Imprima essa Página Mídia Mundo: 2024

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

A inesperada conexão entre clima e futebol

 

O Meia Hora (Rio de Janeiro, RJ) é muito criativo, um sopro de alegria em um mundo depressivo da mídia brasileira.

A relação entre a temperatura do Rio e o número de pontos do Fluminense no Campeonato Brasileiro é sensacional.

Vida Longa ao MH!

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Nada como um dia depois do outro

 
A rede de supermercados Carrefour, que coleciona uma série de trapalhadas no Brasil (foi em uma loja de Porto Alegre que os seguranças mataram a pauladas um negro, por desconfiarem tratar-se de um ladrão), tenta melhorar sua imagem pelo dinheiro.

Ontem, O Globo (Rio de Janeiro, RJ) cobrou uma retratação da empresa, pela infeliz afirmação do CEO francês sobre a carne brasileira.

Hoje o Carrefour pagou uma capa falsa na edição impressa, para tentar reduzir o estrago.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

A inteligência para se posicionar

 

The New York Times (Nova York, NY) é o meio informativo com maior número de assinantes no mundo ocidental, nada menos do que 11 milhões de pessoas. Um produto responsável, relevante e extremamente inteligente.

Para se posicionar pelo fim do massacre em Gaza, sem brigar com seus assinantes judeus - numerosíssimos nos EUA - o Times publica hoje na capa da edição impressa a foto de Mahmoud, um menino de 9 anos de idade, que teve os braços amputados em um bombardeio.

Não é necessário ser de esquerda ou de direita para sentir o impacto dessa imagem. Basta ser humano.

Já passou da hora de Israel recuar a artilharia e investir na diplomacia. Já são 45 mil mortos pelos ataques. Estima-se em pelo menos 100 mil mortos em consequência dos ataques (fome, falta de medicamentos, doenças). E mais de 200 mil mutilados. Tudo isso em uma população de menos de 2 milhões de pessoas.

Parabéns ao NYTimes pela inteligência em mandar seu recado.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

A imprensa brasileira é medrosa

A mídia brasileira tem medo.

O ex-presidente e seu primeiro escalão acabam de aparecer em uma completa investigação da Polícia Federal sobre conspiração para golpe de estado no Brasil. É grave. Por muito pouco o país escapou de cair em uma nova ditadura.

Mas poucos impressos deixam isso claro. A esmagadora maioria lava as mãos, tentando apenas noticiar o fato divulgado ontem. Só que impresso precisa se posicionar. O país está revoltado e quer justiça.

Entre as poucas capas que oferecem algo a mais está O Povo (Fortaleza, CE), uma aula de como ser simples e acertar um golpe do estômago do político, e Extra (Rio de Janeiro, RJ), que não poupou qualificações em letras garrafais para caracterizar os 37 indiciados.

Menos medo, por favor.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Pouca criatividade no day after de Trump

O resultado das urnas nos EUA foi surpreendente até para os americanos. Era
difícil prever a supremacia Trump no voto direto.

Os impressos hoje são pouco criativos, exceção a duas capas interessantes.

O San Francisco Chronicle (São Francisco, CA) usa o verbo "Trump" (superar, triunfar) para mostrar que Kamala (candidata californiana) foi batida.

Enquanto o Indiana Daily Student (Bloomington, IN) traz frases de ex-aliados de Donald Trump, o acusando de características nada agradáveis. E no fim decreta: e mesmo assim ganhou.

PS: colaborou o atento arquiteto Victor Tessler


quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Imprensa de luto por Valência

 
Toda imprensa espanhola publicou foto em primeira página da mesma cena: os carros amontoados em Valência, depois da inundação. Cena de guerra. Destruição.

Mesmo os esportivos hoje saíram com a imagem do drama. Única exceção foi Sport (Barcelona, Espanha) que poupou o leitor da imagem, mas publicou uma fita negra pelo luto.





































segunda-feira, 7 de outubro de 2024

A releitura do ataque do Hamas a Israel

Um ano do ataque do Hamas a Israel.

