Imprima essa Página Mídia Mundo: 2015-02-15

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O jogo dos vários erros


Chega a dar dó a primeira página do Diário de Taubaté (Taubaté, SP). São tantos os erros que parece que os editores saíram direto da passarela do samba para a redação.

A manchete é uma frase sem sentido. Faltou ponto, faltou ordem correta. As opções seriam:

"Horário de verão termina dia 22. Governo desiste da prorrogação"

Ou

"Governo desiste da prorrogação e horário de verão termina dia 22"

Mas antes fosse só isso. Quantas vezes a palavra Taubaté aparece na primeira página, sem contar os textos? Sem procurar muito são 11 vezes!

E aquele título no final da página em que a palavra "até" ficou sem a letra "t"? Ou seja, "aé o dia 22". Incrível!

Com tanto desleixo o jornal ainda tem coragem de cobrar R$ 1 pelo exemplar... Difícil pagar por tantos erros.

O desenho engana


Não, esses mais de cem felizes pernambucanos que posam para a foto principal da capa do Jornal do Commercio (Recife, PE) não foram assassinados. A manchete do jornal em cinco colunas com a foto logo abaixo ilude o leitor, mas trata-se de um erro da edição da primeira página.

É um equívoco bastante normal dos jornais brasileiros não conferirem a "obra pronta", a capa 100% realizada. As ilusões acabam acontecendo.

A foto, a propósito, é de funcionários de uma montadora com o primeiro veículo saindo da linha de montagem. Nada a ver com a manchete.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O colunista que não aguentou as omissões de seu jornal


A história da demissão do colunista Peter Oborne, uma das marcas mais conhecidas do The Daily Telegraph (Londres, UK) saiu hoje no concorrente The Guardian (Londres, UK).

Quem quiser conhecer seus argumentos pode ler o artigo no OpenDemocracy.

Em poucas palavras Oborne não suportou ver seu jornal omitindo notícias para proteger um de seus maiores clientes (o banco HSBC). A mentira do veículo não pode ser maior que a credibilidade do colunista.

Se essa moda pegar no Brasil...

Uma péssima edição de capa


A primeira página do Jornal da Cidade (Bauru, SP) é um exemplo de como NÃO se deve montar uma capa.

São oito fotos com o mesmo corte e o mesmo tamanho. OITO. E nada de destaque. O jornal não teve coragem de assumir que uma escola foi melhor que a outra. Em nome de uma absurda neutralidade hipotética decide publicar imagens idênticas de todas as escolas de samba da cidade. Pobre leitor.

A edição de capa é a principal mensagem que um jornal dá ao seu leitor. O que é realmente importante deve estar ali, com tamanho de informação proporcional à relevância.

Publicar assim como o JC fez é dizer "eu não assumo nada" e ao mesmo tempo desvalorizar o valor cobrado por um exemplar. O leitor quer que seu jornal simplifique sua vida, sirva de filtro aos conteúdos.

Dessa forma é a complicação elevada à última potência.

Um horror.