Imprima essa Página Mídia Mundo: 2010-01-17

sábado, 23 de janeiro de 2010

As duas senhas mais comuns do mundo


Você sabe quais são as senhas mais utilizadas no mundo, na Internet?
A campeã é 123456. De cada 100 senhas de sites, uma é exatamente essa sequência. Outras combinações lógicas crescentes ou decrescentes representam outro 1%.
A segunda senha mais utilizada na Internet é a palavra password, que significa exatamente senha.

Uma nova forma de comunicação

A surpresa é um elemento-chave na comunicação moderna.
Se você não espera algo, a informação é absorvida com maior rapidez.
Há quem diga que notícia é quando não se espera o acontecimento. Não é bem assim, mas sem dúvidas quando um fato faz você sentir-se quase em outro mundo, atônito, a comunicação funciona.
E se tiver bom gosto, tanto melhor.
Foi assim que a companhia aérea portuguesa TAP preparou, em parceria com a ANA - administradora dos aeroportos portugueses - sua mensagem de Natal.
Um "Flash Mob", como chamam os americanos.
Vale cada um dos 7 minutos de duração.
A ação deu tão certo que ganhou segunda versão, para o Ano Novo!
Os dois vídeos estão aqui.





A semana completa do The Independent

O diário The Independent (Londres, UK) é o preferido entre os jovens ingleses, embora não tenha a tradição do The Times, o carisma do The Guardian ou a confiabilidade do Daily Telegraph.
Seu desenho sempre ousado é um dos motivos que tanto atrai os "under-25".
Basta avaliar uma semana completa de suas capas.












sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

As manchetes que não servem


O cotidiano dos jornais é muito curioso.
Um dia depois de o Correio do Povo (Porto Alegre, RS) fazer uma excelente capa, valorizando a imagem, o jornal gaúcho encontra uma manchete capenga.
Parece slogan de ditadura militar.
Enquanto isso, outro tradicional jornal brasileiro, o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG), busca um chavão para polir um noticiário duro como a proximidade da dengue na cidade.
"Bate às portas de BH" é tão ruim como "o caneco está nas mãos do Cruzeiro".
Bastam 5 minutos de criatividade para não escorregar em manchetes ruins.

A chuva, em versão americana


Não é só no Brasil que a chuva está mudando a vida das pessoas.

Na California, os índices pluviométricos estão bem acima do esperado para a época do ano.

O San Jose Mercury News (San Jose, CA) fez um ótimo trabalho com um mosaico de personagens na chuva - do ponto de vista de alguém do lado de dentro de uma casa, vendo a vida passar pela janela - e ainda um gráfico extremamente explicativo.

Oito, nove ou dez?


A imprecisão tomou conta do jornalismo paulistano.
Hoje, por exemplo, Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo anunciaram oito mortes pelas chuvas.
Diário de S. Paulo e Folha de S. Paulo foram de nove.
O Agora jogou mais alto, dez.
Desse jeito não adianta fazer capas bonitas, bem cuidadas graficamente - por sinal, as do JT e do DSP são as melhores.
Um mais de precisão jornalística, por favor.





Sorte britânica

Feliz de quem pode entrar em uma banca e escolher entre um desses jornais.
The Independent (Londres, UK), The Herald (Glasgow, UK), The Guardian (Londres, UK) e The Times (Londres, UK) estão com capas melhores a cada dia.












quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O poder da imagem na capa - II


Agora entre em uma banca gaúcha e olhe para as capas de Zero Hora (Porto Alegre, RS) e Correio do Povo (Porto Alegre, RS).
Qual você escolheria?
Hoje não adianta o Zero Hora ter enviado especial ao Haiti e o Correio não ter. A foto do CP dos meninos de costas impacta e faz pensar.
Excelente escolha. A capa de ZH não traduz nenhuma emoção. Ponto para o Correio do Povo.

O poder da imagem na capa - I


Olhe as capas dos dois mais influentes jornais dos Estados Unidos.
Se você estivesse em dúvida e tivesse que escolher pela capa, qual seria?
Fácil, The Washington Post (Washington, DC).
A força da foto de William Saint-Hillaire, o assistente de pastor que procura sua família no Haiti (aliás, uma ótima história), derruba qualquer aposta do The New York Times (Nova York, NY).
Uma foto pode fazer uma capa.

Três boas capas brasileiras


Basta um pouco de imaginação e uma pitada de talento artístico para se produzir boas capas.
É o que mostram hoje o Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC), O Norte (João Pessoa, PB) e o Diário de Natal (Natal, RN).
O Santa foi inteligente, levantou uma nota de protesto com enorme picardia.
O Norte usou aquilo que todos já tinham, mas foi criativo.
E o DN teve a ideia de usar uma página de caderno para falar do material escolar.
Boas ideias com arte competente em jornais fora do grande eixo.



O vício maldito do Estadão

O jornal O Estado de S. Paulo (SP) adora estatísticas. Principalmente em economia.

Basta alguém divulgar um balanço para aparecer na capa do Estadão.

