O mais importante meio de comunicação da Espanha sonhou em ter uma publicação robusta no Brasil. Por 8 anos até tentou, mas acaba de anunciar o fechamento das operações em terras brasileiras.
El País (Madri, Espanha) surpreendeu seus leitores e publicou uma carta aos leitores às 10h59 de hoje anunciando o fim. Alega falta de sustentabilidade para operar no Brasil.
É uma pena. El País era um exemplo de bom jornalismo nacional, com pautas que nem sempre recebem a mesma atenção dos jornalões brasileiros. Mas as contas não fecharam.
Triste fim de A Tarde (Salvador, BA), um jornal que fez história em mais de 100 anos.
Hoje o diário soteropolitano definha. Uma circulação quase "clandestina" de poucos exemplares no impresso, um site que não sabe para que serve. Brigas entre os acionistas, dificuldades para retomar o caminho vencedor.
Um exemplo de falta de estratégia editorial é a capa de hoje. Depois do dilúvio que inundou a Bahia, A Tarde dá em manchete a burocracia. O que menos interessa em uma tragédia é se A ou B visitaram a região - comodamente, de helicóptero. Sem uma linha editorial clara, não há leitores. Sem leitores não há anúncios.
Jornal precisa defender o cidadão, ir a fundo nas causas, nos responsáveis, na falta de infra-estrutura. E nas consequências, os prejuízos humanos e econômicos.
A Tarde é um jornal que não faz sentido em 2021. Que pena que permitiram que se chegasse a esse ponto. O fechamento é questão de tempo, pouco tempo.
Apareceu uma vaca magra na frente do prédio da Bovespa, em São Paulo. Serviu de contraponto ao touro - copiado de Nova York - que andou pelo mesmo local.
Ontem a escultura foi retirada.
Na capa de O Estado de S. Paulo (SP), a equipe da prefeitura começa a expulsá-la do local.
Na capa da Folha de S. Paulo (SP) um exemplo vivo dos efeitos da vaca magra observa o monumento amarelo com desconfiança.
O diário Ara (Barcelona, Espanha) é escrito em catalão e cuida dos princípios da autonomia da região.
Semana passada decidiu homenagear os pequenos no Dia Internacional das Crianças e saiu com a edição impressa sem qualquer foto. Só desenhos de crianças, sobre o tema da matéria. Ficou muito bom.
No Brasil, O Popular (Goiânia, GO) já havia feito algo muito semelhante no Dia das Crianças de 2015. Com enorme repercussão.
É uma pena que os impressos não entendem o "canhão" que têm em mãos e esquecem de promover a criativade como Ara e O Popular com maior frequência.
O Agora (SP), popular do Grupo Folha, deixa de circular a partir de segunda-feira, dia 29. O matutino que substituiu a Folha da Tarde, em 1999, cumpriu seu papel, mas agora é um jornal de baixa circulação, que não paga a operação.
Para tentar uma sobrevida, a direção chegou a levar o preço de capa a absurdos R$ 4, o que afastou mais ainda o leitor habitual.
O modelo de negócios dos populares depende muito da venda em banca. Sem isso os números não fecham. Não será surpresa se outros outrora campeões de circulação há 10 ou 15 anos desapareçam também.
A sede do jornal Clarín (Buenos Aires, Argentina) sofru um atentado na noite de segunda-feira. Algumas bombas caseiras que não causaram maiores danos, mas obrigou até o Presidente da República se manifestar, a favor da liberdade de imprensa.
Curiosamente a importância que o matutino dá na capa é semelhante a do seu concorrente La Nación (Buenos Aires, Argentina).
Triste o país que ainda precisa de um dia específico para lembrar da consciência negra. Mas pela enorme desigualdade de oportunidades, o Brasil ainda terá que comemorar muitas vezes antes de ter resolvido esse problema.
Os impressos se prepararam para a data. Muitos celebraram nas capas. O mais impactante é o Correio* (Salvador, BA), talvez pela maioria negra da Bahia. Uma capa limpa e de bom gosto, mas que faz pensar.
