Imprima essa Página Mídia Mundo: 2020-05-17

sábado, 23 de maio de 2020

Estadão ganha pela manhã, Folha vence à tarde


O Estado de S. Paulo (SP) foi a boa surpresa entre os impressos de hoje. Decidiu esquecer as palavras polidas de sua história e cravou, sem fotos, a transcrição dos principais diálogos da polêmica reunião ministerial de 22 de abril.

Seco. Sem título.

À tarde, Folha de S. Paulo (SP) - xingada na mesma reunião - decidiu se mexer. Às 14h05 publicou o editorial Bolsonaro Mente no seu site, com direito à manchete na capa.

No papel, deu Estadão. No Digital, deu Folha.

Nessa batalha particular paulistana, venceu o bom jornalismo.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

O Globo se destaca outra vez


As informações públicas estão disponíveis para todos. O que faz o melhor e o pior jornalismo é a maneira como o veículo a trata. Jornais são refinadores de conteúdo, devem agregar valor à notícia.

Por isso O Globo (Rio de Janeiro, RJ) é hoje o jornal com maior crescimento em assinaturas (digital + papel), leva a sério a missão de melhorar o breaking news. Há quase duas semanas editou três páginas que rodaram o mundo, como exemplo de bom jornalismo. Hoje faz um gráfico de capa onde ensina, a um piscar de olhos, que a curva cresce rapidamente e sem controle no Brasil. É fácil entender que 5 mil mortes demoravam 42 dias para se alcançar há um mês. Hoje, em 5 dias, se chega a tal tragédia.

Certamente o diário carioca já tem planejada a edição das 30 mil mortes, algo esperado para a próxima semana.

Extra (Rio de Janeiro, RJ) e O Estado de S. Paulo (SP) usam números puros e fotos de enterros. Chocam, mas não explicam, não agregam valor.

Correio Braziliense (Brasília, DF) trata o caso como se fosse um número qualquer, enquanto Correio* (Salvador, BA) faz algo impensável: uma comparação com casos nos Estados Unidos e na Rússia. E no tímido gráfico a conclusão do leitor é que estamos muito bem, já que o número de casos nos EUA é cinco vezes o brasileiro. Não dá para entender.






quarta-feira, 20 de maio de 2020

Jornalismo criativo


Simples e impactante.

A capa do Correio Braziliense (Brasília, DF) não exige legenda ou explicação.

Ótima ideia da bolsa de sangue. Criatividade em tempo de tristeza.