Imprima essa Página Mídia Mundo: 2012-01-22

sábado, 28 de janeiro de 2012

O problema no quintal de casa

A tragédia do Rio comoveu o Brasil, mas a principal consequência é o olhar para os prédios ameaçados em cada cidade.

Fez muito bem o Diário da Borborema (Campina Grande, PB) que dedicou sua capa aos 60 edifícios problemáticos da cidade.

Desta forma o jornal colabora para evitar uma nova tragédia.

O exagero antes da hora

O Jornal de Jundiaí (Jundiaí, SP) surpreende-se com uma pesquisa que coloca a cidade na décima posição em relação ao custo para se comer fora de casa.

E quando Jundiaí chegar ao nono lugar, o que fazer? Capa monotemática?

No oitavo lugar será capa e páginas 2 e 3.

No sétimo lugar caderno especial.

No sexto uma revista de 32 páginas.

No quinto toda a edição do jornal.

A partir do quarto lugar não haverá mais nada a fazer.

Esse é o risco de contar a "tragédia" antes da hora. Exagerou o JJ.


Ainda o chute no número de mortos?


O Liberal (Belém, PA) não aprendeu, apesar dos avisos para o Estadão.

Apostar em número de mortos quando há bombeiros no local recolhendo escombros é um tremendo gol contra.

Às 11h30min de hoje, segundo Globo.com, já eram17 mortos.

O jornal chegou velho às bancas.

A foto do sábado

É de Tiago Morgan e está na capa de A Cidade (Ribeirão Preto, SP).

Dispensa legenda.

A mesma foto, mas o detalhe faz a diferença


A Gazeta (Vitória, ES) e A Tribuna (Vitória, ES) apostaram na mesma foto: a manifestação popular que interrompeu a rodovia.

As fotos são iguais, exceto por um detalhe: na imagem de AG, de Nestor Muller, as pessoas estão de mãos dadas. Em AT, a foto de Adriano Horta parece ser quando as pessoas se preparavam para reclamar.

É preciso esperar o momento exato para fazer a melhor foto.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Fuso-Horário no Grupo Folhas


Há algum magnetismo que  acaba com a lógica matemática no Grupo Folhas.

A Folha de S. Paulo (SP) fala em 4 mortos.

Seu irmão mais novo, o popular Agora (SP) banca 5.

O que terá acontecido nos corredores da Barão de Limeira?

O Estadão não aprende


Mais um dia de chute na manchete de O Estado de S. Paulo (SP).

Insistir em bancar números em tragédias, como Mídia Mundo já falou ontem, é um grande erro.

Duas manchetes perdidas do Estadão.

A bola de neve não para de crescer.

Parece que a Internet e a TV não existem




Correio Braziliense (Brasília, DF), Estado de Minas (Belo Horizonte, MG), Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) e Diário Catarinense (Florianópolis, SC).

Estes quatro jornais acham que o leitor vive em 1950.  Informam em manchete um fato acontecido 36 horas antes de o exemplar chegar às mãos do assinante, como se as mídias digitais simplesmente não existissem.

Para eles os jornais ainda são os donos da notícia. Se não sair no jornal, não aconteceu.

Outros jornais seguem esse mesmo mantra, mas esses quatro, com a tragédia do Rio, se superaram.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A matemática equivocada dos jornais


Os jornais não conseguem entender que arriscar números em tragédias de grandes proporções é dar o rosto para bater. É chamar o erro.

O Dia (Rio de Janeiro, RJ) afirma em manchete que os desabamentos do Rio deixaram 12 vítimas. O Estado de S. Paulo (SP) fala em 5 feridos.

O leitor acorda, vê TV ou navega na Internet. Aí descobre que até agora (10h30min) são 5 mortes e 3 feridos no hospital, número que deve ir mudando com o dia.

A seda continua sendo rasgada


Ontem foi o governador do Rio e o prefeito de Maricá. Hoje é o ministro Moreira Franco e o prefeito de de Niteroi.

É impressionante como O Fluminense (Niteroi, RJ) dá enormes espaços para as "autoridades" na capa, sem pensar no leitor, e esquece os temas que realmente interessam ao cidadão.

Fotos como a de ontem e a de hoje são totalmente descartáveis. Só servem para rasgar seda para políticos em busca de uma fatia generosa do bolo publicitário.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Rasgando seda nas capas


Tem jornais utilizando o espaço editorial como sedução de clientes, de olho em gordas verbas.

Ou como explicar o destaque dado ao governador do Rio e ao prefeito de Maricá, na capa de O Fluminense (Niteroi, RJ)?

Pior ainda, o fotão do corte do laço marcando a inauguração de um supermercado no Alto Tietê na capa do Mogi News (Mogi das Cruzes, SP).

Isso definitivamente não é jornalismo. É enganar o leitor em benefício próprio.

A foto do dia

É de Porthus Junior e está na capa do Pioneiro (Caxias do Sul, RS).

É preciso ter sempre um olho bem aberto pelos cantos da cidade para não perder oportunidades de imagens geniais como essa.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sem o piloto-automático

A edição inteligente faz toda a diferença.
A manchete dos três jornais mineiros é rigorosamente a mesma: o prefeito vetou o aumento de salários dos vereadores de Belo Horizonte.
Só que o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) gastou 5 minutos a mais na hora de organizar a capa.
O Tempo (Belo Horizonte, MG) e Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) ligaram o piloto-automático e apresentaram uma capa feijão-com-arroz.
 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Puxando a brasa

O jornal da família Sarney tenta ser sério, mas volta e meia escorrega na parcialidade exagerada.

A manchete para a aprovação de Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha é quase um escândalo.

O Estado do Maranhão (São Luís, MA) esquece os temas locais e torna-se o único jornal brasileiro a destacar com fogos de artifício o resultado da pesquisa.

Será que os Sarney fariam o mesmo carnaval se os números em relação à aliada estivessem baixos?