A aposta é tão forte que o logo, com o nome do jornal, foi para segundo plano. Na posição do alto apenas o asterisco característico.
No jornalismo impresso há sempre maneiras de inovar. E quem não inova se torna descartável, perde a relevância.
O gráfico na capa do The New York Times (Nova York, NY) de hoje é um exemplo. Fora dos habituais modelos (linhas, barras, círculo/pizza) o desenho é extremamente informativo e chama a atenção também pela simplicidade.
O Press Gazzette (Londres, UK) acaba de publicar o ranking dos meios de comunicação de língua inglesa com maior número de assinaturas digital-only.
O original está aqui, com todos os que perfazem mais que 100 mil assinaturas (são apenas 30). No quadro ao lado os que superam o milhão.
Verdade que há muita discussão sobre critérios e sobre a veracidade dos dados da maioria. No Brasil muitos veículos incham seus números com vendas por valores abaixo de 10% do equivalente impresso (regra do IVC para contabilizar).
De qualquer forma vale para se entender a dificuldade da conversão para o Digital e o sucesso de quem investe em bom jornalismo, como The New York Times (Nova York, NY), The Washington Post (Washington, DC) e The Wall Street Journal (Nova York, NY).
A morte repentina de Marília Mendonça serviu como um exercício para as redações mostrarem aos leitores de impressos a importância de uma boa capa.
A grande maioria dos jornais brasileiros fez o obvio: a notícia da morte, com a foto do avião caído, ou uma imagem de Marília alegre e cantando. Pura perda de tempo - e de espaço. No mundo da informação em tempo real tudo isso chega muito velho ao leitor.
Quem saiu-se bem no tema de casa foram Correio Braziliense (Brasília, DF) e Meia Hora (Rio de Janeiro, RJ), casualmente com a mesma foto - a última de Marília, a caminho do avião. São capas que fazem pensar. As outras não servem para muita coisa.
Já não há palavras para descrever o absurdo jornalístico que acontece nos impressos do Rio Grande do Sul, quando o assunto é futebol.
Ontem o Grêmio jogou em Porto Alegre, perdeu para o Palmeiras, ficou com remotas chances de escapar do rebaixamento à Série B de 2022 e ainda por cima sua torcida invadiu o campo, depredou equipamento de VAR e, de quebra, ainda provou alguns estragos no lado de fora. O assunto está nas TVs, sites e jornais do mundo inteiro.
O Inter, por sua vez, poupou jogadores e perdeu para o São Paulo fora de casa, resultado esperado e que muda pouco suas ambições no ano.
Só que Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) consideram os dois fatos com a mesma importância. Dividem milimetricamente a capa para não desagradar as torcidas. Esquecem que os fatos não são iguais e subvertem as melhores práticas editoriais, que exige que se hierarquize os fatos. São jornais medrosos, descartáveis, que não fazem nenhum sentido. A julgar pelas capas de hoje, talvez sirvam para limpar cães e gatos. Talvez.
Detalhe: essa prática é recorrente, como mostrou Mídia Mundo em 05/07 e em 21/01, para ficar só em 2021.
Ontem foi o dia do Ministro das Finanças do Reino Unido entregar ao Primeiro-Ministro o orçamento do próximo ano. Trata-se de uma tradição, o Ministro vai ao gabinete do PM com uma mala-pasta, com os detalhes.
A tradição é tanta que a foto da Mala-Pasta está nas capas de Financial Times (Londres, UK), The Times (Londres, UK) e The Independent (Londres, UK).
Mas The Daily Telegraph (Londres, UK) e The Guardian (Londres, UK) preferiram a imagem do momento seguinte: a comemoração pela aprovação do orçamento. Um chope em um pub - até porque o preço do pint será afetado pelo corte de taxas.
Curioso é que o The Guardian retirou o Primeiro-Ministro Boris Johnson da foto. O dia é do Ministro das Finanças Rishi Sunak.
Já se sabia o teor do relatório final da CPI da Covid. Os parlamentares foram vazando aos poucos, ou seja, não havia grandes surpresas na votação de ontem.
