O uso do condicional "pode" é uma armadilha para os jornais. O editor preguiçoso atira um punhado de "pode" e resolve o seu problema. Mas não o do leitor.
A manchete do Jornal da Cidade (Bauru, SP) é um desastre. Bauru pode ser capital. E também pode não ser. Bauru pode ser capital da cerveja, do churrasco e até capital da República. O "pode" aceita tudo. E provoca a infelicidade de leitores e a inexatidão da informação.
Já o uso do "pode" no Super Notícia (Belo Horizonte, MG) é um pouco mais aceitável. Pressupõe que haverá uma nova regra e, quem não se cuidar, corre o risco de acabar multado. Nesse sentido, o "pode" vale. É feio, mas não errado.