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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

NY Times e New Yorker abrem voto para Kamala

É preciso ter muita coragem e a certeza de entender o que a audiência pensa também.
É preciso não ter medo de assumir posições e, definitivamente, sair de cima do muro.
É preciso saber o que é melhor para o futuro do país, da sociedade, do mundo.
É preciso ser The New York Times (Nova York, NY) e The New Yorker (Nova York, NY) para abrir o voto em editorial saem temer qualquer revolta das audiências.
O jornal mais importante do mundo e a revista mais admirada dos Estados Unidos fecharam posição em apoio a Kamala Harris.
Ninguém quer sequer imaginar o que seriam mais quatro anos de Donald Trump.
A imprensa brasileira precisa crescer muito para evitar editoriais absurdos como que considerou "uma escolha difícil" o segundo turno das eleições de 2018. A queda na audiência tem relação direta com quem teima em não se posicionar.
Bravos NYTimes e New Yorker!

 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Revista coloca Trump em um atoleiro

 

A revista Time (Nova York, NY) começa a prever o resultado das eleições dos EUA.

O antes favorito Donald Trump está perdendo espaço dia a dia para a candidata democrata Kamala Harris.

O atoleiro no campo de golfe parece uma boa analogia. Trump está em dificuldades.

A 40 dias do voto, tudo indica que os Estados Unidos terão pela primeira vez uma presidente do sexo feminino.

domingo, 1 de setembro de 2024

Mais do mesmo

 

A Folha de S. Paulo (SP) perdeu uma chance enorme de inovar. Relançou sua edição impressa em novo formato, menor, com a ideia de ser corpo único e sem dobra. Seria uma novidade.

Mas errou feio do desenho. Repetiu a característica do surrado standard, com uma infinidade de chamadas na capa. São nada menos que 13 informações na primeira página, algo que não combina com os formatos compactos - que utilizam a capa como um pôster com, no máximo, cinco informações.

Sem as novidades esperadas, apenas com corte de papel, não é difícil arriscar que a mudança da Folha teve apenas um objetivo: economizar.

sábado, 31 de agosto de 2024

A última capa standard da Folha

 

É quase uma edição de colecionador.

A Folha de S. Paulo (SP) que foi às bancas hoje é a última em formato standard. A partir de amanhã - Domingo, 01 de Setembro - a Folha adota um formato mais compacto, berliner, sem tantos cadernos separados.

Os protótipos que vazaram mostram um desenho conservador, no mesmo estilo da Folha atual. Se isso realmente for concretizado a Folha estará perdendo uma ótima oportunidade de ser diferente, de olhar para seus leitores. Será um "mais do mesmo", apenas economizando papel.

A resposta chegará amanhã.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

A falta que faz a imprensa livre na Venezuela

 

O Supremo da Venezuela anunciou ontem que as eleições realizadas no final de Julho - e que ainda não foram reconhecidas por nenhum país sério - foram válidas. E que o atual presidente Nicolás Maduro foi reeleito.

Maduro colocou no Supremo todos os atuais juízes que, coincidentemente, sempre dão razão a ele. Mesmo sem que apareçam as atas das mesas eleitorais, como pede a oposição.

Mais: o Supremo avisou que a decisão é irrevogável e até ameaçou o candidato opositor.

Em um país de imprensa livre, isso seria tema único nas capas dos jornais. Mas na Venezuela a imprensa não é livre. Há pouco mais de 10 anos havia três jornais muito importantes: El Universal (Caracas, Venezuela), para elite, de oposição moderada a Hugo Chávez. El Nacional (Caracas, Venezuela) de oposição acentuada ao governo. E Últimas Notícias (Caracas, Venezuela), popular, mas com opinião e editoriais de apoio a Chávez.

Só que com Maduro isso mudou. Primeiro proibiu a chegada de papel nos dois primeiros jornais. Depois impôs multa atrás de multa para criar problemas. E ainda proibiu publicidade de grandes empresas. El Universal quebrou e foi quase dado de presente a um amigo de Maduro. El Nacional deixou de circular no impresso e o proprietário Miguel Henrique Otero fugiu para o exílio. 

Um empresário aliado do governo, favorecido por negociatas pouco transparentes, comprou Últimas Notícias. Pagou um preço acima do mercado e ameaçou o então proprietário: venda ou prepare-se. Ele vendeu e fugiu para a Espanha, onde mora até hoje.

Em um dia como hoje, ÚN e EU apenas servem de eco para a proclamação absurda do Supremo. El nacional, com a versão em PDF (única possível), discute o jogo trucado de Maduro. Só que o acesso a EN está bloqueado no território venezuelano. Ou seja, só poucos conseguem ver.

Muito triste um país sem liberdade de imprensa.




segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Sinais de crise no Planeta Folha

 

Meio de comunicação que não enfrenta altos e baixos do mercado ainda está por ser criado. Mais ainda no Brasil. Com custos fixos e receita variável, o negócio do jornalismo é uma aventura diária. Até aí nada novo.

Só que a Folha de S. Paulo (SP), que já foi líder em circulação impressa no Brasil (mais de 1,5 milhão de exemplares em um único domingo nos anos 90) está dando sinais de que algo não anda bem na Barão de Limeira.

No primeiro semestre, a Folha desfiliou-se do IVC (Instituto Verificador de Circulação), o controle independente dos impressos do Brasil, aceito por agências de publicidade e respeitado pelos demais jornais. A explicação não convenceu o mercado, mas pesou o fato de o novo auditor (PwC) ter regras mais "camaradas" e também o concorrente O Estado de S. Paulo (SP) já ter feito o mesmo.

Agora a Folha anunciou que vai reduzir o histórico formato de suas páginas, de standard (55cm) para berliner (44cm), a partir de 01 de Setembro. Se for respeitado esse padrão, a Folha será um pouco maior que o Estadão, que reduziu há três anos. Entre os "jornalões" só O Globo (Rio de Janeiro, RJ) manterá o formato.

No meio jornalístico sabe-se que mudança de formato só ocorre em duas ocasiões: quando a empresa realmente acredita que formatos compactos têm a preferência dos leitores (o que não é o caso da Folha) ou quando o financeiro aperta e é necessário se obter resultados a curto prazo, economizando papel e tinta.

A Folha vem obtendo algumas vantagens com estratégias que não significam aumento de audiência, como contar 5 assinaturas em uma só (um assinante digital pode indicar 5 familiares para navegar pelo site). Mas o sinal amarelo está aceso na sede da Folha.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

A pegadinha da publicidade programática


A programática, publicidade que ganhou o mercado digital - apesar de pagar pouco e estar nas mãos de intermediários que dão as regras - de vez em quando apresenta problemas sérios. O algoritmo está programado para escolher propaganda de clientes que tenham alguma relação com a notícia. Mas robôs não são humanos.

Quando o UOL (SP) publicou a notícia da queda do avião em Vinhedo, o robô deve ter identificado "aviação". E tome propaganda da Latam, logo no pior momento.

São as trapaças da programática. Quem se sujeita a esse tipo de publicidade, acaba por assumir o risco.


PS: do LinkedIn de Pacete