E é aí que a criatividade jornalística precisa ser ainda maior, como fez o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) no impresso, hoje.
Uma forma nova, diferente, original de mostrar as acusações contra o Presidente da República. Não chega a ser uma obra prima, mas é - de longe - o jornal que melhor trabalha o dia seguinte entre os impressos do Brasil.
O CENP (Conselho Executivo das Normas-Padrão), entidade que cuida da ética e boas práticas na publicidade brasileira, revelou alguns números sobre o mercado anunciante no primeiro semestre de 2021.
A boa notícia é que o valor total (R$ 7,366 bilhões) é 28,7% maior do que no mesmo período de 2020. Ou seja, o mercado está em recuperação. A má notícia é que ainda não alcançou o patamar de 2019 (está 11% abaixo), mas já é um bom sinal.
Muito significativa a divisão de verbas, com um crescimento contínuo do Digital (já alcança 28,2% do total) e queda acentuada dos impressos (1,9% para jornais, 0,4% para revistas). Para comparação, no levantamento do primeiro semestre de 2017, por exemplo, jornais abocanhavam 3,5% do mercado, revistas 2% e o Digital tinha 13,4%.
PS: colaboração do atento colega Cláudio Thomas, a partir de dados compartilhados pelo jovem veterano José Maurício Pires Alves
E enfim o primeiro jornalão rendeu-se ao formato compacto, preferido por 9 entre 10 leitores remanescentes de impressos. O Estado de S. Paulo (SP) chegou aos assinantes com 13 centímetros a menos de altura e faltando uma coluna na largura. Não chega a ser uma enorme mudança, mas para um diário centenário, conservador, com modelo de negócios ainda muito dependente do papel, já é um avanço.
A redução no tamanho não trouxe um novo modelo gráfico, mas uma adaptação do anterior - o que é um risco. Só que ele está bem concebido. Deve funcionar. O jornal parece mais leve, com mais respiro, e será fundamental resistir à tentação de colocar mais e mais conteúdos nos espaços em branco.
A fórmula Estadão continua intacta: Opinião no início, um grande número de editorias e a opção por 3 cadernos diários (mais dois semanais). Possivelmente essa será a primeira armadilha a ser desfeita, nas futuras revisões: cadernos não combinam com formatos compactos. A ideia de que um mesmo impresso é lido ao mesmo tempo por vários membros de uma mesma família não faz qualquer sentido. E as negociações com anunciantes acabam dinamitando as ideias de cadernos.
O Estadão acerta em adotar uma reportagem "a fundo" todos os dias, bem como faz uma boa aposta com a matéria "fora dos padrões" no fechamento do primeiro caderno. Pode dar certo, depende apenas da capacidade editorial de fazer essa reportagem ser interessante sempre.
A redução do tamanho de O Estado de S. Paulo é uma boa - e inevitável - notícia no mundo dos impressos. O movimento ainda foi tímido, poderia ser bem mais ousado, mas é um primeiro passo para a sobrevivência dos impressos.
Os assinantes já receberam, nas bancas de São Paulo ainda se pode encontrar algum exemplar. Trata-se de um documento histórico, o último O Estado de S. Paulo (SP) em formato Standard. Enorme, jornalão, igual a Folha de S. Paulo (SP) e a O Globo (Rio de Janeiro, RJ).
Há 20 anos os primeiros Standards do mundo começaram a diminuir de tamanho. Os ingleses, por exemplo. Pouco a pouco centenas de marcas pelo mundo adotaram a redução - a grande maioria por economia de papel, alguns poucos por entenderem que o leitor prefere um formato compacto, mais cômodo, que pode ser lido em mesa de bar, no ônibus, onde for.
Mas há riscos na alteração de formato. Se não houver um estudo, uma estratégia que impeça a diminuição de receitas, se os clientes - leitores e anunciantes - não forem escutados antes, nada vai funcionar. Outro erro que costuma sepultar as reduções de formato é a adaptação dos modelos gráfico e editorial ao berliner ou tabloide. Não funciona apenas diminuir tudo como se fosse um "zoom-out". A arquitetura informativa é outra, o impacto visual também. É preciso pensar tudo como sendo um novo produto - sem perder o DNA.
