Imprima essa Página Mídia Mundo: 2011-01-30

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O sono do soldado na conexão Cairo-NY-SP

A foto de Tara Todras-Whitehill, da Associated Press, do sono despreocupado do soldado em plena guerra civil no Cairo, deu a volta ao mundo e ganhou destaque em São Paulo.
Está na capa do The New York Times (Nova York, NY), de O Estado de S. Paulo (SP) e da Folha de S. Paulo (SP).


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Extra aperta a marcação e faz um golaço


Romário é um personagem do Rio. E também é deputado federal, eleito com 146 mil votos dos cariocas.

O Extra (Rio de Janeiro, RJ) decidiu marcar mais forte que qualquer zagueiro e acompanhou as peripécias da quinta-feira do ex-craque.

Uma capa que vai para a história.

O Popular fiscalizando as instituições


Jornais já foram chamados de quarto poder. Independentemente de definições, jornais servem também para fiscalizar as instituições, ser a voz do cidadão junto aos governos.

É exatamente isso que O Popular (Goiânia, GO) fez hoje, ao levantar o valor do investimento no aeroporto da cidade sem que o cidadão note diferença.

É uma maneira inteligente de estar perto do leitor, revoltar-se como ele.

Apagão atrapalhou jornais e valorizou sites - Segunda versão

A falta de energia elétrica no Nordeste, nesta madrugada, foi uma prova de agilidade para os jornais em papel e um teste de eficiência aos sites.
Em Pernambuco os jornais chegaram atrasados às bancas, todos sem qualquer informação sobre o apagão (alguns conseguiram atualizar aos 45 do segundo tempo). Diário de Pernambuco (Recife, PE) e Jornal do Commercio (Recife, PE), exatamente pela falta de energia, quase não conseguiram ter tempo para atualizar suas edições. O processo industrial não permitiu. Mas os sites atuaram.
No site do Jornal do Commercio a primeira notícia sobre o apagão é das 23h32min de ontem. O Diário colocou no ar à meia-noite, enquanto a Folha de Pernambuco (Recife, PE) publicou apenas à 01h38min a primeira notícia sobre o apagão, pouco antes de JC Online anunciar a volta parcial da energia.
Já no Ceará o apagão foi mais curto e permitiu aos jornais uma edição atualizada nas bancas. Quem aproveitou bem foi O Povo (Fortaleza, CE), com duas fotos do mesmo ponto da cidade, com e sem luz.

Updating: a impressão dos jornais em Recife avançou madrugada a dentro - quando voltou a energia - e os primeiros exemplares só chegaram às ruas muito depois de o sol aparecer.
As capas do Diário de Pernambuco e do Jornal do Commercio exibidas abaixo são, na verdade, de ontem. As edições de hoje têm o registro do apagão.
Thanks a Fred Figueiroa, que virou a noite trabalhando para atualizar o DP antes de chegar às bancas.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A sabia comparação no ABC


A informação oficial é que choveu 464 milímetros em janeiro nas sete cidades da região de atuação do Diário do Grande ABC (Santo André, SP).

Ora, parece pouco. Afinal milímetro é uma unidade que desde criança se sabe que é algo muito pequeno.

Por isso o Diário decidiu traduzir essa medida em algo mais fácil de se entender: 390 mil caixas-d'água, daquelas de 1000 litros. Ou ainda 156 piscinas olímpicas.

Opa, aí tem manchete!

Excelente trabalho de interpretação do jornal.

Exemplo de grandeza de A Tarde


O jornal A Tarde (Salvador, BA) demonstra hoje que o interesse do leitor está acima da rivalidade de empresas e das estratégias comerciais.

Começou o Festival de Verão, organizado pela Rede Bahia, dona de seu concorrente Correio*. Mais de 50 mil pessoas foram assistir aos shows do primeiro dia.

Ignorar o fato? Claro que não. Lá está a foto de Maria Gadu bem no alto da capa de A Tarde.

Não importa se é uma promoção do concorrente. É bom para o leitor.

Pena que mais da metade dos jornais brasileiros não pensam assim e ignoram solenemente promoções dos concorrente, para desespero e desinformação do leitor.

