O Meia Hora (Rio de Janeiro, RJ) é muito criativo, um sopro de alegria em um mundo depressivo da mídia brasileira.
A relação entre a temperatura do Rio e o número de pontos do Fluminense no Campeonato Brasileiro é sensacional.
Vida Longa ao MH!
O Meia Hora (Rio de Janeiro, RJ) é muito criativo, um sopro de alegria em um mundo depressivo da mídia brasileira.
A relação entre a temperatura do Rio e o número de pontos do Fluminense no Campeonato Brasileiro é sensacional.
Vida Longa ao MH!
Ontem, O Globo (Rio de Janeiro, RJ) cobrou uma retratação da empresa, pela infeliz afirmação do CEO francês sobre a carne brasileira.
Hoje o Carrefour pagou uma capa falsa na edição impressa, para tentar reduzir o estrago.
The New York Times (Nova York, NY) é o meio informativo com maior número de assinantes no mundo ocidental, nada menos do que 11 milhões de pessoas. Um produto responsável, relevante e extremamente inteligente.
Para se posicionar pelo fim do massacre em Gaza, sem brigar com seus assinantes judeus - numerosíssimos nos EUA - o Times publica hoje na capa da edição impressa a foto de Mahmoud, um menino de 9 anos de idade, que teve os braços amputados em um bombardeio.
Não é necessário ser de esquerda ou de direita para sentir o impacto dessa imagem. Basta ser humano.
Já passou da hora de Israel recuar a artilharia e investir na diplomacia. Já são 45 mil mortos pelos ataques. Estima-se em pelo menos 100 mil mortos em consequência dos ataques (fome, falta de medicamentos, doenças). E mais de 200 mil mutilados. Tudo isso em uma população de menos de 2 milhões de pessoas.
Parabéns ao NYTimes pela inteligência em mandar seu recado.
O ex-presidente e seu primeiro escalão acabam de aparecer em uma completa investigação da Polícia Federal sobre conspiração para golpe de estado no Brasil. É grave. Por muito pouco o país escapou de cair em uma nova ditadura.
Mas poucos impressos deixam isso claro. A esmagadora maioria lava as mãos, tentando apenas noticiar o fato divulgado ontem. Só que impresso precisa se posicionar. O país está revoltado e quer justiça.
Entre as poucas capas que oferecem algo a mais está O Povo (Fortaleza, CE), uma aula de como ser simples e acertar um golpe do estômago do político, e Extra (Rio de Janeiro, RJ), que não poupou qualificações em letras garrafais para caracterizar os 37 indiciados.
Menos medo, por favor.
Mesmo os esportivos hoje saíram com a imagem do drama. Única exceção foi Sport (Barcelona, Espanha) que poupou o leitor da imagem, mas publicou uma fita negra pelo luto.
Foi isso que fez La Nación (Buenos Aires, Argentina) ao comparar o discurso do presidente Javier Milei na ONU com um discurso do personagem Josiah Bertlet, da série de TV americana West Wing. E são inúmeros pontos de "coincidência".
Vale a pena ler a matéria e assistir ao vídeo.
Jornalismo puro e da melhor qualidade.
A revista Time (Nova York, NY) começa a prever o resultado das eleições dos EUA.
O antes favorito Donald Trump está perdendo espaço dia a dia para a candidata democrata Kamala Harris.
O atoleiro no campo de golfe parece uma boa analogia. Trump está em dificuldades.
A 40 dias do voto, tudo indica que os Estados Unidos terão pela primeira vez uma presidente do sexo feminino.
A Folha de S. Paulo (SP) perdeu uma chance enorme de inovar. Relançou sua edição impressa em novo formato, menor, com a ideia de ser corpo único e sem dobra. Seria uma novidade.
Mas errou feio do desenho. Repetiu a característica do surrado standard, com uma infinidade de chamadas na capa. São nada menos que 13 informações na primeira página, algo que não combina com os formatos compactos - que utilizam a capa como um pôster com, no máximo, cinco informações.
Sem as novidades esperadas, apenas com corte de papel, não é difícil arriscar que a mudança da Folha teve apenas um objetivo: economizar.
É quase uma edição de colecionador.
A Folha de S. Paulo (SP) que foi às bancas hoje é a última em formato standard. A partir de amanhã - Domingo, 01 de Setembro - a Folha adota um formato mais compacto, berliner, sem tantos cadernos separados.
Os protótipos que vazaram mostram um desenho conservador, no mesmo estilo da Folha atual. Se isso realmente for concretizado a Folha estará perdendo uma ótima oportunidade de ser diferente, de olhar para seus leitores. Será um "mais do mesmo", apenas economizando papel.
