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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Recorde de chamadas na capa

 

A capa de um impresso é, cada vez mais, uma criteriosa seleção de assuntos muito importantes e relevantes. É preciso escolher o que vai impactar no olhar do leitor -e evitar pequenas informações irrelevantes. Capa é o cartão de visitas, o amor à primeira vista. Esse impacto vai incentivar (ou não) a leitura do jornal.

Pois O Globo (Rio de Janeiro, RJ) fez exatamente o contrário na edição de hoje. Nada menos do que 24 informações. Sim, 24! Um verdadeiro recorde.

Para comparação em edições de hoje: O Estado de S. Paulo (SP), famoso por sempre colocar mais chamadas do que o necessário, tem 16. The New York Times (Nova York, NY), outro que exagera nas chamadas, hoje apresenta 19. The Washington Post (Washington, DC) 20. The Guardian (Londres, UK) 6. Corriere della Sera (Milão, Itália) 16.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Quem lê tanta notícia?

 

Há uma máxima entre os estudiosos da comunicação, que diz que "menos é mais". E que por isso as novas gerações preferem textos curtos e sintéticos a longas reportagens. Isso explica também a desinformação generalizada, é verdade.

O Globo (Rio de Janeiro, RJ) saiu ontem com 524 páginas! Mais do que a maioria dos livros encontrados nas melhores livrarias do ramo. Nada menos do que 72 páginas da edição dominical, 116 da Revista Ela e mais 336 dos cadernos especiais, comemorando os 100 anos do jornal.

Se alguém decidir conferir as 524 páginas terá leitura até o próximo domingo, certamente. 

Certa vez o colunista Elio Gaspari entrevistava o histórico secretário do Partido Comunista Italiano, Enrico Berlinguer, para o Jornal do Brasil. O político quis saber um pouco mais do JB, então um dos grandes jornais brasileiros. "Quantas páginas tem o JB?", perguntou o secretário. "Normalmente 48", respondeu Gaspari. E então Berlinguer comentou: "48? E quem lê tudo isso?"

É muito bom que o impresso tenha edições comemorativas. Mas é preciso entender as características da audiência.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

O milagre dos números pouco confiáveis

 


Saiu o novo estudo comparativo do Poder 360 (SP) sobre os meios de comunicação do Brasil. Há muito tempo o informativo digital monitora os números do IVC (Instituto Verificador de Circulação) para montar um ranking brasileiro. E, dessa forma, acompanha a queda do impresso e a estagnação digital, de um modo geral.

Bem, agora os números querem mostrar outra coisa. De repente, a alegada circulação impressa de O Estado de S. Paulo (SP) disparou de 56 mil exemplares/dia no fim de 2023 para 131 mil em 2024. Isso seria um caso de congresso internacional, não fosse um pequeno problema: até 2023 os números eram auditados pelo IVC, como toda mídia brasileira. Em 2024 passou a ser pela PwC, uma consultoria contratada pelo próprio Estadão - e sem critérios conhecidos. Assim ficou fácil.

Curiosamente, a Folha de S. Paulo (SP) também trocou o IVC pela PwC e, por coincidência, cresceu também - de 41 mil para 44 mil. Todos os demais impressos brasileiros com mais de 10 mil exemplares/dia caíram, segundo o IVC.

Em um toque de mágica, o Estadão passou a circular três vezes mais que Folha e O Globo (Rio de Janeiro, RJ). Difícil confiar nesses dados.

No mercado digital outro milagre que o Santo PwC provocou em benefício do Estadão. Quase 200 mil novos assinantes em um ano, uma performance digna dos maiores do mundo. Talvez essa mágica seja explicada pelos critérios que guiam as contas do PwC, algo que a Folha utilizou em 2023 - e milagrosamente uma assinatura virou cinco!

Enfim, sem um critério único os números estarão sempre vistos com desconfiança. Fora do IVC as informações fornecidas por Estadão e Folha não têm qualquer valor.


terça-feira, 28 de janeiro de 2025

A mesma foto



Hoje estava fácil escolher a foto da capa dos impressos.

