Imprima essa Página Mídia Mundo: 2011-01-16

sábado, 22 de janeiro de 2011

A grande arte do fim de semana


Vem de O Popular (Goiânia, GO) a melhor arte destes dias.

Não é preciso inventar. Quanto mais simples, melhor.

A contagem dos casos de dengue em Goiás é uma aula aos que gostam de complicar.

O jornalismo pasteurizado da Espanha

Nada mais igual que um jornal da Espanha e seu concorrente.
Ou como explicar que o abraço do ex-premier José Maria Aznar no seu colega de partido Mariano Rajoy ganhe tanto espaço em TODAS as capas?
É um fato político? OK, é verdade. Fato que durante a sexta-feira invadiu os lares espanhois por TV e Internet. E que apenas é uma tentativa de compor, mais uma vez, uma chapa de oposição.
Mas é um filme antigo, que os jornais se iludiram e pensam que é novo.
Na mesma armadilha estão El País (Madri, Espanha), El Mundo (Madri, Espanha), ABC (Madri, Espanha), La Razón (Madri, Espanha) e El Periódico (Barcelona, Espanha).
Todos iguais.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Infográfico simples e de bom gosto


Está na capa do Omaha World-Herald (Omaha, NE).

Apenas uma linha, comparando os anos.

E tudo em uma linha de trem - o objeto da matéria.

Template anos 80


O Diário do Grande ABC (Santo André, SP) precisa renovar sua biblioteca de capas.

A simetria atual morreu nos jornais do anos 80.

Por que?

Porque a simetria dá pesos iguais a notícias hierarquicamente diferentes. E, dessa forma, tira peso da informação principal, que está no meio da página.

Quanto mais surpresas, quanto mais diferenças, melhor.

O drama humano é mais importante que o fato


Acertou O Popular (Goiânia, GO).

No caso da anulação de quatro concursos públicos, que afeta a vida de quase 4 mil servidores empossados, a pega do jornal goiano foi ver a consequência, não a causa.

O drama na vida dessa gente é muito mais tocante que a simples notícia.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A maneira inteligente de contar uma história

A morte brutal do menino Jonas é fato conhecido até pela última árvore da Rua das Palmeiras, tradicional ponto de Joinville.
Por isso, um jornal local deve dar um passo a mais, já que chega depois das mídias eletrônicas e digitais às mãos da audiência.
Acertou em cheio A Notícia (Joinville, SC), que conta o drama da mãe do garoto.
Errou feio Notícias do Dia (Joinville, SC), que apenas limita-se a destacar o fato, puro e duro, em manchete.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Boa arte, ideia vazia


O Correio* (Salvador, BA) utilizou uma ideia que ganhou fama na capa do Correio Braziliense (Brasília, DF) em 2002, no dia do jogo Brasil x Inglaterra, pela Copa do Mundo.
Por ser na madrugada, depois do horário de fechamento, o CB decidiu publicar duas manchetes, uma de cada lado da capa. Assim o leitor leria a informação correta de qualquer maneira.
Hoje o diário baiano faz o mesmo, mas com uma pequena diferença. As informações nos lados não são opostas, mas complementares. Aí complicou o entendimento do leitor.
E tudo o que complica deve ser evitado.

Update: como bem observaram Jack de Carvalho e Filipe Costa, há pouquíssimo tempo o Extra utilizou a mesma ideia. Só que o jornal carioca tinha um motivo editorial: a leitura em cada extremo da capa revelava informações completamente opostas.


O jornal desnecessário


Qual é a informação menos importante, a foto mais irrelevante da tragédia da Serra carioca?

As falas do governador Sérgio Cabral, uma ladainha de informações desencontradas em meio a mais de 700 vítimas.

Por isso não há sentido de O Fluminense (Niteroi, RJ) dar como foto principal a coletiva do governador.

Totalmente desnecessário. Do tempo em que importante era apenas o que as autoridades falavam.

Brincando com o idioma - II


Hoje a pérola vem do Jornal de Jundiaí (Jundiaí, SP).

O que o jornal quis dizer com essa manchete?

Dois golaços da RBS


Dois jornais da RBS acertaram em cheio hoje.
O Pioneiro (Caxias do Sul, RS) fez o mais básico e obvio que um jornalista deve fazer - mas geralmente não faz. Foi até uma estrada esburacada e contou o número de buracos. São exatamente 203 em apenas 42 quilômetros.
Muitas vezes o que parece banal é um grande acerto.
Um pouco mais ao norte, o Diário Catarinense (Florianópolis, SC) mudou a capa a tempo e publicou foto de Caio Marcelo, às 23h27min, mostrando a lagoa em que se tranformou um dos principais cruzamentos da cidade.
Simples e eficiente.

O pensar diferente da BusinessWeek


Genial!

Não há palavras para explicar a maravilhosa capa da Bloomberg BusinessWeek (Nova York, NY).

A grande revista de economia dos EUA conta histórias com sabedoria e transforma o que parece ser um tema menor em uma maravilhosa reportagem.

E a capa, perfeita.


Via Innovations in Newspapers, de Juan Antonio Giner

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Como ser criativo com um fato conhecido


O Libération (Paris, França) é brilhante em criatividade.

O diário da esquerda francesa achou a foto perfeita para ilustrar o fim da tirania na Tunísia.

Muito melhor que qualquer foto do ex-presidente.

Brincando com o idioma

A língua portuguesa é rica em palavras, mas sempre há jornais que gostam de confundir o leitor com pegadinhas no idioma.

Qual o sentido do "outro" na manchete do Diário dos Campos (Ponta Grossa, PR)?

Será que o menino de 14 teria matado "o mesmo" de 12?

Quando se procura enfeitar manchetes, acaba-se muitas vezes por fazer uma construção equivocada.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Absolutamente genial


O Extra (Rio de Janeiro, RJ) dá exemplo de ótimo jornalismo e dedica a capa inteira a uma história.

Nada mais profundo e revelador do que a história de um personagem que perdeu a família com as chuvas e deslizamentos.

Perfeito.

domingo, 16 de janeiro de 2011

A reportagem de domingo


O Dia (Rio de Janeiro, RJ) colocou o dedo na ferida.

Descobriu que desde 2005 a tragédia da Serra já estava prevista.

E os governantes cruzaram os braços.

Em democracias mais desenvolvidas isso se chama homicídio culposo.

Jornal serve para isso.

Enquanto isso, no Arizona...

A tragédia das chuvas fez o Brasil esquecer o comportamento de um maluco que distribuiu rajadas de tiros em Tucson, Arizona (EUA).
Mas a revista Time (Nova York, NY), o Los Angeles Times (Los Angeles, CA) e o The Arizona Republic (Phoenix, AZ) não esquecem.