Impressos do mundo inteiro lembram o fato.



sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Jornalismo de primeira para desmascarar o presidente Milei

A melhor maneira de um meio de comunicação defender a ideia de que este ou aquele sujeito não tem capacidade para ocupar um cargo público é mostrando as evidências.

Foi isso que fez La Nación (Buenos Aires, Argentina) ao comparar o discurso do presidente Javier Milei na ONU com um discurso do personagem Josiah Bertlet, da série de TV americana West Wing. E são inúmeros pontos de "coincidência". 

Vale a pena ler a matéria e assistir ao vídeo.

Jornalismo puro e da melhor qualidade.

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

NY Times e New Yorker abrem voto para Kamala

É preciso ter muita coragem e a certeza de entender o que a audiência pensa também.
É preciso não ter medo de assumir posições e, definitivamente, sair de cima do muro.
É preciso saber o que é melhor para o futuro do país, da sociedade, do mundo.
É preciso ser The New York Times (Nova York, NY) e The New Yorker (Nova York, NY) para abrir o voto em editorial saem temer qualquer revolta das audiências.
O jornal mais importante do mundo e a revista mais admirada dos Estados Unidos fecharam posição em apoio a Kamala Harris.
Ninguém quer sequer imaginar o que seriam mais quatro anos de Donald Trump.
A imprensa brasileira precisa crescer muito para evitar editoriais absurdos como que considerou "uma escolha difícil" o segundo turno das eleições de 2018. A queda na audiência tem relação direta com quem teima em não se posicionar.
Bravos NYTimes e New Yorker!

 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Revista coloca Trump em um atoleiro

 

A revista Time (Nova York, NY) começa a prever o resultado das eleições dos EUA.

O antes favorito Donald Trump está perdendo espaço dia a dia para a candidata democrata Kamala Harris.

O atoleiro no campo de golfe parece uma boa analogia. Trump está em dificuldades.

A 40 dias do voto, tudo indica que os Estados Unidos terão pela primeira vez uma presidente do sexo feminino.

domingo, 1 de setembro de 2024

Mais do mesmo

 

A Folha de S. Paulo (SP) perdeu uma chance enorme de inovar. Relançou sua edição impressa em novo formato, menor, com a ideia de ser corpo único e sem dobra. Seria uma novidade.

Mas errou feio do desenho. Repetiu a característica do surrado standard, com uma infinidade de chamadas na capa. São nada menos que 13 informações na primeira página, algo que não combina com os formatos compactos - que utilizam a capa como um pôster com, no máximo, cinco informações.

Sem as novidades esperadas, apenas com corte de papel, não é difícil arriscar que a mudança da Folha teve apenas um objetivo: economizar.

sábado, 31 de agosto de 2024

A última capa standard da Folha

 

É quase uma edição de colecionador.

A Folha de S. Paulo (SP) que foi às bancas hoje é a última em formato standard. A partir de amanhã - Domingo, 01 de Setembro - a Folha adota um formato mais compacto, berliner, sem tantos cadernos separados.

Os protótipos que vazaram mostram um desenho conservador, no mesmo estilo da Folha atual. Se isso realmente for concretizado a Folha estará perdendo uma ótima oportunidade de ser diferente, de olhar para seus leitores. Será um "mais do mesmo", apenas economizando papel.

A resposta chegará amanhã.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

A falta que faz a imprensa livre na Venezuela

 

O Supremo da Venezuela anunciou ontem que as eleições realizadas no final de Julho - e que ainda não foram reconhecidas por nenhum país sério - foram válidas. E que o atual presidente Nicolás Maduro foi reeleito.

Maduro colocou no Supremo todos os atuais juízes que, coincidentemente, sempre dão razão a ele. Mesmo sem que apareçam as atas das mesas eleitorais, como pede a oposição.

Mais: o Supremo avisou que a decisão é irrevogável e até ameaçou o candidato opositor.