Amanhã o leitor vai conhecer o novo Estadão. Se funcionar, não é difícil prever que Folha e O Globo seguirão o mesmo rumo, possivelmente em 2022.
O Brasil atingiu ontem a nada invejável marca de 600 mil mortos em decorrência da Covid-19. Um número que assusta, escancara a incompetência federal na prevenção da doença.
Mas parece que a grande imprensa acostumou-se com os números absurdos. O Estado de S. Paulo (SP), por exemplo, sequer citou na capa de hoje essa "façanha". Nada. Nem uma linha.
Os demais jornalões publicaram a informação, mesmo não sendo em manchete. Mas o silêncio, nesse caso, é tratar o caso como se fosse algo normal. E não é.
O momento é de revalorização do impresso, com reportagens profundas, opinião, análise, posicionamento. O Estadão parece querer ir para o lado oposto. Aí não há redução de formato que o manterá vivo.
A notícia do colunista Guilherme Amado, no Metrópoles (Brasília, DF), mexeu com os gestores dos grandes meios impressos do Brasil. O Estado de S. Paulo (SP), mais de 100 anos de história, vai adotar o formato berliner a partir de 17 de outubro.
Não chega a ser uma surpresa gigantesca, uma vez que a mudança para o formato compacto pode reduzir os custos industriais em até 30%. Surpresa é o conservador Estadão virar berliner antes dos demais jornalões. Mas deve ter seus motivos.
Agora é preciso esperar os movimentos do jornal dos Mesquita. Sem dúvidas Folha de S. Paulo (SP) e O Globo (Rio de Janeiro, RJ) vão acabar seguindo o mesmo caminho. Como já fizeram O Popular (Goiânia, GO), Correio* (Salvador, BA) e tantos outros, no Brasil e no mundo.
Só que a redução no formato não é coisa para amadores. Não basta cortar papel. Sem uma estratégia e um desenho adequado, a tentativa fracassa.
Um impresso, como se sabe, deve agregar valor à informação. Pode ser crítico, desde identificado com a audiência. Pode até ter opinião. Mas não deve ficar sobre o muro - ou torna-se supérfluo.
O discurso do presidente da República na ONU foi uma oportunidade fantástica para os impressos brilharem - até pela facilidade do tempo (o evento foi pela manhã, horário brasileiro). Mas não foi o que se viu, na prática.
Os jornalões foram "mais do mesmo". Difícil entender.
Brilhou o Extra (Rio de Janeiro, RJ), com a capa que escancara as mentiras do presidente. E o destaque negativo foi o outrora crítico Correio Braziliense (Brasília, DF), com a manchete mais chapa-branca do dia.
Quem pretende entender como não se faz uma capa de impresso em 2021 pode conferir qualquer jornal que circula hoje. Qualquer um. Todos fazem o jogo do presidente: falam de Bolsonaro em manchete, publicam fotos de multidões vestindo verde-e-amarelo.
Isso é tudo o que o leitor não precisa ver hoje. Onde está a crítica? Onde está a análise nas capas?
A honrosa exceção é o Extra (Rio de Janeiro, RJ), que até faz um desenho - para quem tem dificuldade entender palavras - sobre o jogo democrático. Ou está na constituição ou não deveria existir, é golpe.
Ideia simples, fruto de um planejamento feito por quem está conectado com a audiência.
Foi-se o tempo em que os jornais se diziam "isentos". Isso nunca existiu, sempre foi cortina de fumaça para esconder as preferências - legítimas - dos acionistas.
Não mentir é diferente de ser imparcial. A maturidade da imprensa norte-americana ensina que o noticiário não pode, jamais, ser contaminado por inverdades. Mas que a opinião do veículo deve ser clara e posicionada, sem enganar o leitor.
No Brasil ainda vinga a máxima de que "um jornal é para todas as audiências". Tremenda mentira. Um jornal para todos é um jornal para ninguém.