O Diário SP surpreende de novo


Já virou rotina: o Diário de S. Paulo (SP) inventa maneiras criativas de comunicar ao leitor o que os outros jornais paulistanos não enxergam.

Para mostrar que de cada 100 motoristas que tiveram a carta cassada apenas um está realmente fora das ruas, a maneira foi desenhar 100 carrinhos vermelhos. E destacar um em verde.

Dessa forma, na comparação com o todo, o leitor consegue entender em um piscar de olhos o tamanho do absurdo que é o não cumprimento das regras.

Show, don't tell.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O movimento no Egito em três versões

A passeata de um milhão de egípcios, pela derrubada do governo, está nas capas do mundo inteiro. Mas 99% dos jornais seguiram a fórmula básica da foto da multidão, a mesma multidão vista em movimento nas TVs horas antes. Os jornais brasileiros foram por esse lado, como o Al-Ahram (Cairo, Egito) . E não surpreenderam.
A busca pelo diferente deveria ser obsessão dos jornalistas, que costumam adotar a postura da comodidade e publicar a imagem mais obvia.
Menos mal que os belgas dão o bom exemplo.
O De Morgen (Bruxelas, Bélgica) e o Het Nieuwsblad (Bruxelas, Bélgica) foram atrás do que ninguém viu. E construíram capas antológicas.
No Brasil faltou coragem.


A mesma ideia

Um tornado vai passar pela costa australiana hoje. O momento é de alerta.
Aí três jornais da região tiveram a mesmíssima ideia: a foto por satélite.
Está na capa do The West Australian (Perth, Austrália), do Herald Sun (Melbourne, Austrália) e do Gold Coast Bulletin (Gold Coast, Austrália).


E la neve va

Não para de nevar em Chicago. A imaginação criativa dos jornais está no fim. Mas enquanto isso é possível sentir frio só de olhar para as capas do Chicago Tribune (Chicago, IL), do Red Eye (Chicago, IL) e do Chicago Sun-Times (Chicago, IL).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nevou no Red Eye

O gratuito mais irreverente dos Estados Unidos aprontou de novo.

A capa do Red Eye (Chicago, IL) está coberta de neve.

É que a cidade está tão nevada que o jornal não poderia ficar de fora.

PS: dica de Alexandre Aguiar

Drama humano? Não tem preço

Nada no jornalismo é mais forte que uma história bem contada. Quando o elemento humano é protagonista, a matéria ganha peso. E se no centro de tudo há uma criança, aí é só correr para o abraço.

A matéria de capa do Diário de S. Paulo (SP) hoje é sensacional - mas passaria como uma breve na grande maioria dos jornais brasileiros.

Tiffany, um ano de idade, foi ao Hospital Geral de Mandaqui domingo para tomar soro. Saiu de lá com um pedaço do dedo decepado, pela falta de habilidade de uma auxiliar de enfermagem.

O fato - inacreditável - serviu para o jornal preparar uma ótima reportagem sobre os erros médicos. Isso é evoluir a pauta, jornalismo puro.

Para completar, a edição primorosa sobre a foto de R. Donask é fantástica.

Parabéns ao pessoal do Diário de S. Paulo.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A foto que conta uma história


A fantástica foto da capa de A Tarde (Salvador, BA), do repórter fotográfico Eduardo Martins, é uma pintura.

O torcedor isolado e desolado do Bahia, na imensidão de assentos vazios, é o retrato da tristeza da torcida após mais uma derrota.

Não é preciso uma só palavra para entender a cabeça da torcida.

Grande trabalho visual informativo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Os apocalípticos voltaram

Agora o alerta irresponsável vem da Future Exploration, uma consultoria americana.

Segundo pesquisa deles, os jornais em papel devem acabar em 2017 nos EUA. Dois anos depois no Reino Unido e logo em seguida no Canadá e na Noruega.

Ainda segundo a Future, no Brasil o último exemplar em papel sairá das rotativas em 2017.

Mas atenção: isso é previsão nada científica. E cada um chuta para o seu lado.