O fundo preto, os rostos, a palavra culpados.
Tudo é parecido em O Dia (Rio de Janeiro, RJ) e em Extra (Rio de Janeiro, RJ).
Não há qualquer informação a mais, nada para enriquecer a leitura.
Mais um caso de jornalismo clônico.
sábado, 27 de março de 2010
Criativo e informativo
Há duas mensagens claras na manchete de O Norte (João Pessoa, PB): houve covardia no ataque a um menino de 10 anos, surrado por colegas perto da escola, e houve omissão da escola, que sabia das ameaças de um aluno de 13 anos ao espancado.
Covardia e omissão.
Quem lê a capa de O Norte não tem dúvidas de que essas são as mensagens que o jornal quer dar.
Muito mais que a notícia do espancamento.
Acertou o jornal paraibano.
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O Norte
Caso Isabella: o verbo da moda é condenar
Condena, condenado.
O verbo condenar é presença em 9 de 10 manchetes de jornais brasileiros hoje.
É verdade que o veredito só saiu depois da meia-noite, é verdade que é importante informar o resultado do juri, é verdade que a produção industrial obriga que todo o processo de atualização da capa nesses horários seja feito com muita rapidez.
Mas será que nenhum jornal poderia trazer algo um pouquinho diferente?
Será que era tão tão difícil planejar a capa, uma vez que a condeção era uma das coisas mais esperadas do ano?
Será que as ideias andam tão curtas nas redações?
Será que ninguém se deu conta que os jornais que trazem a sentença na capa já chegam velhos ao leitor?
O verbo condenar é presença em 9 de 10 manchetes de jornais brasileiros hoje.
É verdade que o veredito só saiu depois da meia-noite, é verdade que é importante informar o resultado do juri, é verdade que a produção industrial obriga que todo o processo de atualização da capa nesses horários seja feito com muita rapidez.
Mas será que nenhum jornal poderia trazer algo um pouquinho diferente?
Será que era tão tão difícil planejar a capa, uma vez que a condeção era uma das coisas mais esperadas do ano?
Será que as ideias andam tão curtas nas redações?
Será que ninguém se deu conta que os jornais que trazem a sentença na capa já chegam velhos ao leitor?
sexta-feira, 26 de março de 2010
Franca mantém a aposta
O assunto é polêmico, mas o Comércio da Franca (Franca, SP) não arreda pé: toda a atenção à pedofilia na Igreja.
Mais uma reportagem-bomba, mais uma edição de capa de luxo.
Aposta séria. Todas as fichas nela.
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Comércio da Franca
Saúde na pauta do dia
Saúde é capa, sim senhor.
Os temas de interesse hoje não são mais apenas política, economia, cidade, cultura e esportes.
Hoje o que interessa é tendências, saúde, religião, família.
O The Dispatch (Casa Grande, AZ) mostra isso na capa.
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The Dispatch
Conectado com o leitor
O Diário de Pernambuco (Recife, PE) está sintonizado com o leitor.
Em vez de fazer uma cobertura feijão-com-arroz do caos de ontem na Grande Recife, com o protesto de moradores, foi muito mais longe.
#CAOSNOPINA foi como os usuários do Twitter se comunicaram e se ajudaram a driblar o protesto.
Sensacional.
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Diário de Pernambuco
quinta-feira, 25 de março de 2010
Matéria-bomba merece edição-bomba
O Comércio da Franca (Franca, SP) investiu muito em uma matéria que está repercutindo em Franca e região, com ecos na Arquidiocese de São Paulo: pedofilia na igreja.
Não cabe a este blog avaliar se a reportagem é verdadeira ou falsa, nem há tempo de checar os dois lados. Mas a atitude do Comércio da Franca é certíssima: se há uma matéria que tem tudo para repercutir, é importante vendê-la bem.
O tratamento na capa mostra que há aposta no tema. Aposta forte. Com todas as fichas.
PS: dica de Vanessa Mazza
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Comércio da Franca
Urban Sketch em São Paulo
Finalmente as cenas urbanas em desenho - de ótima qualidade - chegaram às páginas dos jornais brasileiros.
O mapa da rua 25 de Março em desenho estilizado está hoje no Diário de S. Paulo (SP).
Absolutamente genial!
PS: dica do colega Antonio Martin.
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Diário de São Paulo
quarta-feira, 24 de março de 2010
Urgente: Estadão precisa de um editor de capa
A capa de hoje simplesmente ignora o Caso Isabella. Nem uma linha. Há chamadas para temas como o investimento no arroz, a Parada Gay, o lodo do esgoto, até para quem diz que o gol é afrodisíaco. Mas nada sobre o julgamento que domina as conversas de todas mesas de bares de São Paulo.
Curioso é que nenhum assunto ganhou tanto espaço interno no jornal como o Caso Isabella. São três páginas, incluindo a capa do caderno Metrópole.
Se é verdade que a capa representa o que há de melhor no interior do jornal, a mensagem é clara: a direção do Estadão não gosta da cobertura que o jornal faz do Caso Isabella. E aí o problema é ainda maior.
Não se pode brigar com o conteúdo. O tema das ruas deve estar no jornal. Na capa.
O Estadão, mais uma vez, errou feio.
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O Estado de S. Paulo
O jornalismo que explica
Os jornais do Século XXI não devem mais limitar-se a dar notícias apenas. As breaking news estão nas mãos da Internet, do Rádio e da Televisão.