Na Espanha, na Itália, nos EUA ou no Brasil.

A mesma imagem do corredor.






quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Nada como um dia depois do outro

 
A rede de supermercados Carrefour, que coleciona uma série de trapalhadas no Brasil (foi em uma loja de Porto Alegre que os seguranças mataram a pauladas um negro, por desconfiarem tratar-se de um ladrão), tenta melhorar sua imagem pelo dinheiro.

Ontem, O Globo (Rio de Janeiro, RJ) cobrou uma retratação da empresa, pela infeliz afirmação do CEO francês sobre a carne brasileira.

Hoje o Carrefour pagou uma capa falsa na edição impressa, para tentar reduzir o estrago.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Sinais de crise no Planeta Folha

 

Meio de comunicação que não enfrenta altos e baixos do mercado ainda está por ser criado. Mais ainda no Brasil. Com custos fixos e receita variável, o negócio do jornalismo é uma aventura diária. Até aí nada novo.

Só que a Folha de S. Paulo (SP), que já foi líder em circulação impressa no Brasil (mais de 1,5 milhão de exemplares em um único domingo nos anos 90) está dando sinais de que algo não anda bem na Barão de Limeira.

No primeiro semestre, a Folha desfiliou-se do IVC (Instituto Verificador de Circulação), o controle independente dos impressos do Brasil, aceito por agências de publicidade e respeitado pelos demais jornais. A explicação não convenceu o mercado, mas pesou o fato de o novo auditor (PwC) ter regras mais "camaradas" e também o concorrente O Estado de S. Paulo (SP) já ter feito o mesmo.

Agora a Folha anunciou que vai reduzir o histórico formato de suas páginas, de standard (55cm) para berliner (44cm), a partir de 01 de Setembro. Se for respeitado esse padrão, a Folha será um pouco maior que o Estadão, que reduziu há três anos. Entre os "jornalões" só O Globo (Rio de Janeiro, RJ) manterá o formato.

No meio jornalístico sabe-se que mudança de formato só ocorre em duas ocasiões: quando a empresa realmente acredita que formatos compactos têm a preferência dos leitores (o que não é o caso da Folha) ou quando o financeiro aperta e é necessário se obter resultados a curto prazo, economizando papel e tinta.

A Folha vem obtendo algumas vantagens com estratégias que não significam aumento de audiência, como contar 5 assinaturas em uma só (um assinante digital pode indicar 5 familiares para navegar pelo site). Mas o sinal amarelo está aceso na sede da Folha.

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Jornalismo gaúcho precisa exigir mais em suas capas


Está faltando à imprensa gaúcha um princípio básico do jornalismo: escutar a audiência. Não é humanamente aceitável que Porto Alegre e a Região Metropolitana sofram com o avanço das águas e ninguém cobre dos dois maiores responsáveis: o governador do Estado e o prefeito da capital.

Precisou O Globo (Rio de Janeiro, RJ) escancarar em manchete que os esgotos estão entupidos em Porto Alegre - algo visível na ótima foto de Zero Hora (Porto Alegre, RS).

O jornalismo precisa denunciar em letras garrafais as responsabilidades do prefeito que sucateou a companhia de águas - para tentar privatizar-la - e desinvestiu na manutenção das comportas do Lago Guaíba, entre tantos escândalos. Esse prefeito vem fazendo uma gestão em benefício das empresas de construção civil, sem pensar no cidadão comum de Porto Alegre. Já o governador aprovou leis para flexibilizar a utilização de agrotóxicos e cancelou a proteção de áreas fundamentais para o meio ambiente, em um total desgoverno.

Os dois são culpados. Precisam responder por isso. O Ministério Público já sabe e vai se mexer. A imprensa do centro do país também já sabe. Os gaúchos evitam. Talvez por razões econômicas.




 

quinta-feira, 9 de maio de 2024

É preciso achar os responsáveis, sim!


