tempos de Copa do Mundo é preciso ser muito criativo, principalmente em dias em que não há jogos do Brasil.

O Jornal de Santa Catarina (Blumenau, CS) foi buscar cidadãos homônimos aos jogadores da Seleção e apresentou uma ótima matéria de sábado.

Esses austríacos...

Sabe o que está na capa do Der Standard (Viena, Áustria)?

Está escrito: A melhor história do dia.

Para isso serve um jornal

A Gazeta do Povo (Curitiba, PR) conseguiu contar uma história que ninguém ficou sabendo antes pelas mídias mais velozes.

O terrível acidente com um ônibus urbano, que resultou na morte de duas pessoas, foi contado de outra forma, pelas palavras de uma passageira que viu e ouviu o desespero do motorista.

Mais ainda, a Gazeta conta também as histórias das duas vítimas.

Para isso serve um jornal diário. Para ir além da informação.

A Bahia sempre tem um jeito

Nem só de jornalismo diário vive a Bahia.

O semanal Jornal da Metrópole (Salvador, BA), gratuito, está fazendo história.

Pautas criativas, cultura visual de primeira linha, o JM caiu no gosto do baiano.

Uma ótima ideia para outras cidades onde o monopólio da informação limita

Copa do Mundo - Dois favoritos com outras prioridades

Inglaterra e Itália são sempre candidatos ao título.
Mas hoje seus jornais estão mais preocupados com outros temas.
The Guardian (Londres, UK) lembra os 38 anos do domingo sangrento, que até valeu música da banda irlandesa U2.
Já Il Tirreno (Livorno, Itália), assim como a maioria dos mjornais italianos, exibe uma faixa preta, como luto por uma decisão do governo que vai contra a liberdade de imprensa.
E nada de Mundial.

Copa do Mundo - Nos EUA ainda há confusão

Mesmo que a Seleção dos EUA participe da Copa, o futebol não é muito popular por lá.
O Chicago Sun Times (Chicago, IL) faz uma capa monotemática esportiva, mas para outro futebol, o americano.
Já o Orlando Sentinel (Orlando, FL) e o Rockford Register Star (Rockford, IL) falam de futebol, mas muito mais para explicar ao leitor que esporte, afinal é esse.
Pelo jeito, mudou muito pouco o país apesar do Mundial de 1994.

Update: o leitor Rafael observou bem. "O Chicago Sun-Times traz, na verdade, a foto de um jogador do Chicago Blackhawks, que conquistou o Stanley Cup, troféu dado à equipe vencedora da NHL, principal liga de hóquei no gelo do mundo"

Obrigado Rafael.

Copa do Mundo - Lance! acertou em cheio

Só mesmo o esportivo Lance! (Rio de Janeiro, RJ) soube traduzir o sentimento do brasileiro nesse dia de início de Copa do Mundo.

Começa o drama.

Nunca, nos últimos tempos, uma Copa do Mundo mobilizou tão pouco a emoção do brasileiro, que pelo jeito não está acreditando nas estratégias de Dunga e em seu grupo.

Copa do Mundo - Os poetas da não informação

Há quem tente ser criativo, mas o clichê fala mais alto e falta informação, novidade.
É realmente difícil competir com a TV em uma Copa do Mundo.

Copa do Mundo - Como não dizer absolutamente nada

Há sete anos a Fifa decidiu que a Copa do Mundo seria na África e que começaria em 11 de junho de 2010.
Sete anos é tempo suficiente para os jornais imaginarem uma chamada melhor do que o óbvio de não dizer nada.

De onde é esta foto?

Difícil dizer.

O desenho equivocado da capa do Jornal do Dia (Macapá, AP) dificulta o entendimento.

É foto da manchete ou da chamada do PT?

Talvez de nenhuma delas. Parece mais um estudante prestando vestibular.

Confusão geral no Amapá.


Dica de Rodrigo Cunha

A capa inteligente e a ingênua

Mais uma vez o Diário de Pernambuco (Recife, PE) acerta a mão e investe em uma linda imagem que foge do lugar-comum. E fala de Copa sem falar da Copa, e sim do que ninguém vê. Genial.
Já o Diário Catarinense (Florianópolis, SC) vai no mais óbvio jornalismo-clichê e ataca de vuvuzelas e desenhos de bichinhos. Essa é a maneira insensata de fugir do lugar-comum. Mistura desinformação com ingenuidade.
Deve ter feito sucesso. Nas cheches.

A Copa de quem não vai à África

O clima de Copa do Mundo começou a contagiar mesmo os países que não estarão na grande festa do futebol.
Basta ver o Guelph Mercury (Guelph, Canadá), o Kuwait Times (Kuwait City, Kuwait) e o The Telegraph (Calcutá, Índia).

Taxa de juros na manchete?

O Estadão fez escola.

Agora O Liberal (Belém, PA) vai de taxa de juros na manchete.

É mais um exemplo da inércia informativa, alguém que decreta: "isso é importante".

Pronto, vira manchete.

E danem-se os leitores.

Errou o tiro

A pré-candidata Dilma Rousseff deu uma entrevista a uma rádio de São José dos Campos, terça-feira, e ontem - como já virou hábito - o PSDB reclamou de propaganda antecipada.

Se é hábito, não é notícia. Muito menos manchete, como fez O Vale (São José dos Campos, SP).

Mas o manchetaço estava no conteúdo da entrevista. Dilma disse que antes de Lula o país estava "funhanhando".

Funhanhando? O que é isso? Essa é a manchete, o novo verbo da corrida eleitoral.

Lembra o "chafurdar" de Fernando Collor.

A diferença é a vírgula

Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) estão tão previsíveis e parecidos que para diferenciá-los é preciso olhar os detalhes.
Sim, a Folha aplicou uma vírgula na manchete.
O resto é igualzinho.

O Poteiro virou Capista

Antônio Poteiro morreu.

Sua arte ficou registrada em algumas centenas de potes.

Seu traço simples e sincero está hoje na capa de O Popular (Goiânia, GO), como uma justa homenagem a quem levou o nome do estado para o mundo.

O grande gol de O Popular foi criar a moldura com a arte do Poteiro, deixando o conteúdo no centro.

Parabéns pela ousadia.

A foto que surpreende

Muitas vezes uma cena está tão próxima da gente que não chega a chamar a atenção.

Mas um corte diferente transforma a informação em algo genial. Como os tubos de irrigação no deserto de Yuma, na capa de hoje do Yuma Sun (Yuma, AZ).

Tudo de copia

A apresentadora Adriane Galisteu apresenta sua barriga de sete meses de gravidez na capa do Extra (Rio de Janeiro, RJ).
Uma foto linda. Exatamente igual à premiada imagem da atriz americana Demi Moore, publicada na capa da revista Vanity Fair (Nova York, NY) em 1991.
No jornalismo pouco se cria e muito se copia.