Então qual é o novo papel dos jornais? Explicar. Analisar. Agregar valor.
O The Star-Ledger (Newark, NJ) é um bom exemplo do que os jornais devem ser. Além de um desenho de capa fantástico (os olhos dos personagens em fotos preto-e-branco), a manchete diz "How" (como).
O jornalismo do "o que" deu lugar ao jornalismo do "como e por que".
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The Star-Ledger
O chavão ataca no Pará
O chavão desqualifica um texto.
Pior ainda se for na manchete.
No Pará os dois jornais concorrentes escorregaram no chavão hoje.
"Rastro de destruição" é o que vai sobrar para o Diário do Pará (Belém, PA) e para O Liberal (Belém, PA) se não jogarem os chavões no cesto de lixo.
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Diário do Pará,
O Liberal
terça-feira, 23 de março de 2010
Jornalismo da melhor qualidade
Entre tantas coisas, Annie diz que se o dinheiro gasto todos os dias em garrafas de água fossse utilizado em melhorias do serviço de limpeza e infra-estrutura de distribuição de água por canos, todo o mundo ganharia. E muito.
A excelente história que Annie conta ainda não tem tradução (está em inglês), mas vale ser vista muitas vezes. Annie é a mesma que fez A Histórias das Coisas.
Jornal cobra e prefeitura se mexe
Não fossem as denúncias do Diário do Alto Tietê (Suzano, SP) e a cidade seguiria suja, com praças quase abandonadas.
O jornal investiu nas reportagens mostrando o estado dos locais públicos e, de tanto reclamar, a prefeitura começou a limpar.
Para isso também serve um jornal. Lado a lado com o leitor.
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Diário do Alto Tietê
O bebê que pautou a imprensa inglesa
Ainda não se sabe se será menino ou menina. Só nascerá em setembro.
Mas o esperado bebê de Sam Cam - o modo simpático que a imprensa inglesa chama Samantha Cameron, mulher do líder dos conservadores e provável futuro primeiro-ministro David Cameron - tomou as capas do Reino Unido.
The Times (Londres, UK), The Guardian (Londres, UK) e Daily Mail (Londres, UK) escolheram a mesma foto. The Daily Telegraph (Londres, UK) usou uma pequena variação.
O bebê de Sam Cam pautou a imprensa inglesa.
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Daily Mail,
The Daily Telegraph,
The Guardian,
The Times
Design por design não funciona
O grafismo de um jornal serve para facilitar a leitura, melhorar o entendimento de alguma informação.
Mas jamais o desenho poderá ser apenas decorativo, sem sentido.
O jornal Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) cometeu um atentado ao design de qualidade quando elaborou a capa de hoje. O destaque em "Estado dá" não tem sentido algum, bem como negativar o "aumento de 10%", em corpo menor.
Inventar demais é gol contra.
O concorrente O Tempo (Belo Horizonte, MG), sem qualquer criatividade gráfica, utilizou o "feijão-com-arroz": manchete em 5 colunas, ordem direta. Não saiu nenhuma maravilha, mas ficou bem melhor que o HED.
Inventar demais, às vezes, estraga.
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Hoje em DIa,
O Tempo
segunda-feira, 22 de março de 2010
Formas inteligentes de apresentar os temas
Você certamente não está acostumado a ver capas assim.
O Kleine Zeitung (Graz, Áustria) liga o "alarme vermelho" em grande escala, como uma placa de rua, para publicar, pequeno, no centro, os resultados de uma pesquisa política.
E o Las Vegas Sun (Las Vegas, NV) tratar um encontro de proprietários de cães para corrida com a seriedade que qualquer tema político ou econômico merece.
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Caso Isabela: os extremos
São Paulo é onde tudo acontece no Caso Isabela. E, claro, onde os jornais precisam ser mais criativos para marcar espaço na banca.
Se o Diário de S. Paulo (SP) foi apenas bem comportado e limitou-se a noticiar o fato, o Jornal da Tarde (SP) foi mais fundo e já tenta antever as hipóteses de defesa e acusação.
Já O Estado de S. Paulo (SP) parece ser um jornal de outra cidade: a chamada para o Caso Isabela não está entre as cinco principais na capa de hoje. Onde foi parar o senso jornalístico do Estadão?
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O Estado de S. Paulo
Caso Isabela: os exageros
O Caso Isabela é um dos mais interessantes do noticiário policial-judiciário dos últimos tempos. Por isso as atenções sobre o tribunal de São Paulo a partir de hoje.
Mas fica difícil justificar manchetes de dois jornais fora de São Paulo, Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG), que esquecem temas locais e apenas fazem um lembrete: começa hoje o juri do casal Nardoni.
Sem novidades. Sem valor agregado.
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Hoje em DIa
domingo, 21 de março de 2010
Desenho, o que há de melhor no domingo
Um desenho bem feito é melhor que uma foto ruim ou uma montanha de palavras que apenas ocupam espaço.
Um bom jornal deve ter no seu staff, na editoria de arte, profissionais que saibam resolver uma capa, como estes diários americanos
O apelo de compra é imediato.
Um bom jornal deve ter no seu staff, na editoria de arte, profissionais que saibam resolver uma capa, como estes diários americanos
O apelo de compra é imediato.
Boas pautas no Nordeste
O medo, de O Povo (Fortaleza, CE), e a morte, do Diário da Borborema (Campina Grande, PB).
Duas ótimas pautas para um domingo.
Duas ótimas pautas para um domingo.
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O Povo
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