Hoje, por exemplo, enquanto a concorrência fala do Haiti e de futebol, o Estadão desencavou mais uma estatística para a manchete.

Esquece o nobre jornal paulistano que esse é o tipo de informação que o leitor já não quer mais saber.

Muito menos em manchete.

Correio da Anamara


O jornal Correio* (Salvador, BA), que já foi Correio da Bahia, agora está se transformando em Correio da Anamara.
Desde o início do Big Brother na TV Globo, o diário não deixa um só dia de publicar a concorrente baiana na capa, sob qualquer argumento, em um festival de factóides (abaixo as capas de ontem e de hoje).
A candidata a celebridade recebe tanta atenção do Correio* que até foi comparada à cantora Ivete Sangalo, quase uma religião na Bahia.
Menos, Correio*, menos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A grande história do Extra


O jornal Extra (Rio de Janeiro, RJ) está entre os três de maior circulação no Brasil.

Vende mais que O Globo, seu irmão mais antigo, e muito mais que o concorrente O Dia.

Um dos segredos do Extra é saber contar histórias. A de hoje revela a confissão de um condutor à polícia. O cidadão "apenas" abandonou um trem com 2.400 passageiros. O trem andou 8 quilômetros sem ninguém para conduzi-lo.

A manchete não poderia ser outra: milagre.

Histórias envolventes como essa fazem o Extra ser hoje o jornal preferido dos cariocas, apesar de seu perfil popular.

A ousadia do The Times


O The Times (Londres, UK) é um dos mais tradicionais jornais do mundo.
Se pudesse estaria de fraque e gravata borboleta.
Hoje o jornal londrino inova mais uma vez, com um corte fantástico sobre um quadro do pintor Lucian Freud, não por acaso neto do fundador da psicanálise Sigmund Freud.
A matéria é excelente, o recorde de valor que esse quadro terá em um leilão.
E o quadro é impressionante, com um close no olho roxo do próprio pintor.
Uma capa como essa conquista novos leitores ao primeiro olhar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Quando a ideia supera o logotipo


Observe bem essa capa do Manhattan Mercury (Manhattan, KS): lá no alto, no lugar onde sempre aparece o logotipo, está uma chamada para a manchete: K-State vs Texas.
É um jogo de basquete. Um jogo não, O jogo.
Tão importante que derruba qualquer tradição e logotipia.
O leitor merece um jornal torcedor, que vibre pelo time da cidade.

Cansou de fotos do Haiti? Abuse do grafismo


O jornal The Province (Vancouver, Canadá) resolveu deixar de apenas falar do Haiti para fazer algo pelo país devastado pelo terremoto.
E para marcar o momento, uma capa gráfica, positiva, criativa, que fala do Haiti sem mostrar nenhum sinal de desgraça. Nenhuma morte. Nenhum ferido.
Está lançado o Projeto Haiti, que pretende levantar recursos para o país do Caribe.

A frase do Senhor Ninguém

O Correio do Povo (Porto Alegre, RS) mostra hoje como "esquentar" uma matéria sem ter elementos para isso.
O jornal dá em manchete uma frase com aspas, referindo-se ao Haiti. Só que no texto não há um autor para a frase. A autoria é de "eles", em referência à equipe médica (sic).
Depois, o texto fala de um médico americano, desconhecido no Brasil. Dessa maneira fica fácil afirmar qualquer coisa e "colocar na boca" de qualquer um.
Mais seriedade, por favor.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Deu na Veja? Agora deu na Focus também

Portugal tem dessas coisas.
A revista Veja (SP) é referência nas redações lusitanas. É vendida nas bancas e tem um exército de seguidores no além-mar.
Agora a revista Focus (Lisboa, Portugal), franquia da matriz alemã, que serviu de inspiração e modelo para a Época (SP), copia uma capa de setembro de Veja.
Quem sabe o urso de pão-de-ló português é mais gostoso?

Dica do colega Vitor Pereira, jornalista brasileiro em ano sabático em Portugal.




domingo, 17 de janeiro de 2010

A originalidade paraibana


Se todo mundo está se preparando para o Carnaval, o jornal O Norte (João Pessoa, PB) resolveu inovar saindo pelo lado oposto.
Hoje, para quem quiser ser diferente, foi publicado o guia para fugir da folia.
Ótima ideia dos paraibanos.

A mesma foto agora nas semanais

Quem primeiro publicou foi o Journal de Montreal (Montreal, Canadá), quinta-feira.
No dia seguinte o The Times (Londres, UK) repetiu a dose, sem tomar conhecimento do jornal canadense.
Agora as duas principais semanais do Brasil atacam com a mesma foto. Veja e Época escolheram exatamente a mesma imagem que já esteve nas capas dos jornais do Canadá e da Inglaterra.
Pior, se confundem nas bancas.
A foto é ótima, claro, mas com um pouco de atenção, descendo do pedestal onde as semanais brasileiras imaginam que estão, não teriam passado recibo.

Dica do leitor Cinésio.