Como matar uma ótima ideia de capa

O Correio Braziliense (Brasília, DF) teve mais uma ótima ideia criativa: fez a população sugerir o set list do show do Beatle McCartney, que acontece domingo.

Só que virou cascata quando as fotos - possivelmente feitas no último minuto - trazem cidadãos levantando folhas produzidas, impressas em computador, com nomes de músicas.

Pior, coloca crianças segurando os papeis, como se estes estivessem também escolhendo as músicas.

Cascata pura. O popular "engana-leitor".

A ideia foi muito boa. Já a execução da pauta, horrível. Deixou muito a desejar.

A manchete sem sentido

Qualquer cidade do Brasil ou do mundo concentra residências em uma área, empresas em outra. Quando se tem essa divisão o nível de vida da população fica melhor. Seria um inferno viver em um prédio cercado por uma indústria de um lado e um supermercado do outro.

Então qual a surpresa em saber que 30 bairros (de um total de 120) concentram 82% das empresas de Fortaleza?

Nenhuma. É o chamado no news.

Só o Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) viu notícia nesse fato. Pior, escolheu como manchete.

Fica difícil fazer um jornal relevante sem critérios editoriais.

A grande foto do dia

É de Derek Gee e está na capa do The Buffalo News (Buffalo, NY).

Uma ótima variação das fotos habituais de neve.

Excelente.

Três manchetes problemáticas

Jornalismo é algo que deve ser útil ao leitor.

As três manchetes desse post são exemplos de inutilidade jornalística em sua pior espécie.

Diário do Nordeste (Fortaleza, CE), para acertar o alinhamento, inclui o "para matar" como muleta. Ou será que veneno é para salvar?

Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS) comete uma dúvida que não leva a lugar algum: morreu por um cigarro ou por acidente. Como assim? Cigarro ou acidente? Jornal serve para resolver dúvidas, não para criar novas.

Já a Folha da Região (Araçatuba, SP) fala que antecipando compras se ganha tempo e dinheiro. E onde está a novidade? Por que isso é manchete?

O jornalismo destes jornais está menos criativo do que nunca.

Sim, o jornal sem logotipo circulou

Sempre há alguma testemunha para confirmar o que se desconfia.

Ontem o Diário Catarinense (Florianópolis, SC) circulou alguns milhares de exemplares sem o logotipo. Sim, sem logotipo, como se fosse um detalhe pouco importante.

A direção atribui a gafe a "problemas técnicos".

Em Santa Catarina "problemas técnicos" significa "babada" da direção de arte e da chefia de redação.

Simples assim.

PS: foto via Blog do Previdi

O jornalismo morto e sepultado

Inacreditável que jornais com a história de O Liberal (Belém, PA) sigam publicando na capa fotos absurdamente insignificantes e eleitoreiras como a dos políticos abrindo uma feira.

A quem interessa essa foto? Só a quem aparece na imagem, a seus familiares e aos assessores de imprensa deles.

Aos leitores? Claro que não.

Esse é o tipo de jornalismo que morreu no tempo em que jornais serviam para agradar gregos e paraenses. E que não pensavam nos leitores.

O Pará merece algo melhor.

A lenda do jornal sem logotipo

Em Santa Catarina acontece cada coisa...

O jornal Diário Catarinense (Florianópolis, SC) circulou por redes sociais e na web sem o logotipo na capa, que reproduz a primeira página da edição impressa.

A empresa não revela se essa versão também circulou impressa e atribui tudo a "problemas técnicos".

Seja como for, alguém esqueceu de dar a última olhada e ver que tinha faltado "algo".

Depois já era tarde.

PS: via Coletiva.net e Facebook de Antonio Gornatti

Pegadinha paraense

Não, a mulher que morreu no naufrágio não é a modelo que exibe suas curvas na grande foto de capa do Amazônia (Belém, PA).

É pegadinha. De novo.

Ou tremendo erro editorial.