Imprima essa Página Mídia Mundo: A volta do caderno especial

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A volta do caderno especial


No jornalismo do Segundo Milênio era comum jornais distribuírem um punhado de cadernos especiais. Qualquer tema, na visão do comercial (à procura de uma capa ou de uma central) e do editorial (sedento pela ilusão de ter um produto com início, meio e fim na mão) virava caderno. Cadernos temáticos fixos (imóveis, automóveis, entretenimento, turismo, etc, etc) e cadernos eventuais (aniversário de uma universidade, de uma cidade, algum tema que permita engrossar os cofres).

O resultado era a circulação de "jornais-cebola", que deveriam ser "descascados", até sobrar apenas o esqueleto principal - minúsculo, por consequência. Hoje isso mudou.

Mas o caderno especial tem, sim, sentido. É uma forma de dar atenção total a algum tema - e permitir a leitura em separado, atemporal, até mesmo favorecer quem pretende guardá-lo como documento histórico.

Por isso acertou hoje O Globo (Rio de Janeiro, RJ) ao produzir um completo caderno de 16 páginas sobre o Mensalão. Já que as penas estão definidas e a primeira parte do julgamento acabou, é muito útil ao leitor um balanço informativo desses quatro meses.

Só não precisava ter colocado o bico de pena do ministro Joaquim Barbosa no alto. O jornal carioca já entrou na campanha para 2014?

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