Foi-se o tempo em que um jornal considerado "sério" deveria ter a chamada isenção total. Jornal tem opinião, defende posições - e é assim que ganha relevância com sua audiência.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, cometeu ontem mais uma de suas folclóricas ações polêmicas, ordenando o recolhimento de obras consideradas (por ele) impróprias na Bienal do Livro. Esses livros tinham motivos LGBT.
Foi o que bastou para uma tremenda reação em cadeira no Rio. E hoje pelo menos dois jornais interpretam com inteligência a bobagem do prefeito.
Extra (Rio de Janeiro, RJ) mostra moradores de rua - entre eles, crianças - e avisa: isso sim é "impróprio.
Folha de S. Paulo (SP) publica como imagem única na capa o desenho que chocou Crivella.
Em tempos de perseguição política e ameaça de censura, não é hora de apenas observar. É preciso tomar uma posição.
PS: com observação do colega Jeison Rodrigues