Imprima essa Página Mídia Mundo: 2019-09-01

sábado, 7 de setembro de 2019

Jornalismo moderno precisa assumir posições


Foi-se o tempo em que um jornal considerado "sério" deveria ter a chamada isenção total. Jornal tem opinião, defende posições - e é assim que ganha relevância com sua audiência.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, cometeu ontem mais uma de suas folclóricas ações polêmicas, ordenando o recolhimento de obras consideradas (por ele) impróprias na Bienal do Livro. Esses livros tinham motivos LGBT.

Foi o que bastou para uma tremenda reação em cadeira no Rio. E hoje pelo menos dois jornais interpretam com inteligência a bobagem do prefeito.

Extra (Rio de Janeiro, RJ) mostra moradores de rua - entre eles, crianças - e avisa: isso sim é "impróprio.

Folha de S. Paulo (SP) publica como imagem única na capa o desenho que chocou Crivella.

Em tempos de perseguição política e ameaça de censura, não é hora de apenas observar. É preciso tomar uma posição.

PS: com observação do colega Jeison Rodrigues

SOS A Tarde


O jornal A Tarde (Salvador, BA) está passando por enormes dificuldades - e não é de hoje.

O tradicional diário baiano não soube se modernizar enquanto mantinha a liderança na região. E aos poucos - prejudicado por erros administrativos - definhou. Depois passou por uma venda frustrada e por outras negociações pouco claras, que não deram certo. Ao mesmo tempo alguns aventureiros tentavam encontrar uma fórmula mágica, sem resultado.

Hoje A Tarde é o que sobrou daquele jornal soteropolitano que fez muito sucesso. E basta olhar a capa para entender a penúria na busca por bons conteúdos.

A manchete é uma notícia commodity de Brasília. A foto principal é de um amistoso sem qualquer importância da Seleção Brasileira.

Faltam motivos para alguém comprar um exemplar. Triste ver A Tarde assim. Se não se mexer imediatamente vai desaparecer. E logo.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

A crítica criativa


Extra (Rio de Janeiro, RJ) consegue acertar em cheio na fragilidade das instituições.

Com criatividade, relaciona o ambiente de mais uma morte estúpida com o ufanismo que está começando a pairar sob o céu brasileiro.

E com uma foto absolutamente sensacional, de Bruno Kaiuca.

Palmas!