Imprima essa Página Mídia Mundo: 2010-01-31

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Jornalismo também está nos detalhes


Tintin na capa? E por que não?

A tradução de um dos quadrinhos mais populares do mundo não agradou leitores de Quebec. Aí o National Post (Toronto, Canadá) foi investigar os motivos.

Jornalismo de qualidade não é só com política e economia na capa. É preciso estar onde os leitores estão.

Ufa! Finalmente alguém fez o jornal suar com o calor


Valeu!

Enfim um jornal foi além dos rostos suados, dos sorvetes derretidos e das fatídicas fotos de termômetros em 39 ou 40 graus.

Pode ter sido inspirada na sugestão do Mídia Mundo, mas o fato é que o popular Hora de Santa Catarina (Florianópolis, SC) usou a arte para derreter sua capa.

O calor, finalmente, aparece de verdade para o leitor. Isso é jornalismo, isso é oferecer novidades e surpreender o leitor.

Amanhã tem Super Bowl


Amanhã é o dia mais importante do futebol americano, a final do campeonato nacional. O jogo é tão esperado que tem um nome, Super Bowl.
Neste ano será disputado em Miami, entre as equipes de Las Vegas e de Indianapolis.
Veja como os jornais dessas ciidades, o The Times-Picayne (Las Vegas, LA) e o The Indianapolis Star (Indianapolis, IN) estão se preparando para o evento.

O jornal deve ter memória


Uma das grandes vantagens de um jornal sobre os demais meios de comunicação é a memória, o arquivo vivo. É muito fácil buscar exemplares já publicados com promessas e checar suas execuções.

Foi isso que fez o Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) ao buscar as promessas de uma empresa que prometia investir US$ 500 milhões até 2010, mas não utilizou mais de US$ 25 milhões.

Agora a tarefa do Santa é cobrar. Cobrar de quem prometeu, cobrar do prefeito que acreditou e não fiscalizou, cobrar de quem se exibiu na festa e esqueceu-se de abrir o bolso na hora certa.

Essa é a função social de um jornal.

É preciso inovar sempre

Até mesmo a HP, empresa de computadores e maquinário de escritório, inovou na propaganda.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Folha e Estadão, a cada dia mais parecidos


A mesma manchete, o mesmo gráfico.
A cada dia os concorrentes Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) estão mais parecidos.
Impressionante.

Outra capa brilhante do The Times


A cada dia o The Times (Londres, UK) está mais criativo.

Sem comentários.

O exemplo que vem da Áustria


No Brasil, nem o calor infernal da Região Sul derrete os elementos das capas. Continua um festival de "mais do mesmo", sem nenhuma inovação.

Mas o Kleine Zeitung (Graz, Áustria), onde o frio beira o negativo, ensina como se derrete - no caso uma moeda de 2 euros.

A economia européia está mais quente que o verão brasileiro.


A mesma foto em toda Espanha


Se o primeiro-ministro espanhol Zapatero aparece em alguma foto curiosa - como agora, com Barack Obama - os jornais espanhóis em peso reproduzem a imagem.
A assessoria de imprensa de Zapatero agradece.




O mesmo Giacometti, um dia depois


A escultura de R$ 190 milhões está nas capas da Europa um dia depois de conquistar o The Wall Street Journal.





Incêndio? Deve ter sido nos jovens


Um jornal que não leva a sério a direção de arte muitas vezes comete equívocos sem dar-se conta.

O Notícias de Hoje (Joinville, SC) traz uma foto de 14 lindas jovens que disputam o título de Rainha do Carnaval da cidade. Sobre a exuberância feminina, a manchete: Incêndio difícil de apagar, que se refere ao fogo na vegetação.

Mas o conjunto não funciona. Parece que o incêndio é provocado pelas candidatas.

Deve ser incêndio nos jovens de Joinville.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Será que ninguém vai inovar?