Em um país de imprensa livre, isso seria tema único nas capas dos jornais. Mas na Venezuela a imprensa não é livre. Há pouco mais de 10 anos havia três jornais muito importantes: El Universal (Caracas, Venezuela), para elite, de oposição moderada a Hugo Chávez. El Nacional (Caracas, Venezuela) de oposição acentuada ao governo. E Últimas Notícias (Caracas, Venezuela), popular, mas com opinião e editoriais de apoio a Chávez.

Só que com Maduro isso mudou. Primeiro proibiu a chegada de papel nos dois primeiros jornais. Depois impôs multa atrás de multa para criar problemas. E ainda proibiu publicidade de grandes empresas. El Universal quebrou e foi quase dado de presente a um amigo de Maduro. El Nacional deixou de circular no impresso e o proprietário Miguel Henrique Otero fugiu para o exílio. 

Um empresário aliado do governo, favorecido por negociatas pouco transparentes, comprou Últimas Notícias. Pagou um preço acima do mercado e ameaçou o então proprietário: venda ou prepare-se. Ele vendeu e fugiu para a Espanha, onde mora até hoje.

Em um dia como hoje, ÚN e EU apenas servem de eco para a proclamação absurda do Supremo. El nacional, com a versão em PDF (única possível), discute o jogo trucado de Maduro. Só que o acesso a EN está bloqueado no território venezuelano. Ou seja, só poucos conseguem ver.

Muito triste um país sem liberdade de imprensa.




segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Sinais de crise no Planeta Folha

 

Meio de comunicação que não enfrenta altos e baixos do mercado ainda está por ser criado. Mais ainda no Brasil. Com custos fixos e receita variável, o negócio do jornalismo é uma aventura diária. Até aí nada novo.

Só que a Folha de S. Paulo (SP), que já foi líder em circulação impressa no Brasil (mais de 1,5 milhão de exemplares em um único domingo nos anos 90) está dando sinais de que algo não anda bem na Barão de Limeira.

No primeiro semestre, a Folha desfiliou-se do IVC (Instituto Verificador de Circulação), o controle independente dos impressos do Brasil, aceito por agências de publicidade e respeitado pelos demais jornais. A explicação não convenceu o mercado, mas pesou o fato de o novo auditor (PwC) ter regras mais "camaradas" e também o concorrente O Estado de S. Paulo (SP) já ter feito o mesmo.

Agora a Folha anunciou que vai reduzir o histórico formato de suas páginas, de standard (55cm) para berliner (44cm), a partir de 01 de Setembro. Se for respeitado esse padrão, a Folha será um pouco maior que o Estadão, que reduziu há três anos. Entre os "jornalões" só O Globo (Rio de Janeiro, RJ) manterá o formato.

No meio jornalístico sabe-se que mudança de formato só ocorre em duas ocasiões: quando a empresa realmente acredita que formatos compactos têm a preferência dos leitores (o que não é o caso da Folha) ou quando o financeiro aperta e é necessário se obter resultados a curto prazo, economizando papel e tinta.

A Folha vem obtendo algumas vantagens com estratégias que não significam aumento de audiência, como contar 5 assinaturas em uma só (um assinante digital pode indicar 5 familiares para navegar pelo site). Mas o sinal amarelo está aceso na sede da Folha.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

A pegadinha da publicidade programática


A programática, publicidade que ganhou o mercado digital - apesar de pagar pouco e estar nas mãos de intermediários que dão as regras - de vez em quando apresenta problemas sérios. O algoritmo está programado para escolher propaganda de clientes que tenham alguma relação com a notícia. Mas robôs não são humanos.

Quando o UOL (SP) publicou a notícia da queda do avião em Vinhedo, o robô deve ter identificado "aviação". E tome propaganda da Latam, logo no pior momento.

São as trapaças da programática. Quem se sujeita a esse tipo de publicidade, acaba por assumir o risco.


PS: do LinkedIn de Pacete

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

O triste fechamento de um projeto inovador

 

Red/Acción (Buenos Aires, Argentina) fechou. 

Foi o mais inovador projeto jornalístico da América Latina, liderado pelo ex-La Nación Chani Guyot. Pouco importavam os breaking news, mas o que estava por trás deles. Foco no jornalismo de soluções.