Por isso a Folha de S. Paulo (SP) acerta mais uma vez ao publicar na capa o editorial "Bolsonaro é o perdedor". Sem firulas, avalia antes das manifestações que o presidente erra ao tentar fazer do ruído das ruas uma nova verdade, ignorando que 75% da população é favorável à Democracia e que 78% dos brasileiros não têm qualquer saudade do regime militar.
Folha faz hoje o que todos os impressos de qualidade deveriam fazer: tomar posição, em um momento tão delicado na política nacional.
Os impressos já entenderam que publicar "notícias" de ontem, sem valor agregado, é jornalismo do século passado. Mas alguns ainda insistem.
O Globo (Rio de Janeiro, RJ) há muito tempo vem praticando um jornalismo moderno, evitando manchetes "que todo o mundo já conhece". Mas hoje errou.
Clarín (Buenos Aires, Argentina) vestiu a camiseta, embora tenha feito uma manchete além do fato: é a interpretação, a consequência da notícia - tudo o que faltou em O Globo.
Os impressos gaúchos estão parados no tempo. Não entendem o que o leitor está procurando - isso talvez explique a queda acentuada de assinantes.
Os três maiores - Correio do Povo (Porto Alegre, RS), Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) e Zero Hora (Porto Alegre, RS) decidiram esperar o final de um jogo da Seleção Brasileira ) que terminou em torno à meia-noite) para rodar suas edições de hoje.
Um jogo que não decidia nada, que tinha dois jogadores de clubes do Sul na reserva (e só um entrou) e que não faz o menor sentido estar nas capas.
Aliás, procura-se algo sobre esse jogo nas capas dos jornalões.
El País (Madri, Espanha) publica hoje um relato, em primeira pessoa, de um espanhol fugindo do Afeganistão. Ele passou pela mesma porta do aeroporto que, horas depois, explodiu por um atentado suicida.
As boas reportagens merecem estar na capa. Em manchete.
O Rio Grande do Sul sempre foi um celeiro de excelentes jornalistas. Gaúchos são ainda disputados por veículos de outros estados, pela forma de trabalhar, inteligência e criatividade.
Lamentavelmente, o mesmo não se pode dizer dos meios de comunicação do Sul. Ainda resiste um absurdo vício de sonegar informações à audiência, caso a notícia exclusiva não tenha sido divulgada antes pelo próprio meio. Em outras palavras, se "levar um furo", melhor esquecer. A informação simplesmente não vai existir.
Ontem o site Matinal Jornalismo (Porto Alegre, RS) publicou, pelas 17h, a mais importante denúncia do mês: experimentos não autorizados com doentes de Covid no Hospital da Brigada Militar, utilizando drogas que sequer têm liberação de entrada no País. Um escândalo.
A notícia repercutiu em todo o Brasil - exceto no Rio Grande. Horas depois, O Globo (Rio de Janeiro, RJ) publicou que o Ministério Público está investigando essas experiências proibidas. Ou seja, já há consequências. São, pelo menos, 50 pacientes que receberam a droga proibida.
Mas Zero Hora (Porto Alegre, RS) e Correio do Povo (Porto Alegre, RS) se calaram. Nem publicaram em seus meios digitais - até agora. Nem uma linha. Nada. Pelo menos dois repórteres de tais veículos divulgaram em suas contas de Twitter a reportagem do Matinal. Só que as marcas históricas, frente a um furaço, preferiram ignorar a informação.
O "furo" da semana é do Matinal Jornalismo (Porto Alegre, RS), um veículo que nasceu como Newsletter e hoje oferece várias frentes de informação de qualidade na capital gaúcha.
A droga proibida pela Anvisa, mas que ocupa os sonhos do presidente da República, está sendo testada em humanos no Hospital da Brigada Militar. Tudo errado. Não bastasse o perigo, há - é claro - interesses escondidos.
A boa notícia é que uma bela reportagem-denúncia não depende mais de grandes marcas. Bons jornalistas estão por todos os lados. Aqui Pedro Nakamura, bem acompanhado por Marcela Donini, Sílvia Lisboa e Juan Ortiz, soube apurar bem e editar sem deixar qualquer espaço para imprecisões.