O calor sufocante tomou conta da Região Sul.
Mais de 40°C por todos os lados, sensação térmica de 45°C. O cidadão sente isso na pele. O leitor quer ar condicionado. Ou quer ler no seu jornal algo novo, não aquilo que só o faz sentir mais calor.
Zero Hora (Porto Alegre, RS), Gazeta do Povo (Curitiba, PR) e Pioneiro (Caxias do Sul, RS) saíram praticamente igual. Forte, com edição cuidada, foto chamativa, mas sem qualquer novidade. O Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) tentou avançar no sinal, mas andou muito pouco.
Nenhum surpreende, nenhum inova.
O jornalismo moderno exige que o leitor sinta calor ao tocar na página, precisa vivenciar a sensação.
Por que nenhum jornal teve a ideia de derreter o logotipo ou fazer suar as páginas??? Isso é ser moderno.
Fica a sugestão. Grátis.



O detalhe que só o Times viu



O The Times (Londres, UK) é uma instituição no jornalismo, com seus mais de 220 anos.

Curioso é que o diário inglês segue surpreendendo e inovando, provavelmente o segredo de sua vida longa.

A edição da foto de capa, com o detalhe da peça que muda a vida dos automóveis Toyota, é maravilhosa. Há medida de comparação, há identificação da montadora, há tudo.

Jornalismo da melhor qualidade.

Uma campanha institucional de peso


Um jornal pode tentar modificar uma rua, um bairro ou um prédio da cidade.

Mas mudar a bandeira do um país?

É isso que o The New Zealand Herald (Auckland, Nova Zelândia) está propondo com toda força.

Pode parecer maluquice, mas se a ideia pegar em breve haverá plebiscito para rediscutir o símbolo máximo do país.

A provocação inicial foi definitiva: 30 bandeiras semelhantes misturadas na capa para que o leitor encontre a neozelandesa e entenda que ali todas se parecem demais.

Aguarde cenas dos próximos capítulos.

A nova fase do WSJ


Lembra daquele jornal pesado, duro, que só trata de temas sérios (economia) e não utiliza imagens para não desviar o foco de atenção?

Aquele tempo acabou.

O The Wall Street Journal (Nova York, NY), o mais respeitado jornal de economia do mundo - ao lado do britânico Financial Times - tem hoje uma enorme foto de uma escultura de Giacometti dominando a capa.

Pudera. A obra foi arrematada em um leilão ontem pela bagatela de US$ 104,3 milhões (cerca de R$ 190 milhões).

Mesma manchete, apesar da distância

Santos e Belo Horizonte não ficam nem no mesmo Estado.
Mas as manchetes de A Tribuna (Santos, SP) e O Tempo (Belo Horizonte, MG) saíram hoje do mesmo tema.
Apenas coincidência.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Um susto no ar

Os 42ºC de Porto Alegre causaram uma vítima ao vivo e a cores.
O ex-jogador e comentarista de futebol Batista desmaiou enquanto falava na TVCom (canal local de TV).
Foi só um susto. Batista já está bem.


No Ceará é preciso traduzir a informação

Se depender dos jornais locais, o cearense não sabe o que vai acontecer com o prometido projeto do estaleiro.
Segundo O Povo (Fortaleza, CE), a decisão será dos moradores. Já o Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) garante que ou será no Titanzinho ou não sairá do papel.
São cerca de 1500 empregos.
Se nem os jornais conseguem chegar a um acordo, não é possível esperar nada do governador e da prefeita de Fortaleza, que por sinal são de partidos diferentes.

Updating: O atento Jack de Carvalho, estudante de jornalismo no Ceará, observa que os fatos noticiados pelos dois jornais não são excludentes. O estaleiro só pode ser no Titanzinho, mas desde que aprovado pelos moradores.

Portugal dando exemplo

Os jornais portugueses estão brilhando.
O sempre criativo i (Lisboa, Portugal) compara maçãs para falar das conclusões de uma pesquisa com crianças.
Já o Diário de Notícias (Funchal-Ilha da Madeira, Portugal) traz uma foto de Teresa Gonçalves absolutamente fantástica.
Palmas aos portugueses.

Ótima pauta do CB


Brasília é a cidade da administração pública, dos escândalos nas câmaras, da corrupção pelas ruas.

Mas é também uma cidade dura para quem lá mora, com problemas de cidade grande.

