Imprima essa Página Mídia Mundo: 2020-04-19

sábado, 25 de abril de 2020

Os clones


No jornalismo muitas vezes a manchete é decidida - de forma equivocada - ao se pensar no que o concorrente vai publicar. Essa tentativa de imitar o outro transforma a originalidade em clone.

Hoje Clarín (Buenos Aires, Argentina) e La Nación (Buenos Aires, Argentina) saíram iguais. Mesma foto, mesma manchete.

Um ponto perdido para cada.

Folha comemora o furo e mostra o valor do bom jornalismo


O diretor da sucursal de Brasília da Folha de S. Paulo (SP), Leandro Colón, consultou suas fontes e bancou a demissão do ministro Sergio Moro às 14h18 de quinta-feira.

Apesar da incredulidade dos demais meios de comunicação do país - que não conseguiram confirmar a notícia - a Direção da Folha seguiu bancando a informação de Brasília e até deu como manchete ontem. Mais que um ato de coragem, o jornal confiou no bom jornalismo de seu Diretor da Sucursal. E, claro, a patrulha digital bolsonarista tentou desqualificar a Folha, considerando o fato como "fake".

Hoje a Folha comemora o grande furo do ano. E no blog do Diretor de Redação, Sérgio D`Ávila, o orgulho de poder responder à patrulha que tratava-se unicamente de bom jornalismo.

Esse bom jornalismo será divisor de águas a partir do fim da pandemia. Que não souber praticá-lo estará fora do jogo da informação.

Atualizando (segunda, 27/04):
O material do blog saiu também no impresso.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Como jornalões cobriram o fato do ano


É muito curioso observar como os três grandes jornais brasileiros acompanharam a demissão anunciada de Sérgio Moro. Ontem e hoje.

Folha de S. Paulo (SP) foi quem bancou a saída desde a tarde de ontem. Deu manchete, ainda que com ressalvas. E duas horas depois do fato, ainda trabalha a notícia.

O Estado de S. Paulo (SP) não bancou a demissão no impresso, mas vai além no digital e trabalha o pós-notícia.

O Globo (Rio de Janeiro, RJ) é quem menos apostou em Moro no impresso. E ainda parece extremamente comedido na cobertura digital.





segunda-feira, 20 de abril de 2020

Extra, um jornal de posições definidas


O que se espera de um jornal impresso?

Algo que seja difícil de se encontrar em outras plataformas. Textos inteligentes, profundidade, fotos de qualidade, opinião, análise, desenho que chame a leitura e, principalmente, posicionamento.

Enquanto a grande maioria dos impressos do Brasil têm dificuldade em assumir posições, Extra (Rio de Janeiro, RJ) deixa muito claro o que pensa. E tem sido duro - e criativo - para julgar as trapalhadas do governo.

As capas de sábado e de hoje deixam muito claro a posição do Extra.

PS: da timeline do colega Nelson Nunes.

Que foto!!!


A imagem que o repórter-fotográfico Lucas Landau, da Reuters, fez ontem é digna de um craque. A caravana pró-Intervenção Militar passava pela Rocinha, no Rio de Janeiro, e recebia uma chuva de ovos da população.

Até que um Policial Militar, protegendo a caravana, se vira para a população e aponta a arma.

Click!

Grandes fotos também estão nas capas de The New York Times (Nova York, NY) e USA Today (McLean, VA). Lindas imagens.

PS: foto de Landau através do Canal Meio.