sábado, 2 de outubro de 2010
Um jornal fora da casinha
Os equatorianos do RS devem ter adorado. Todos eles, juntos, entram em uma van. E sobram assentos vagos.
Amanhã tem eleições no Brasil. Escolhe-se presidente, governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
Além disso hoje tem futebol, Grêmio e Inter têm rodada pelo Brasileirão.
E Zero Hora (Porto Alegre, RS) publica em manchete o conflito no Equador, que teve seu auge anteontem.
É preciso ser diferente, sim. Mas é proibido ser descartável, como o jornal gaúcho.
É, sem dúvidas, a pior capa entre os 20 jornais mais vendidos do Brasil.
De longe.
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Zero Hora
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Azar de sexta-feira
O Lance! (Rio de Janeiro, RJ) conseguiu uma entrevista exclusiva com Zico, que prometia ser uma bomba. Excelente.
Só que o jornal não contava com a decisão do ex-craque e diretor do Flamengo de renunciar na madrugada. Ou seja, o jornal chegou velho às bancas.
Azar.
Já o Correio do Povo (Porto Alegre, RS) escolheu o dia do aniversário para lançar um novo projeto gráfico, full color. Só não imaginou que sua capa estaria tomada por anúncios de candidatos. Ou seja, o impacto foi quase zero.
Azar.
Só que o jornal não contava com a decisão do ex-craque e diretor do Flamengo de renunciar na madrugada. Ou seja, o jornal chegou velho às bancas.
Azar.
Já o Correio do Povo (Porto Alegre, RS) escolheu o dia do aniversário para lançar um novo projeto gráfico, full color. Só não imaginou que sua capa estaria tomada por anúncios de candidatos. Ou seja, o impacto foi quase zero.
Azar.
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Correio do Povo,
Lance
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Furaço do Extra
Enquanto toda imprensa brasileira só tem olhos para as eleições, o Extra (Rio de Janeiro, RJ) descobriu a pólvora.
Bastou voltar aos princípios do bom jornalismo e lembrar que bons casos, como o do goleiro Bruno, não podem ser esquecidos.
Investigou a casa onde morava o ex-goleiro do Flamengo e bingo.
Furaço!
Por isso é um dos três jornais mais vendidos do Brasil.
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Extra
O mau jornalismo do Pará
O ex-senador Jader Barbalho, que renunciou ao cargo para escapar da cassação - exatamente como seu colega Joaquim Roriz, do DF - pretende ser candidato outra vez.
Mas o TSE decidiu que ele é inelegível. Está na capa de O Liberal (Belém, PA).
Só que o concorrente Diário do Pará (Belém, PA) preferiu interpretar a decisão de arquivamento do processo contra Roriz, pelo Supremo, para acreditar que Jader poderá, sim, concorrer.
O leitor não entendeu nada.
Detalhe 1: A decisão do Supremo não tem nada a ver com o processo contra Jader. Arquivou-se o caso Roriz porque ele desistiu de concorrer, indicando sua mulher. Jader segue inelegível.
Detalhe 2: O Diário do Pará pertence ao próprio Jader Barbalho.
Que vergonha.
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Diário do Pará,
O Liberal
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O Dia abre o voto sem querer
Se uma das principais promessas da campanha de José Serra à presidência é o salário mínimo de R$ 600, essa manchete de O Dia (Rio de Janeiro, RJ) escancara o voto para Dilma.
E pode ter sido sem querer.
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O Dia
terça-feira, 28 de setembro de 2010
O aplicativo da The New Yorker
Humor é a chave para o lançamento de um novo aplicativo de iPad da The New Yorker (Nova York, NY).
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iPad,
The New Yorker
Escândalo editorial-eleitoral
A Folha de S. Paulo (SP) dedica hoje a página central de seu caderno Eleições 2010 para um tema que nada tem a ver com o voto.
O jornalão explica, em duas páginas, que sempre fez uma "cobertura crítica" aos presidentes.
Em resumo: passou recibo.
Quem não deve, não teme.
Quem pagou - e perdeu - foi o leitor.
Que bobagem, Folha!
PS: desculpem a foto de baixa qualidade, culpa minha.
O jornalão explica, em duas páginas, que sempre fez uma "cobertura crítica" aos presidentes.
Em resumo: passou recibo.
Quem não deve, não teme.
Quem pagou - e perdeu - foi o leitor.
Que bobagem, Folha!
PS: desculpem a foto de baixa qualidade, culpa minha.
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Folha de S. Paulo
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Que vergonha do Judiciário!
A única forma de uma sociedade fiscalizar as instituições - Legislativo, Executivo e Judiciário - é com a imprensa livre.
Agora, uma decisão autoritária do desembargador Liberato Póvoa calou, com uma só canetada, 84 veículos de comunicação. Ninguém pode comentar as falcatruas do governador Carlos Gaguim (PMDB), candidato à reeleição no Tocantins.
Também não se pode falar sobre os roubos e influências no governo do lobista Maurício Manduca, preso há 10 dias.
E nem uma palavra sobre a mulher do desembargador Liberato, que desde janeiro é assessora especial do governador. Com salários pagos pelo Estado, é claro.
Todo apoio a O Estado de S. Paulo (SP), um dos 84 jornais de mordaça.
Que vergonha dos juízes que mancham a tradição do Judiciário. Que vergonha do Supremo, que não conseguiu decidir sobre o Ficha Limpa.
Salve a imprensa livre!
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O Estado de S. Paulo
domingo, 26 de setembro de 2010
Assumindo posições
Finalmente os jornais brasileiros tiraram a máscara.
Não há problema algum em assumir este ou aquele candidato. Os jornais americanos fazem isto há pelo menos três décadas. Basta limitar o posicionamento à área de opinião - e não deixar esse voto aberto invadir o espaço editorial.
O portal IG (SP) havia feito isso na eleição para a prefeitura de São Paulo, em 2000, pedindo votos a Marta Suplicy em vez de Paulo Maluf.
Agora, ao mesmo tempo, Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) abrem voto para José Serra. A Folha deixando isso claro em um editorial de capa, em que critica o governo Lula. O Estadão em um enorme editorial em que considera Dilma "o mal a evitar".
É uma atitude típica de imprensa livre assumir posições (enquanto a maior parte da imprensa assume um candidato, faz campanha explícita, mas esconde, imaginando que o eleitor seja bobo).
O desafio de Folha e Estado agora é lutar para que a parcialidade opinativa não contamine o editorial. Mas parece que já é tarde.
Não há problema algum em assumir este ou aquele candidato. Os jornais americanos fazem isto há pelo menos três décadas. Basta limitar o posicionamento à área de opinião - e não deixar esse voto aberto invadir o espaço editorial.
O portal IG (SP) havia feito isso na eleição para a prefeitura de São Paulo, em 2000, pedindo votos a Marta Suplicy em vez de Paulo Maluf.
Agora, ao mesmo tempo, Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) abrem voto para José Serra. A Folha deixando isso claro em um editorial de capa, em que critica o governo Lula. O Estadão em um enorme editorial em que considera Dilma "o mal a evitar".
É uma atitude típica de imprensa livre assumir posições (enquanto a maior parte da imprensa assume um candidato, faz campanha explícita, mas esconde, imaginando que o eleitor seja bobo).
O desafio de Folha e Estado agora é lutar para que a parcialidade opinativa não contamine o editorial. Mas parece que já é tarde.
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