Imprima essa Página Mídia Mundo: 2019-06-23

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Na hora da verdade, o conservadorismo prevalece



O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por não conceder o Habeas Corpus ao ex-presidente Lula.

Isso foi ontem à tarde e repercutiu imediatamente em sites, blogs, redes sociais, noticiários de rádio e de televisão.

Qual seria o papel de um impresso (do dia seguinte)? Ir além. Revelar os próximos passos para a odisséia de Lula em sair da cadeia. Avaliar os votos dos juízes. Explicar o porquê de manter tudo como está, pelo menos, até agosto.

Mas aí o lado conservador dos jornais brasileiros fala mais alto. À exceção de O Globo (Rio de Janeiro, RJ), todos os grande jornais do país deram a informação como manchete. Folha de S. Paulo (SP), O Estado de S. Paulo (SP), Correio Braziliense (Brasília, DF), Zero Hora (Porto Alegre, RS), A Tarde (Salvador, BA), Jornal do Commércio (Recife, PE) e Metro (SP). O diário carioca escolheu outra manchete, mas noticiou a decisão do STF ao lado, como sub.

Não que a informação não mereça o espaço, mas a função do impresso é ir além. Nenhum foi.





segunda-feira, 24 de junho de 2019

O jornalismo engana-leitor não funciona mais


Que dia o Brasil aplicou 5 a 0 na seleção do Peru?

Sábado.

Que dia é hoje?

Segunda-feira.

Então por que Zero Hora (Porto Alegre, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) insistem em publicar resultado e fotos de jogos de sábado na segunda?

A única explicação é teimosia de quem ainda não entendeu para que serve o impresso em 2019. Tratar o leitor como um ermitão, isolado do mundo, que só se informa pelo impresso, é chamá-lo de alienado. E ninguém gosta de pagar por um exemplar e ser carimbado como otário.

Talvez isso explique a queda livre na circulação dos jornais da RBS no Sul. Se há 15 anos ZH vendia mais de 200 mil exemplares impressos, hoje está em cerca de 80 mil. E caindo.