Mas não é fácil fazer bom jornalismo. Red/Acción sobreviveu por seis anos, agora a inflação de quase 5.000% quebrou a empresa. Se o desafio de viver de publicidade - e de leitores - é enorme para grandes meios, para os pequenos é ainda mais difícil. Em um ambiente de catástrofe econômico, ainda pior.

Red/Acción ganhou 35 prêmio de jornalismo e encantou a América Latina com suas novas lógicas de produção. Era o modelo a ser seguido. Só que fechou, anunciado na carta de despedida de Guyot.

"O jornalismo não serve apenas para contar o mundo, mas também para mudá-lo"

Vai deixar saudades.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

O Valor da Palavra, a mensagem fundamental de um diário argentino

 

O diário El Eco de Tandil (Tandil, Argentina) comemorou 142 ontem.

Um marco na história de um pequeno meio de comunicação de uma também pequena cidade, extremamente integrado com os hábitos dos cidadãos.

Para festejar, um lindo vídeo em que reafirma um de seus lemas: o valor da palavra.

Parabéns El Eco, muitos anos de vida em todas as plataformas!


segunda-feira, 22 de julho de 2024

A genial capa em sequência da Time

 



Revista impressa é um artigo que não basta apenas ter informações: é preciso inteligência, ousadia, perspicácia.

Foi o que fez a Time (Nova York, NY) logo depois do anúncio da desistência de Joe Biden em concorrer a um segundo mandato. 

A imagem da esquerda é a capa da Time de quando Biden fraquejou no debate contra Donald Trump. A capa da direita é a nova, com a entrada de Kamala Harris.

Absolutamente genial!

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Gracias, Muchachos!


Os colombianos perderam a final da Copa América, mas encontraram motivos para comemorar: a esperança voltou à Seleção.

Em vez de chorar a derrota, El Universal (Cartagena, Colômbia), El Espectador (Bogotá, Colômbia) e La Patria (Manizales, Colômbia) agradecem aos jogadores da equipe.

Gracias!, dizem todos.

Bonito reconhecimento pelo esforço de quem enfrentou a equipe de Messi na final.



quinta-feira, 11 de julho de 2024

A armadilha do fechamento do impresso



 

O impresso costuma ter um ciclo de 24 horas. Isso significa que a cada dia todos os processos são feitos e refeitos, respeitando horários estabelecidos. Ou o exemplar não estará pronto, entregue no início da manhã na casa do assinante.

Um dos deadlines mais importantes desse processo é o fechamento. Ele não pode atrasar. A rotativa está esperando o OK definitivo da redação para começar a rodar.

Ontem o Correio do Povo (Porto Alegre, RS), histórico impresso dos gaúchos, fechou antes que a principal notícia esportiva ocorresse: a demissão do treinador do Inter, Eduardo Coudet, logo após a derrota no campo. O CP fechou com o resultado, mas sem aguardar as consequências.

Correu contra o tempo, para respeitar os processos, e caiu na armadilha da notícia. A demissão de Coudet ficou de fora. Por sorte existem outras mídias que são atualizadas em tempo real. O próprio site do CP acompanhou a demissão.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

The Economist não quer que Biden concorra

 

Agora foi a The Economist (Londres, UK).

A "bíblia" das publicações de economia do mundo colocou na capa um andador com o símbolo da presidência dos Estados Unidos e diz: "Sem condições de guiar um país".

A mensagem direta é para que o presidente Joe Biden renuncie à reeleição. E abra a possibilidade que alguém em condições físicas mais adequadas dispute a presidência contra Donald Trump.

Biden mostrou instabilidade no debate da semana passada. Aos 82 anos, ele está com limitações físicas e neurológicas que ameaçam a confiança do eleitor americano.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Alguns clientes recentes de Mídia Mundo

 A lista de parceiros de Mídia Mundo cresceu ainda mais. Sinal de que está funcionando para as grandes empresas de comunicação.


Consultoria, Diagnóstico, Mentoria, Treinamento e Palestra.

* Atualizado em Junho de 2024




































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