Imprima essa Página Mídia Mundo: 2013-02-17

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Simplesmente perfeita


A capa da revista The Economist (Londres, UK) está simplesmente perfeita.

Nada a acrescentar.

Poucas palavras e um desenho que fala por si.

Uma aula para quem gosta de jornalismo contemporâneo.

PS: via Twitter de @giner

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A foto da sexta


A ideia não chega a ser nova, mas sempre causa enorme impacto.

Primeiro plano das tradicionais botas da polícia, com algemas ao fundo.

Mérito do olhar aguçado do repórter-fotográfico Ivan de Andrade, capa do Jornal NH (Novo Hamburgo, RS).

Oportunidade perdida


O jornal Lance (SP) tinha tudo para fazer uma edição sensacional: um repórter buscando bastidores da prisão dos torcedores do Corinthians na Bolívia.

Só que faltou jornalismo básico.

As três afirmações em primeira pessoa escolhidas para a capa com fundo preto não têm nenhuma relevância. São velhas e fracas.

Ou seja, o Lance não deu um só passo adiante em um campo que tinha tudo para arrasar.

Perdeu a chance.

Sem notícia e sem noção


A manchete de O Estado do Maranhão (São Luís, MA) é derrubada pela linha fina.

Está escrito: o problema é comum.

Se o problema é comum, por que apostar em manchete?

Essa falta de critérios ajuda a matar o jornalismo impresso no Brasil.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Jornais começam a definir apoio


Basta dar uma rápida olhada nas capas dos dois maiores jornais de São Paulo para tirar as primeiras conclusões, de olho em 2014:

O Estado de S. Paulo (SP) vai de Dilma.

Folha de S. Paulo (SP) vai de Aécio.

Agora escancaram os apoios.

Hein?


O Agora (SP) fala do empate do Corinthians, que "segue invicto".

Opa, foi o primeiro jogo do Timão na Libertadores.

Ah, sim, é uma relação com o ano passado... Ufa, que grande sacada!

E sobre a morte do torcedor, nenhuma chamada?

Procura-se jornalismo de qualidade


O levantamento de uma ONG foi divulgado terça-feira.

Ontem saiu na capa de jornais que não tinham nada melhor para escrever - e já foi um erro, conforme publicado no Mídia Mundo.

Hoje a Folha da Região (Araçatuba, SP) retoma o assunto e dá em manchete.

Falta jornalismo de qualidade na região de Araçatuba.

Amanchete de hoje é uma vergonha.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O jornalismo das boas histórias


Foi-se o tempo em que os jornais deveriam registrar o fato público do dia anterior. Esse está morto e sepultado - ainda que a maior parte da imprensa nacional teime em evitar a missa de sétimo dia.

Histórias de gente comum, como a que ocupa a capa de A Tribuna (Vitória, ES), sobre a senhora que foi reprovada 33 vezes no teste de direção - e agora obteve a carta -, fazem um jornal ser necessário.

A Tribuna está na direção correta do bom jornalismo.

Local, local e local. Recheado de boas histórias.

Os clones-releases


Duas constatações nos interior do Paraná:

1. Os concorrentes Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR) e Diário dos Campos (Ponta Grossa, PR) saem com a mesmíssima manchete.

2. Basta qualquer empresa anunciar qualquer coisa para virar manchete nos jornais. O release venceu o bom jornalismo.

Ou será que algum dos dois jornais vai fiscalizar o anunciado investimento?

É release e bola pra frente.

Pobre leitor.

Faltou assunto


O levantamento é de uma ONG. Os resultados não colocam Bauru na liderança, mas entre as 24 cidades. Santa Rita é a quinta em violência.

Ou seja, no news. Não há o que comemorar nem se lamentar.

Mas a informação serviu para manchete do Jornal da Cidade (Bauru, SP) e do Jornal da Paraíba (João Pessoa, PB).

A preguiça em buscar um assunto melhor provocou duas manchetes totalmente descartáveis.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Duas capas geniais


Finalmente um pouco de criatividade no jornalismo brasileiro pós-Carnaval.

O Estado de S. Paulo (SP) descobre uma belíssima história da família real. Tão sensacional que ganha o espaço nobre da capa. Para isso serve um jornal.

Excelente também a capa-protesto do Correio* (Salvador, BA), um soco no estômago dos dirigentes dos dois grandes clubes baianos. Uma vergonha para o Estado.

Dois bons exemplos de que o jornalismo de qualidade está vivo.

Cadê o artigo?


O jornalismo até permite alguma licença poética - quase sempre para encaixar ideias no espaço determinado pelo editor de arte.

Mas há elementos que não podem faltar.

Como o artigo "o" entre as palavras "sobe" e "dobro", na manchete do Diário Catarinense (Florianópolis, SC).

Ficou na língua das selvas: "Me Tarzan, you Jane".

O editor de capa comeu mosca.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Editorialmente perdido


O maior jornal do Brasil está perdido.

Ou alguém explica uma manchete como a de hoje na Folha de S. Paulo (SP)?

A eleição no Equador é totalmente irrelevante na Praça da Sé e arredores. Reeleição de um presidente derruba ainda mais a relevância do fato. E se a informação é de pesquisa boca de urna, bem aí já é um exagero extremo.

A Folha precisa urgentemente entender a diferença que existe entre importante e relevante. Sem isso corre para o precipício, empurrada por notícias como a da reeleição de Correa.

Fotos comunicantes


Impressionante o que fez o popular Amazônia (Belém, PA).

O dedo em riste do jogador do Remo por pouco não acaricia o mamilo esquerdo da modelo.

As fotos de dois assuntos sem qualquer conexão estão se comunicando.

Isso não faz nenhum sentido jornalístico, só serve para arrancar algumas risadas entre jogadores de futebol.