É sempre possível encontrar uma razão para falar das coisas que chocam o mundo - ainda que seja em um diário esportivo.
Marca (Madri, Espanha) esquece o mundo de Real Madrid, Barcelona, Messi e Cristiano Ronaldo para entrar na crise do Afeganistão. Como sutileza. Com inteligência. E isso vale capa e mais duas páginas internas.
Excelente exemplo de como deve ser pensado um produto impresso nos tempos atuais.
PS: colaboração do colega e admirador de boas ideias Cláudio Thomas
Não é muito comum que publishers das maiores marcas jornalísticas de um país se unam, rapidamente, por uma causa em comum.
Ontem os responsáveis por The New York Times (Nova York, NY), The Washington Post (Washington, DC) e The Wall Street Journal (Nova York, NY) enviaram uma carta ao presidente dos EUA Joe Biden pedindo proteção aos correspondentes e colaboradores que estão no Afeganistão, país tomado pelo Talibã. É um apelo de intervenção para que os jornalistas possam sair do país em segurança.
Isso não muda em nada a cobrança que os três jornais fazem do Chefe de Estado. Nem vai gerar em troca alguma exigência para que os veículos sejam mais simpáticos aos presidente.
Download gratuito do novo livro produzido por Story Baker e Mídia Mundo, sobre o que vai acontecer no mundo da mídia em tempos de IA
www.tendenciasmedia.com
deu na mídia
A Fadiga de Notícias, a perigosa novidade que veio do estudo do Instituto Reuters, novo artigo para o Meio & Mensagem (SP).
PodcastThe Coffee Americano, do mexicano Mauricio Cabrera. Ótima conversa que tivemos sobre jornalismo na América Latina.
Jornalismo é ir mais além da notícia. Está na entrevista que acaba de sair em A Tribuna (Santos, SP).
Vídeo da entrevista que dei a El Mercurio (Cuenca, Equador) sobre futuro dos meios de comunicação e também sobre a realidade política do Brasil.
Entrevista que dei ao Infobae (Buenos Aires, Argentina) conta um pouco do que está acontecendo (e do que vai acontecer) com o jornalismo e com as empresas de comunicação. Vale a leitura.
mentoria: ideias para mudar de verdade
Mídia Mundo inova mais uma vez. Agora é o Projeto Mentoria, um apoio estratégico às empresas de comunicação para resolver problemas pontuais. Rápido e certeiro.
Com a identificação do problema-chave, Mídia Mundo auxilia na busca imediata de soluções. E constroi alternativas para o crescimento sustentável.
O Projeto Mentoria é uma ótima opção para orçamentos reduzidos, uma vez que muito do trabalho é desenvolvido em remoto, aproveitando as ferramentas tecnológicas hoje disponíveis a todos.
Só nos primeiros seis meses do ano, a Mentoria Mídia Mundo vem atuando em uma empresa do eixo Rio-São Paulo, no México, na América Central e no Interior do Rio Grande do Sul. tessler@midiamundo.com
Um estudo da Price Waterhouse Coopers (PWC), conhecida consultora internacional de negócios, está mexendo com a mídia dos EUA. Segundo o do...
novidade: direção por tempo determinado
Se há algo que tira o sono das empresas de comunicação é a falta de capacidade dos líderes em promover mudanças pesadas. Pessoas de alto valor, mas que não conseguem mudar a lógica de trabalho.
Isso é natural. E não diminui o talento desses líderes.
A solução é trazer um apoio externo, por tempo determinado, para que execute as mudanças complicadas, carregando o peso negativo que qualquer transformação provoca.
Mídia Mundo desempenhou tal papel em uma empresa paulista em 2011, em outra fora do eixo Rio-SP em 2015 e ainda no ano passado na Argentina. Com enorme sucesso.
Vamos falar sobre isso e resolver o problema?
três motivos para chamar o mídia mundo
O Seminário Mídia Mundo - para empresas de comunicação e universidades - está ainda melhor: