Imprima essa Página Mídia Mundo: 2022-08-21

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Estadão está acelerando sua morte através de editoriais


O Estado de S. Paulo (SP) foi o jornal que no dia das eleições de 2018 cometeu o editorial "Uma escolha muito difícil", ao querer posicionar-se longe das opções que se apresentavam no segundo turno. Como já era previsto, o tempo serviu para que tal editorial se tornasse chacota nacional e ninguém tivesse dúvidas de que a escolha não era tão difícil assim.
No governo Bolsonaro, talvez por uma boa cota de anúncios, talvez por convicção de seus acionistas, o diário seguiu com um comportamento morno frente ao governo, mesmo em casos de incompetência, corrupção e incapacidade administrativa.
Agora, sem querer aceitar o que as pesquisas indicam, O Estado de S. Paulo comete um novo editorial que vai marcar época: acusa o candidato líder de se esquivar de críticas exatamente no dia seguinte a uma mudança de postura do candidato em entrevista. Não é isso que está em jogo, é o futuro do Brasil. Mas o Estadão prefere manter a postura conservadora e ainda acreditar em uma virada do candidato da extrema-direita.
Pode custar caro essa aposta.

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Uma aposta que pode custar muito caro


O jornal A Tarde (Salvador, BA), que já viveu dias de glória e hoje enfrenta uma tremenda crise, parece estar jogando todas as suas fichas na eventual vitória de um candidato ao Governo do Estado. Baseando-se em pesquisa que a própria empresa encomendou a um instituto sem tradições em disputas eleitorais, o diário soteropolitano crava que há um novo líder na Bahia.

É muito arriscado. Todas as outras pesquisas - inclusive as que têm sido alvo de ações judiciais para a não divulgação - apontam o contrário. Mas A Tarde parece acreditar que sua pesquisa tem maior valor que as demais.

O problema é que em outubro o eleitor vai votar e escolher o novo governador. Se os dados de A Tarde estiverem corretos, ótimo: serão quatro anos tranquilos, possivelmente com preferencias em publicidade governamental, e o fato de ter acertado a previsão - contra todos os demais meios da Bahia.

Mas há uma gigantesca possibilidade de que o candidato ora apontado como líder não vença. O que vai ser de A Tarde? Terá perdido apoio do Estado, bem como será visto como um veículo de fake news. Seus pouco mais de 8 mil exemplares/dia de circulação tendem a cair ainda mais. 

A saúde da empresa ficará comprometida definitivamente. Essa aposta pode sair cara.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Sem fotos, por favor!


Quando a canadense Anita Kunz tem uma ideia, melhor sair de perto: vem uma obra-prima.

É assim a capa da revista The New Yorker (Nova York, NY), que chaga hoje às bancas.

Mona Lisa não quer ser mais fotografada. Genial!

Desenho não é só para deixar mais bonito


A Folha de Pernambuco (Recife, PE) mostra hoje que design de páginas (capa, principalmente) não pode ser feito de qualquer jeito, sem critérios.

O diário digital do Nordeste quis montar uma manchete destacando linhas, chamando a atenção a detalhes. OK, faz sentido. O que não faz qualquer sentido é que a parte escolhida para o destaque diga "crédito terão mais". Ou seja, não diga absolutamente nada.

Não é porque a linha está no meio que deverá estar em negro e em caixa alta. Isso deveria vir para destacar as informações que chamem a atenção. Não foi o caso.

Capa deve ser feita com carinho. É a principal informação de um jornal. E a manchete é o segredo da capa. Quando a Folha comete essa primeira página a mensagem que fica ao leitor é "nem perca tempo lendo o resto".

Ficou ruim.