Imprima essa Página Mídia Mundo: 2012-11-25

sábado, 1 de dezembro de 2012

O clone


Às vezes acontece, principalmente entre concorrentes de peso.

As capas de O Estado de S. Paulo (SP) e Folha de S. Paulo (SP) estão bem parecidas.

Os dois afirmam em manchete que o "PIB decepciona". E escolheram a mesmíssima foto, da repórter-fotográfica Alice Vergueiro, da FuturaPress.

A coincidência acabou se transformando em mais um episódio de O Clone.

Finalmente o dedo na ferida


Por que tanto pudor da imprensa nacional em falar das relações íntimas entre o ex-presidente Lula e a ex-assessora Rosemary?

É verdade que a intimidade deve ser preservada, a menos que essa relações tenha influência nos rumos do país. E é o que acontece nesse caso.

Foi preciso esperar a Veja (SP) sair às bancas para a imprensa falar aquilo que todos comentavam e sabiam desde segunda-feira.

O popular Agora (SP) foi quem derrubou a máscara.




sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Veta ou não veta?


No dia do "veta ou sanciona", cada jornal puxa a brasa para a sardinha de sua comunidade - como A Gazeta (Vitória, ES) e Diário de Pernambuco (Recife, PE) - enquanto a Folha de S. Paulo (SP) tenta se antecipar aos fatos.

Mas a decisão é da presidenta Dilma.

Só dela.




A foto de sexta


Sensacional a imagem de Linda Davidson, na capa do The Washington Post (Washington, DC) com o singelo título de "Fast Food".

Para os conservadores que ainda pensam que foto na capa precisa ter a informação mais "importante" do dia, vai aí uma lição:

Bem menos, abaixo da dobra, está a imagem do primeiro encontro do presidente Barack Obama com seu desafiante Mitt Romney depois das eleições dos EUA. E este é o principal jornal de Washington.

Nada supera a hora do almoço do pássaro.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A volta do caderno especial


No jornalismo do Segundo Milênio era comum jornais distribuírem um punhado de cadernos especiais. Qualquer tema, na visão do comercial (à procura de uma capa ou de uma central) e do editorial (sedento pela ilusão de ter um produto com início, meio e fim na mão) virava caderno. Cadernos temáticos fixos (imóveis, automóveis, entretenimento, turismo, etc, etc) e cadernos eventuais (aniversário de uma universidade, de uma cidade, algum tema que permita engrossar os cofres).

O resultado era a circulação de "jornais-cebola", que deveriam ser "descascados", até sobrar apenas o esqueleto principal - minúsculo, por consequência. Hoje isso mudou.

Mas o caderno especial tem, sim, sentido. É uma forma de dar atenção total a algum tema - e permitir a leitura em separado, atemporal, até mesmo favorecer quem pretende guardá-lo como documento histórico.

Por isso acertou hoje O Globo (Rio de Janeiro, RJ) ao produzir um completo caderno de 16 páginas sobre o Mensalão. Já que as penas estão definidas e a primeira parte do julgamento acabou, é muito útil ao leitor um balanço informativo desses quatro meses.

Só não precisava ter colocado o bico de pena do ministro Joaquim Barbosa no alto. O jornal carioca já entrou na campanha para 2014?

A grande história do The Times


A manchete informativa do The Times (Londres, UK) é para um tema muito relevante, a dificuldade financeira do seu concorrente The Independent (Londres, UK).

Mas o filé mignon dessa capa é a grande história sobre os 250 mil idosos que passarão o natal sozinhos no Reino Unido. Uma reportagem multimídia de enorme qualidade e emoção.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Três soluções gráficas

Cada vez mais o departamento de arte precisa estar na linha de frente. A ideia está na mesa, mas os editores têm dificuldade em transformá-la em imagem para a capa.

Vêm dos EUA três artes simples - mas eficientes - feitas (certamente) a toque de caixa e que salvaram hoje o Victoria Advocate (Victoria, TX), o The Indianapolis Star (Indianapolis, IN) e The Gazette (Cedar Rapids, Iowa).




terça-feira, 27 de novembro de 2012

O criativo Pinóquio


A Airbus, gigante fabricante europeia de aviões, acaba de lançar um anúncio cutucando sua rival, a norte-americana Boeing.

A Boeing afirmou que a linha 737-Max será melhor que a linha A320-Neo (da Airbus).

A resposta é o nariz de Pinóquio.

PS: via Terra

Amy na capa


The Guardian (Londres, UK) não tem qualquer temor em rasgar a foto de um quadro comprado pela National Portrait Gallery.

Sim, é Amy Winehouse, pintada por Marlene Dumas.

Os conservadores dirão que trata-se de algo extremamente irrelevante para a primeira página de um grande jornal londrino.

Para esse, um conselho: acompanhem a romaria ao museu para ver a obra. Vai ser local de culto à cantora.

Onda rosa


O Dia (Rio de Janeiro, RJ) não deixou por menos.

Para marcar o Dia Nacional do Combate ao Câncer de Mama pintou seu logo de rosa.

Pena que o posicionamento acabou se confundindo com as fotos abaixo, de um tema totalmente diferente. Faltou separar as informações.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A imparcialidade é um mito que não existe


No jornalismo do Século XXI imparcialidade - como se ensina nas universidades - é uma grande bobagem. Jornal precisa se posicionar. Conquista leitores por suas ideias.

Por isso é ótima a iniciativa do Lance (SP e RJ) que publica um editorial na capa, escrito pelo editor e fundador do jornal, defendendo a contratação de Pep Guardiola para a Seleção Brasileira.

Não importa se está certo ou errado, se alguém concorda ou discorda. O correto é tomar posição, justificar uma opinião. Com as ferramentas que um jornal permite.

Imparcialidade? É tema para um seminário, não para um post.

Linda foto e grande história


Está na capa do Diário Catarinense (Florianópolis, SC).

A história de José Carlos, que já perdeu quatro irmãos no mar e espera pelo retorno do barco perdido do cunhado, é genial.

Assim como genial é a foto de Emerson Souza, que vale cada centímetro da primeira página do DC.

Exagero no DF


No país do futebol é difícil entender o gigantesco espaço que o Correio Braziliense (Brasília, DF) dedicou à Fórmula-1 na capa.

1. A corrida aconteceu em São Paulo, não em Brasília.

2. O campeão não é brasileiro. Nem o vice.

3. A prova foi transmitida por TV aberta.

4. O Brasileirão entrou na última semana, com disputas para escapar do rebaixamento e pela vaga direta à Libertadores.

5. Um dos maiores escândalos do governo Dilma aconteceu no fim de semana.

Realmente ficou difícil entender o CB.