Imprima essa Página Mídia Mundo: 2011-07-03

sábado, 9 de julho de 2011

A capa obrigatória

O último voo da Atlantis é um prato cheio para os jornais americanos.
O ônibus espacial aparece de todas as formas imagináveis nas capas dos jornais dos EUA;

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mais um exemplo de jornalismo chapa-branca


Algum lúcido morador de Franca acredita que o fato mais importante do dia, merecedor de foto gigantesca na capa, é a entrega de um prêmio à aluna vencedora do concurso Jovem Redator?

Sim, claro, é o prefeito que está entregando. E o concurso é promovido pela empresa proprietária do jornal Comércio da Franca (Franca, SP).

Esquece o jornal que esse fato só interessa à família da jovem, às senhoras que aplaudem a entrega (e que aparecem na foto), à assessoria do prefeito e ao próprio jornal. Ah, sim, esse agrado pode render alguns reais a mais em publicidade oficial.

Esse jornalismo está morto. Só jornais que não entendem a realidade do leitor ainda praticam tamanho absurdo.

Alguém falou em projeto gráfico?


O Jornal da Cidade (Bauru, SP) dá um exemplo de o que acontece com uma capa quando não se respeitam as diretrizes gráficas de uma publicação.

As notícias estão brigando entre elas. O leitor não sabe para onde olhar. E se o leitor paga pelo exemplar - nesse caso, R$ 1,50 - o mínimo que se deve fazer para ele é organizar a informação.

O bombardeio de informações atrapalha a vida do cidadão. Um bom jornal hierarquiza, conta para o leitor aquilo que ele deve realmente saber. De forma ordenada.

Em Bauru o Jornal da Cidade está fazendo exatamente o contrário. Na dúvida, publica tudo, sem deixar claro o que é mais importante para a vida do leitor.

Um projeto gráfico cairia bem.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Rio reclama por Juan

O drama da morte do menino Juan chocou o Rio e seus jornais.
O cidadão está cansado de dúvidas e mistérios. Quer respostas.
Extra (Rio de Janeiro, RJ) e O Dia (Rio de Janeiro, RJ) falam mais alto.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Os bueiros do Rio


Ninguém em terras cariocas foi tão feliz na capa hoje como o Meia Hora (Rio de Janeiro, RJ).

Humor, picardia e informação.

PS: Dica do colega Tiago Rech

Deu Bom Dia na cabeça

O caso da menina Luana, 21 anos, chocou Rio Preto.
Ela quis doar a medula e morreu no hospital.
Na saudável luta entre os jornais concorrentes para cobrir melhor o fato, o Bom Dia (São José do Rio Preto, SP) ganhou.
O Diário da Região (São José do Rio Preto, SP), líder em asinaturas, dividiu atenções com a perda da parceria da equipe local, o América, da segunda divisão paulista.
O Bom Dia utilizou a imagem bem viva de Luana em uma moldura tradicional como tema único da capa. O impacto foi imediato.
Não é à toa que o Bom Dia desde a semana passada é líder em venda avulsa em Rio Preto, com dois exemplares vendidos para cada um do Diário da Região.


Jornal que fala a língua do leitor


O Popular (Goiânia, GO) está afinado com o leitor.

Hoje reproduz na capa o diálogo entre um cidadão e o irritante atendimento de uma companhia telefônica.

Não é preciso fotos, gráficos, nada.

Basta o diálogo.

Genial.

A sorte acompanha os competentes


A sequência de fotos de Weber Sian, que ocupa a capa de A Cidade (Ribeirão Preto, SP) é um primor.

Em imagens o leitor entende o que aconteceu no embate entre polícia e invasores na operação de desocupação de uma área em Ribeirão.

Mérito do jornal em rasgar as imagens, permitindo ao leitor o rápido entendimento do caso.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Estado de Minas exagerou


Tudo bem que no domingo os jornais mineiros rasgaram capas à morte de Itamar Franco.

Não foi legal ter dado muito espaço ontem, já se tratava de repetição.

Mas hoje o espaço que o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) deu à cerimônia fúnebre tratou-se de um exagero descabido.

Para completar o excesso de espaço, uma manchete totalmente fora de lógica.

Itamar foi tudo isso? O leitor mineiro concorda com essa leitura?

Menos, EM, menos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Enquanto isso, na Venezuela...

O empate com o Brasil é comemorado como final de Copa do Mundo.

domingo, 3 de julho de 2011

Ninguém soube enterrar Itamar

O ex-presidente Itamar Franco morreu ontem.
Era um obituário já preparado há, pelo menos, 10 anos.
O legado político de Itamar, na verdade, morreu há mais de 15 anos, desde que o Real foi lançado, sob a regência de FHC.
O que é Itamar, então, do ponto de vista do jornalismo? Uma notícia durante o sábado e apenas um registro nos jornais de domingo.
Só que muitos jornais exageraram, ao tratar o ex-presidente como um grande líder, em um exercício de ficção que o leitor não merecia.
Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) e Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) ainda têm a desculpa de Itamar ser mineiro. Correio Braziliense (Brasília, DF) pode alegar tratar-se de um ex-presidente (vice que assumiu com o impeachment do eleito, diga-se de passagem).
Mas Zero Hora (Porto Alegre, RS), O Estado do Maranhão (São Luís, MA) e Diário de Pernambuco (Recife, PE) forçaram a barra. Deram exemplo de um jornalismo velho e gasto, onde os jornais eram os "donos da notícia".
Só que estamos no Século XXI.

PS: Será que algum jornal entrevistou Lilian Ramos - aquela que saiu na foto sem calcinha e ao lado do então presidente -, para repercutir?


Duas capas em destaque no interior paulista

Aniversário de jornal só interessa aos seus donos. Mas o Comércio da Franca (Franca, SP) soube transformar o fato em oportunidade. 96 anos fatos para lembrar os 96 anos. Boa ideia - e simples.
Já o Jornal da Cidade (Bauru, SP) valorizou a linda foto de Quioshi Goto, destacando um ângulo da cidade que o leitor desconhece.


A fórmula única dos dominicais no Pará

Todos fazem o mesmo: mulher, mulher e mulher. Com pouca roupa, é claro.
Essa é fórmula dos jornais de domingo no Pará. O Liberal (Belém, PA), Amazônia (Belém, PA) e Diário do Pará (Belém, PA) abusam do espaço nobre com mulheres de biquini, em poses ousadas.
Mas O Liberal se superou: deu em manchete o resultado de uma pesquisa...sobre o próprio O Liberal. O instituto é o discutido Vox Populi.
E se o resultado fosse negativo, o jornal daria manchete?
Pouco jornalismo sério, muito marketing discutível.
Pobre leitor.