Imprima essa Página Mídia Mundo: 2010-03-28

sábado, 3 de abril de 2010

Desconexão geral e irrestrita

Basta conferir as grandes apostas do sábado de Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) neste sábado para entender a distância que os jornalões estão do universo de seus leitores.
Emprego nos EUA e o pregador do Vaticano.
Sem comentários.
Depois os jornais não entendem os motivos da queda de circulação.

Show, don't tell


Contra uma boa imagem nao há nada a fazer.

O Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) postou o repórter-fotográfico Artur Moser em uma rua com ciclovia para conferir se os carros respeitam ou não o lugar das bicicletas.

A denúncia não deixa dúvidas. Faltou só escutar os motoristas imprudentes que deixam o carro na frente da escola.

Uma matéria simples e eficiente.

Infográfico na capa, mesmo os mais simples


O The Virginian-Pilot (Norfolk, VA) é um dos jornais dos EUA que mais se preocupa com o grafismo.

Ainda que de um modo simples, os infográficos costumam aparecer na capa.

Leitura rápida e direta.

Da série "que azar"


O Diário de Natal (Natal, RN) conseguiu a medalha de ouro de edição azarada.

O jornal quis investir em dois temas, um na manchete, outro na foto. Mas esqueceram de olhar com atenção a capa depois de pronta.

Da maneira como foi às bancas, os padres de Natal têm liberdade para matar.

Que azar, logo na Páscoa...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A derrota do jornalismo investigativo no RS

Jornalismo que se preze é, por natureza, investigativo. O contrário da investigação é a preguiça. E isso não interessa ao leitor, apesar de ser repetido todos os dias em quase todos os jornais.
A imprensa gaúcha ontem levou um furo do Ministério Público. Um furo não, um rombo. Uma cratera.
Há cinco semanas o então secretário da saúde de Porto Alegre foi assassinado quando saía de um culto religioso. Eliseu Santos estava ao lado da mulher e da filha em uma rua movimentada, ao lado de um supermercado igualmente movimentado.
Imeditamente suspeitou-se de vingança ou ajuste de contas. Mais ainda por que o secretário usava uma arma para se defender e teria disparado quase 10 tiros contra os agressores.
A Polícia, porém, em tempo recorde, decretou: foi tentativa de assalto. E até prendeu os supostos assassinos.
Caso encerrado. E a imprensa gaúcha acreditou nessa versão. Não desconfiou que algo não fechava nessa história. Não investigou o que o secretário fez na secretaria. Não conversou com colegas de Eliseu. Não escutou o que diziam os funcionários da secretaria - que jamais engoliram a versão do assalto. A imprensa se calou, acreditou, perdeu a pegada. Como se fosse um release, assumiu a versão da Polícia e "arquivou" o caso.
Pois ontem tudo mudou, quando o MP anunciou que o caso tratou-se de queima de arquivo e vingança.
Aos jornais - Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) - não havia outra postura, se não engolir o furaço e tentar recuperar alguma credibilidade. Em vão.
É uma páscoa de luto para o jornalismo gaúcho.


O DNA do Estadão


Definitivamente, é mais forte que qualquer campanha de marketing, qualquer reforma gráfica, qualquer tentativa de mudar.

O Estado de S. Paulo (SP) é o velho Estadão.

Manchete para a decisão de Henrique Meirelles - notícia velha e sem maiores repercussões - é um convite para que o leitor procure outro jornal.

Jornal ataca, prefeito silencia


Segue a procissão de cobranças do Diário do Alto Tietê (Suzano, SP) ao prefeito Marcelo Cândido.

Com ótimo senso de clareza, o jornal enumera sete motivos para não se comemorar o aniversário de Suzano, sete "maravilhas" que seriam consequência do desgoverno de Cândido.

A prefeitura silencia. Segundo o DAT, o prefeito não quis se explicar.

A maneira como o DAT conduz a cobertura sobre o descaso com a cidade, mostrando o que o leitor costuma ver, é uma maneira inteligente de estar ao lado do leitor. Já o prefeito nao aproveita o espaço para se justificar.

PS: há 10 dias, diante de outra denúncia do DAT, Mídia Mundo publicou nota e recebeu um comentário da Secretaria de Comunicação Social de Suzano, que criticava a postura do jornal. A nova reportagem, porém, junto com o silêncio da prefeitura - apesar das tentativas do DAT - fazem com que Mídia Mundo desconfie que algo não está bem em Suzano. E, pelo jeito, o DAT tem razão.

Duas histórias da melhor qualidade

O novo jornalismo dos meios impresos vive de boas histórias. Essa deve ser a obsessão de qualquer repórter - apesar da resistência de alguns diretores, que teimam em achar que um jornal deve publicar notícias, notícias e mais notícias.
As boas histórias estão nas ruas. Elas não chegam às redações pelo Google.
Foi nas ruas que o Las Vegas Sun (Las Vegas, NV) descobriu a história de Jennifer Cline, que escreveu ao presidente Barack Obama pedindo ajuda depois de perder o emprego, a casa onde morava e ainda desenvolver um câncer.
A história não termina aí. Obama respondeu a Jennifer. Genial.
Também A Tribuna (Vitória, ES) não dormiu no ponto e foi às ruas. E hoje conta a história de Jackson, que pede esmolas com o filho na capital capixaba e vive em uma casa com piscina. Brilhante.

Beijinho, beijinho

O Povo (Fortaleza, CE) e O Norte (João Pessoa, PB) têm talento de sobra para não apelar ao clichê.
O beijo no pé, um dos tantos símbolos da semana santa, poderia ter ficado de fora hoje.
É de mau gosto até para religiosos.

Na briga pelo furo, o Pará fica perdido

Os supermercados estão abertos ou fechados em Belém do Pará?
Se depender dos meios de comunicação locais a resposta é não sei.
As manchetes dos concorrentes Diário do Pará (Belém PA) e O Liberal (Belém, PA) são antagônicas. Um fala que a Justiça fechou os supermercados na sexta-feira da paixão, o outro diz que às 23h de ontem saiu a liberação para que abram.
O que faz alguém que procura saber o que aconteceu depois? Vai aos sites.
E neles novas surpresas.
O site do Diário do Pará garante que os supermercados estão fechados - e ainda comete um atentado à língua portuguesa, ao grafar "permanecem" com "ç".
Já o crime do site de O Liberal é não publicar uma só linha sobre o tema.
Só há uma solução, já que os meios de comunicação não atendem às necessidades de seu público: conferir na porta do supermercado.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Infográfico simples e poderoso


Para informar os custos dos estudos, o The Salt Lake Tribune (Salt Lake City, UT) encontrou um infográfico simples, rápido e elegante.

Cada barra é um lápis.

Genial.

Mesmo conteúdo, edições diferentes

The Brownsville Herald (Browsville, TX) e El Nuevo Heraldo (Brownsville, TX) pertencem ao mesmo grupo e circulam na mesma cidade. Um em inglês, outro em espanhol.
Há muita troca de conteúdo entre as duas redações, mas há alguma autonomia em cada veículo.
Tal autonomia permite que se façam alguns erros editoriais e de desenho. Basta comparar as capas de hopje dos dois jornais. O tema é rigorosamente o mesmo, as fotos também. Mas a edição americana dá um banho de design, valorizando a foto dos ovos coloridos, enquanto a edição em espanhol quase esconde a matéria.

Esperando pelo Google


Desde que o Google anunciou que instalará uma rede de fibra para transmissão de dados 100 vezes mais potente que as normais em alguma cidade-piloto dos EUA, a disputa não acab mais.

A cidade de Topeka, no Kansas, por exemplo, oficialmente mudou de nome. Agora chama-se Google.

A pequena Prince William, por sua vez, inaugurou ontem o Boulevard Google e está fazendo de tudo para ganhar a rede.

É o que mostra o News & Messenger (Woodbridge, VA), assumindo a campanha do pequeno municídio da região.

Todos rezam a mesma oração

No imaginário "Manual do Jornalismo Clichê", existe a regra dos títulos quando se tem dois sujeitos - e não se quer assumir posição de um ou de outro.
Foi exatamente este capítulo que Folha de S. Paulo (SP), O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e O Estado de S. Paulo (SP) consultaram antes de definirem as manchetes de hoje.
Os três jornais quiseram posicionar-se sobre o muro eleitoral. Aí bastou aplicar as normas do clichê e mandar "Dilma disse isso e Serra disse aquilo".
Até o dia do voto, muito clichê aparecerá nas páginas dos jornalões.
Para desespero do bom jornalismo.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Informação, humor e posicionamento


O orçamento de Quebec foi apresentado, como mostrou o La Presse (Montreal, Canadá).

Mas o Le Journal de Montreal (Montreal, Canadá) foi mais longe. Em uma só tacada informou, se posicionou e ainda soube ter bom humor.

O desenho do Ministro das Finanças caricaturado, ao lado de dois cidadãos, e a manchete sem nós: Duas mãos nos nossos bolsos.

É um grito, um protesto contra a decisão de tornar o custo de vida muito mais caro para pagar as contas.

Ideia certa, público errado


O jornal Notícia Agora (Vitória, ES) é do tipo popular de verdade, com clichês que funcionam: crime, futebol, emprego.

Não é por acaso que custa R$ 0,50 e é sucesso de vendas em terminais de ônibus.

Por isso talvez a capa tenha sido sofisticada demais para seu público. A ideia da ligação entre as câmeras que vigiam o trânsito e as que olham a casa do Big Brother é ótima. Mas o público do NA talvez não tenha entendido a sutileza.

E faltou uma noção básica do jornalismo: o direcionamento das imagens. Bastava trocar o bloco da esquerda pelo da direita e era outra capa. As pessoas estão viradas para o lado errado.

O bom infográfico não tem enfeites


Há um assunto dominando as mesas de Quebec: o orçamento. Pelo que informa o Ministério das Finanças, o cinto terá que ser apertado.

Por isso La Presse (Montreal, Canadá) não poupa espaço na capa e informa em um grande infográfico de página inteira os principais pontos do orçamento.

Rapidamente - e sem firulas - o leitor consegue identificar onde vai pesar seu bolso. E dentro do jornal, 15 páginas de análises sobre o fato econômico do ano.

O infográfico para funcionar deve ser bem informativo e sem nada que prejudique o entendimento.

Sem pegada, o Correio é apenas mais um


O Correio Braziliense (Brasília, DF) foi daqueles jornais de leitura obrigatória, até de coleção. O jornalista Ricardo Noblat, então diretor de redação do CB, até conta algumas passagens dessa época em dois livros obrigatórios: A Arte de Fazer um Jornal Diário (Ed. Contexto, 174 págs, 2003) e O Que é Ser Jornalista (Ed. Record, 270 págs, 2004).

O CB do fim do Século XX foi de colecionar. O CB do Século XXI está escorregando em vícios da pré-história. Talvez sirva para embrulhar peixe, já que é Páscoa.

Se a testemunha-chave da cassação do governador Arruda começa a depor - e fala em "rolo compressor" - como não desenvolver esse tema em capa inteira?

Falta pegada ao Correio Braziliense hoje. Falta coragem.

terça-feira, 30 de março de 2010

Dois líderes perdidos no tempo

Para o público externo, Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) se anunciam na vanguarda do jornalismo, adeptos dos conceitos mais modernos de jornalismo.
Mas basta um fato na longínqua Rússia para que toda essa teoria entre pelo cano.
Os atentados no metrô de Moscou aconteceram às 8h da manhã de ontem, horário local. Algo como 2h da madrugada em Brasília e em São Paulo.
Jornais que chegam ao leitor mais de 24 horas depois do fato narrando a notícia são exemplos do que há de mais conservador, mais retrógrado no jornalismo. São jornais que ainda acreditam que são "proprietários" da notícia, que os breaking news são conhecidos pelas páginas dos meios impressos.
Um erro crucial, que pode afetar o sucesso desse negócio chamado jornal.
Folha e Estadão erram feio hoje. E talvez seja tarde demais.
O erro conceitual parece estar no DNA dos jornalões de São Paulo.

Quando a foto não combina com a matéria


O Comércio da Franca (Franca, SP) levantou um assunto da maior importância na semana passada, pedofilia envolvendo padres.

Hoje traz um depoimento de outro padre, que confirmaria a acusação, mas a foto que acompanha é de uma infelicidade impressionante.

O padre sorri? o padre está feliz?

A pedofilia envergonha a igreja de Franca e de todo o Brasil. A foto precisa ter esse mesmo caráter. Padre Ovídio, na capa do Comércio da Franca, parece um ator de TV ou um candidato a vereador.

Não é eleição, é futebol


La Gazzetta dello Sport (Milão, Itália) aproveitou bem o clima eleitoral da Itália para falar de futebol.

Da mesma forma que as pesquisas e resultados das urnas, que tomaram conta dos jornais italianos nos últimos dias, a Gazzetta avalia as possibilidades dos três líderes que se embolam na ponta do Campeonato de Futebol, Inter, Roma e Milan.

Uma capa de ocasião, de oportunidade.

ZH forçou demais a barra


OK, o lançamento do PAC2 é um ato de campanha de Dilma Rousseff. Ela tenta encostar em José Serra - que também ontem inaugurou o Rodoanel em São Paulo.

Mas querer comparar a pífia inauguração de um futuro distrito industrial em Guaíba - periferia de Porto Alegre - pela governadora e provável candidata à reeleição Yeda Crusius é forçar demais a barra.

Zero Hora (Porto Alegre, RS) colocou no mesmo nível Dilma - que tem boas chances de ser a próxima presidente - e Yeda - que não tem qualquer hipótese de ser reeleita.

Ou há perspectivas de novos anúncios de estatais no diário do RS - o que eticamente não é correto -, ou há erro de avaliação editorial.

"Turbinam a disputa"? Menos, ZH, menos.

Jornalismo popular e de serviços


Não há qualquer dúvida que a edição de hoje de A Tribuna (Vitória, ES) vai esgotar nas bancas.

Um bem elaborado guia para que o leitor saiba onde conseguir consultas grátis é um convite a se investir R$ 1 pelo exemplar.

Isso é manchete? Claro que sim.

Não é de hoje que A Tribuna vem praticando um jornalismo popular e de serviços. O jornal superou o então líder A Gazeta (Vitória, ES) há cerca de 10 anos e hoje tem mais que o dobro da circulação do concorrente, segundo o IVC.

O segredo? Foco no leitor. Gente. As ruas, os problemas e as soluções.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Duas maneiras de comemorar o aniversário da cidade

Curitiba e Salvador estão de aniversário.
Nada pior do que publicar um cartão-postal com o péssimo "Parabéns" ao lado. É preciso ser criativo.
A Gazeta do Povo (Curitiba, PR) conseguiu ir bem longe, com a ótima sacada "50 motivos para amar Curitiba". Um material para cima, de bom gosto, para quem quer valorizar sua cidade.
A Tarde (Salvador, BA) traz o caderno da Cidade em Contrastes. Um apanhado da velha Salvador e da moderna Salvador, do rico e do pobre. Não tem o brilho criativo da Gazeta do Povo, mas acertou também.

Grande foto merece grande edição

Foto é informação.
Boa foto é capa.
É o que mostram o Daily News-Miner (Fairbanks, AK) e o El Punt (Barcelona, Espanha)

E por falar em interior


Se a grande matéria do Correio de Uberlândia (Uberlândia, MG) é sobre a queda da equipe local à segunda divisão, para que a foto de um jogador do Atlético, time da capital, comemorando um gol?

É para massacrar o já massacrado torcedor?

O Correio perdeu uma ótima oportunidade de fazer uma capa épica, utilizando a melhor imagem de tristeza do Uberlândia. E apostando na imagem, dominante.

Hoje o desenho só atrapalhou a cobertura.

A derrota do jornalismo no interior do RS

A situação inusitada mereceu capa dos dois concorrentes. Um balão que participava de um festival de balonismo acabou preso a uma torre de telefonia celular. Um susto.
Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS) deu enorme destaque, com uma ótima foto de leitor, enquanto A Razão (Santa Maria, RS) dividiu espaços com uma notícia do PAC.
Mas a derrota do jornalismo é a cobertura do acidente. Ninguém ouviu o piloto do balão acidentado. Há palavra de bombeiros, da organização do evento e de colegas, mas cadê o balonista que perdeu o controle e chocou-se contra a torre?
Isso é jornalismo. Isso é o que o leitor quer ver no dia seguinte. Isso não está nas páginas dos jornais gaúchos.

domingo, 28 de março de 2010

Cadê a foto destacada do Estadão?

Há duas semanas O Estado de S. Paulo (SP) saía às ruas de cara nova anunciando uma série de novidades. Uma delas, o destaque às imagens.
Na edição de hoje o Estadão tem duas boas fotos na capa, mas nenhuma com o tratamento de aposta. A da casa em Ilhabela em meio à floresta tem apenas duas colunas de largura e teria outro efeito caso estivesse edtada em três ou quatro colunas. O mesmo acontece com a ótima foto das doações que superlotam um ginásio em São Luís do Paraitinga. Mas editadas assim, no meio da confusão editorial e da foto sem sentido do ministro Geddel, perdem força assustadoramente. É o DNA do velho Estadão, mais forte que as reformas.
Já a Folha de S. Paulo (SP), que ainda não lançou novo projeto gráfico, investe em sua única imagem, do rodoanel. Individualmente, é menos surpreendente e informativa que qualquer uma das duas do Estadão. Mas por ter sido bem editada brilhou como nenhuma do concorrente.

Três histórias do exterior

As boas histórias estão em grandes e em pequenos jornais.
Não importa o tamanho ou a circulação, o que interessa é o talento, a imaginação.
O Sunday Star - edição dominical do Toronto Star - (Toronto, Canadá) apresenta uma sensacional reprtagem sobre jovens canadenses que seguem a psudo-clínicas na Índia onde são tratados com derivados de ópio, proibidíssimo no Canadá.
O pequeno The Tribune (Greeley, CO) acompanhou uma caravana de jovens locais que foram à Nicarágua para ajudar o país da América Central. Tudo bem documentado, fotografado e com vídeos na web.
Já o Sun Sentinel (Ft. Lauderdale, FL) avalia as escolas locais, levando em conta seus custos e o retorno que seus ex-alunos conseguem ter depois da graduação.
Aos domingos o leitor precisa de histórias de peso como essas.

Algo novo nas páginas da Alemanha


Não é normal os jornais alemães tratarem a arte como conteúdo. Em geral fotos ou ilustrações resumem-se a pequenos espaços logo abaixo do logo. E tome texto.

Hoje o Frankfurter Allgemeine (Frankfurt, Alemanha) diferencia-se de toda concorrência ao publicar desenhos de plantas e flores de altíssima qualidade.

Quase um livro de botânica.

Velho, com recibo de velho


Nada pior para um jornal do que chegar às bancas com uma informação que já morreu de velha.

O Paraná (Cascavel, PR) não apenas aposta firme na informação caduca, como também não inclui qualquer valor agregado e ainda não se dá conta que não circula na segunda-feira, ou seja, que esta edição estará dois intermináveis dias nas bancas.

Os leitores vão ver que a aposta é velha, que a menchete é desnecessária. E a credibilidade de O Paraná vai cair mais um pouquinho.

Pesquisa Datafolha, que circulou às 7h30min da manhã de sábado, na manchete é inaceitável. Revela o jornalismo-preguiça.