A tragédia que destruiu o Rio Grande do Sul tem culpados, com nome, sobrenome e CPF. A missão do bom jornalismo é achar os responsáveis - e exigir justiça pelas mais de 100 mortes e destruição das cidades.

A imprensa está pegando leve, fazendo um excelente trabalho de noticiar os fatos, mas pecando ao seguir os pedidos do governador do Estado e do prefeito da capital de não buscar responsáveis agora.

Enfim o La Nación (Buenos Aires, Argentina) foi muito claro - algo que o jornalismo do Brasil está deixando passar - ao afirmar na capa que a tragédia é consequência das mudanças climáticas. O Globo (Rio de Janeiro, RJ) compara também o Antes e o Depois de uma área de Porto Alegre, mas não busca os culpados.

Quem não investiu em prevenção de cheias é culpado (prefeitos). Quem desdenhou de programas para controle de barragens é culpado (governadores). Quem incentivou o desmatamento é culpado (presidentes). Temos elementos para ótimas matérias. Só é preciso querer apurar, como fez o meio local Matinal Jornalismo (Porto Alegre, RS).

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

A foto que vale capa


Quando a foto é inusitada e conta tudo, o impresso tem obrigação de valorizá-la. Se plasticamente é perfeita, mais um motivo para merecer lugar de honra na capa.

Assim O Globo (Rio de Janeiro, RJ) rasga na primeira metade da capa de hoje essa pintura do repórter-fotográfico Fabiano Rocha.

Quem já viu a enseada de Botafogo assim?

Linda imagem. Capa merecida.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Tina e o sentido de uma capa


Se tivesse que resumir as capas dos impressos de hoje, com as justas homenagens a Tina Turner, seria: Libération (Paris, França) e o resto do mundo.

O trabalho do Libé é tão forte, tão inteligente, que apagou os bons trabalhos das demais capas.

Folha de S. Paulo (SP), The Globe and Mail (Toronto, Canadá) e tantos outros tentaram, com fotos em P&B e outras técnicas. O Correio* (Salvador, BA) chegou perto.

Mas o Libération foi sensacional.

Para isso, sim exatamente para isso, serve uma capa. Toca nas sensações. Faz pensar. 

Brilhante.

 

sexta-feira, 24 de março de 2023

A anatomia dos vários ângulos de uma mesma imagem


A imagem conta um mesmo fato em várias versões, dependendo do ponto de vista.

A greve nos metrôs de São Paulo está nas capas dos maiores impressos do país. Mas cada um com sua interpretação.

Folha de S. Paulo (SP) mostra a multidão disputando espaço para entrar na escada rolante. Transmite a ideia de confusão. O Estado de S. Paulo (SP) publica foto de pessoas de costas, com uma luz contrária. É um momento de muita gente, mas de maneira organizada. Já O Globo (Rio de Janeiro, RJ) prefere o plano aberto, onde se vêem os trens limitando o espaço das pessoas.

Não há certo ou errado. São várias visões de um mesmo tema.


 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

14 visões sobre o Rei

Informar a morte de uma personalidade é sempre um desafio para os impressos. Mais ainda depois da Internet, quando a notícia envelhece rapidamente.

O Adeus ao Rei Pelé ocupou as capas de 9 entre 10 jornais do mundo. hoje. Destacar-se entre tantas obviedades é algo que chama a atenção.

Sem dúvidas a grande capa do dia é do diário esportivo Ás (Madri, Espanha). 

Neste post, 10 destaques do Brasil, outro da Espanha, um da Itália e o último de Portugal.

Viva o Rei!



 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

No lugar certo, na hora certa


O repórter fotográfico Cristiano Mariz, da Agência Globo, estava ontem na entrada do Palácio do Alvorada. De repente viu um caminhão de mudanças chegando.

Click, click, click.

A foto, de enorme simbolismo, está nas capas de O Globo (Rio de Janeiro, RJ), O Estado de S. Paulo (SP) e Folha de S. Paulo (SP).