O Correio Braziliense (Brasília, DF) traz hoje o drama do desaparecimento de jovens na vizinha Luziânia.

Uma pauta fantástica, que o CB deve seguir de perto. E, quem sabe, inspire outros jornais brasileiros.

Sem o sentido de novidade


O jornal Pioneiro (Caxias do Sul, RS) perdeu definitivamente o sentido de notícia, a informação como novidade.

A manchete de hoje diz que a cidade está em segundo lugar no ranking gaúcho de multas de trânsito, atrás de Porto Alegre.

Um olhar no ranking populacional dos gaúchos revela a "coincidência": Caxias está em segundo lugar em número de habitantes e em número de veículos. Logo, nada mais esperado do que estar em segundo também em multas de trânsito.

Quando o jornal não tem o que dizer, melhor que esquentar a chamada no news é procurar outra manchete.

Sem preguiça e desligando o piloto-automático.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Os algarismos que contam uma história


Experimente refazer as capas do USA Today (McLean, VA) e do Jornal da Tarde (SP) sem rasgar os algarismos.
As capas não funcionariam.
O impacto da primeira página do jornal de maior circulação dos EUA é o número 65.000. Os olhos correm para ele.
Enquanto no JT a maneira de entender a falta de ação do prefeito Kassab é exatamente pelo exagero na comparação dos números.

A edição de luxo faz toda diferença


A informação do The Guardian (Londres, UK) é a mesma de todos os jornais do mundo: o presidente Obama anunciou que não vai inverstir um dólar no programa espacial americano.

Nada.

Alguns jornais apenas reproduzem o que diz Barack Obama.

Mas bons jornais como o The Guardian entendem que a edição pode garantir o sucesso de um exemplar. E capricham no grafismo.

Para isso é preciso ter inteligência e talento.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Beyonce é a musa do dia. Exceto onde deveria ser


A diva da música jovem americana vai cantar no Brasil esta semana. Quinta-feira estará em Florianópolis, no que promete ser um dos mais espetaculares shows da história da cidade.
Ontem à noite Beyonce ganhou nada menos que seis prêmios Grammy, o Oscar da música.
Beyonce é capa de muitos jornais hoje, como Red Eye (Chicago, IL), The Province (Vancouver, Canadá) e The Globe and Mail (Toronto, Canadá).
Já o Diário Catarinense (Florianópolis, SC) dormiu mais cedo e comeu mosca. Brigou com a notícia. Esqueceu de Beyonce.
Logo o jornal líder da primeira cidade do mundo onde a cantora vai exibir sua voz depois das seis estatuetas.
Faltou visão ao DC. Faltou dormir um pouco mais tarde. Em um dia como esse toda operação de um jornal precisa ser especial. A do DC não foi.
Errou feio o Diário Catarinense.






Os cães da Áustria


Close nos cães, como fez o Kurier (Viena, Áustria).

É impossível passar por esta capa sem prestar a atenção nos focinhos, no olhar. E até escutar os latidos.

Arte de primeira nas capas


Sempre que os elementos editoriais permitirem, a arte deve fazer de tudo para facilitar o entendimento do conteúdo.
Essa regra está sendo seguida à risca no Star Tribune (Minneapolis, MN) e no i (Lisboa, Portugal).
Uma rápida olhada na primeira página e o leitor já entende o sentido da informação.


Valor agregado: zero


O jornal Diário da Borborema (Campina Grande, PB) deu uma aula do que não fazer no dia seguinte à rodada de futebol.

Se o jornal chega ao leitor mais de 12 horas após o final dos jogos, quando o torcedor até já viu os gols pela TV, é preciso ser inteligente, criar, ser diferente, dar valor à informação.

Qualquer coisa, exceto dizer que as equipes ganharam. Um erro - de preguiça, pelo jeito - histórico do Diário da Borborema.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Simples e direto


O jornal O Popular (Goiânia) teve uma ideia simples, mas que funciona, para explicar a carência de policiais em Goiás.

Poderia ter feito um gráfico, é verdade, ou um índice proporcional de população x PMs. Mas mesmo assim a comparação funciona.