Leia o Update ao final do post:
O que ameaça o fim dos jornais não é o avanço das mídias digitais, mas o mau uso que os editores fazem de seus exemplares.
Como dar ao leitor uma notícia pela metade?
Imagine-se assinante de qualquer um dos quatro jornais desse
post. Você acorda e quer saber quem venceu as eleições americanas.
Ou você encontra no seu exemplar, ou busca no rádio, na TV ou na Internet.
Só o que não vale é o jornal que você paga dar uma informação pela metade.
Folha de S. Paulo (SP),
O Estado de S. Paulo (SP),
Zero Hora (Porto Alegre, RS) e
Correio Braziliense (Brasília, DF) se prepararam para publicar em manchete o resultado das urnas. Como o processo foi mais lento do que o esperado, a manchete saiu capenga, incompleta, o famoso "engana-leitor".
É o fim do jornalismo de papel. Uma lástima. A prova de total irrelevância do meio jornal. Um exemplar desnecessário, bêbado, perdido no mundo.
A Folha até ficou conhecida por dar resultado de primeiro tempo das partidas de futebol - um desserviço deselegante.
Um conselho: se a edição precisa fechar e você não tem a informação para dar, encontre outra manchete, de outro tema. A informação incompleta é um suicídio anunciado.
UPDATE: Pelo menos 3 dos 4 jornais acima citados editaram um terceiro clichê informando o resultado das urnas nos EUA.
Abaixo as 3 capas, que ficaram prontas depois das 2h da madrugada, em um ágil trabalho de quem ficou no plantão.