A resposta chegará amanhã.
Meio de comunicação que não enfrenta altos e baixos do mercado ainda está por ser criado. Mais ainda no Brasil. Com custos fixos e receita variável, o negócio do jornalismo é uma aventura diária. Até aí nada novo.
Só que a Folha de S. Paulo (SP), que já foi líder em circulação impressa no Brasil (mais de 1,5 milhão de exemplares em um único domingo nos anos 90) está dando sinais de que algo não anda bem na Barão de Limeira.
No primeiro semestre, a Folha desfiliou-se do IVC (Instituto Verificador de Circulação), o controle independente dos impressos do Brasil, aceito por agências de publicidade e respeitado pelos demais jornais. A explicação não convenceu o mercado, mas pesou o fato de o novo auditor (PwC) ter regras mais "camaradas" e também o concorrente O Estado de S. Paulo (SP) já ter feito o mesmo.
Agora a Folha anunciou que vai reduzir o histórico formato de suas páginas, de standard (55cm) para berliner (44cm), a partir de 01 de Setembro. Se for respeitado esse padrão, a Folha será um pouco maior que o Estadão, que reduziu há três anos. Entre os "jornalões" só O Globo (Rio de Janeiro, RJ) manterá o formato.
No meio jornalístico sabe-se que mudança de formato só ocorre em duas ocasiões: quando a empresa realmente acredita que formatos compactos têm a preferência dos leitores (o que não é o caso da Folha) ou quando o financeiro aperta e é necessário se obter resultados a curto prazo, economizando papel e tinta.
A Folha vem obtendo algumas vantagens com estratégias que não significam aumento de audiência, como contar 5 assinaturas em uma só (um assinante digital pode indicar 5 familiares para navegar pelo site). Mas o sinal amarelo está aceso na sede da Folha.
Red/Acción (Buenos Aires, Argentina) fechou.
Foi o mais inovador projeto jornalístico da América Latina, liderado pelo ex-La Nación Chani Guyot. Pouco importavam os breaking news, mas o que estava por trás deles. Foco no jornalismo de soluções.
Mas não é fácil fazer bom jornalismo. Red/Acción sobreviveu por seis anos, agora a inflação de quase 5.000% quebrou a empresa. Se o desafio de viver de publicidade - e de leitores - é enorme para grandes meios, para os pequenos é ainda mais difícil. Em um ambiente de catástrofe econômico, ainda pior.
Red/Acción ganhou 35 prêmio de jornalismo e encantou a América Latina com suas novas lógicas de produção. Era o modelo a ser seguido. Só que fechou, anunciado na carta de despedida de Guyot.
"O jornalismo não serve apenas para contar o mundo, mas também para mudá-lo"
Vai deixar saudades.
O diário El Eco de Tandil (Tandil, Argentina) comemorou 142 ontem.
Um marco na história de um pequeno meio de comunicação de uma também pequena cidade, extremamente integrado com os hábitos dos cidadãos.
Para festejar, um lindo vídeo em que reafirma um de seus lemas: o valor da palavra.
Parabéns El Eco, muitos anos de vida em todas as plataformas!
Um dos deadlines mais importantes desse processo é o fechamento. Ele não pode atrasar. A rotativa está esperando o OK definitivo da redação para começar a rodar.
Ontem o Correio do Povo (Porto Alegre, RS), histórico impresso dos gaúchos, fechou antes que a principal notícia esportiva ocorresse: a demissão do treinador do Inter, Eduardo Coudet, logo após a derrota no campo. O CP fechou com o resultado, mas sem aguardar as consequências.
Correu contra o tempo, para respeitar os processos, e caiu na armadilha da notícia. A demissão de Coudet ficou de fora. Por sorte existem outras mídias que são atualizadas em tempo real. O próprio site do CP acompanhou a demissão.
Agora foi a The Economist (Londres, UK).
A "bíblia" das publicações de economia do mundo colocou na capa um andador com o símbolo da presidência dos Estados Unidos e diz: "Sem condições de guiar um país".
A mensagem direta é para que o presidente Joe Biden renuncie à reeleição. E abra a possibilidade que alguém em condições físicas mais adequadas dispute a presidência contra Donald Trump.
Biden mostrou instabilidade no debate da semana passada. Aos 82 anos, ele está com limitações físicas e neurológicas que ameaçam a confiança do eleitor americano.
A lista de parceiros de Mídia Mundo cresceu ainda mais. Sinal de que está funcionando para as grandes empresas de comunicação.
Um estudo da Price Waterhouse Coopers (PWC), conhecida consultora internacional de negócios, está mexendo com a mídia dos EUA. Segundo o do...