Imprima essa Página Mídia Mundo: 2010-07-18

sábado, 24 de julho de 2010

Novo Diário de S. Paulo, amanhã nas bancas

O Diário de S. Paulo (SP) chega amanhã às bancas todo renovado.
Novo projeto editorial, onde a consequência é mais importante que o fato.
Novo projeto gráfico, mais visual, mais limpo.
Novo formato, do tamanho da comodidade do leitor.
Totalmente a cores.
Por enquanto, segue apenas o teaser de lançamento, para não estragar a surpresa.
Vale conferir.

Nota do editor: sou cúmplice da mudança. Por isso vou evitar comentários.


A intervenção da direção de arte

O cuidado gráfico está na pauta do dia dos jornais da Europa e dos EUA.
Basta ver a brilhante capa do De Standaard (Bruxelas, Bélgica), as 10 dicas para economizar água do The Huntsville Tiimes (Huntsville, AL), a sequência de fotos do Corpus Christi Caller-Times (Corpus Christi, TX) e o infográfico do Fort Worth Star-Telegram (Fort Worth, TX).
Mas para isso é preciso ter uma boa direção de arte.





Histórias de gente comum


Faça como o The Globe and Mail (Toronto, Canadá), o jornal de referência e qualidade do Canadá.
Conte histórias de gente comum, como Natalie MacMaster.
Atrás dos personagens urbanos escondem-se grandes histórias.

A maldição das pesquisas

As pesquisas eleitorais se transformaram em pragas. Como as metodologias são diferentes, em um mesmo dia aparecem resultados totalmente antagênicos.
Para a Folha de S. Paulo (SP), via DataFolha, Serra tem 37% e Dilma 36%.
Para o Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ), via Vox Popui, Dilma tem 41%, Serra 33%.
Pesquisas mal feitas destroem a reputação de um jornal. No Rio Grande do Sul, por exemplo, pesquisas que revelaram resultados equivocados mancharam a credibilidade de Zero Hora e da RBS e deram um gás extra ao Correio do Povo.
A solução é não publicar resultado de pesquisas em manchetes.
Pesquisas erram. Jornal não pode errar.



sexta-feira, 23 de julho de 2010

E agora, Lance?


E deu barriga no Lance (SP e RJ).

Não é Mano, é Muricy o novo técnico da Seleção.

O jornal esportivo vai assumir o erro? Vai pedir desculpas?

Novos problemas urbanos


Ontem foi O Povo, hoje é A Tarde (Salvador, BA).

Problemas urbanos devem ser denunciados sempre pelos jornais que se preocupam com a cidade.

Só os jornais têm força para pressionar a prefeitura para que se faça algo.

A história vale mais que o fato

O fato: forte ventania em Canela, no Rio Grande do Sul, que deixou muita gente sem casa.
As imagens são fortes, o drama dos habitantes maior ainda.
Por isso não adianta chegar 30 horas depois do fato (foi na noite de quarta-feira) e querer recontar o mesmo fato.
Entre os gaúchos só acertou a pegada o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS), que contou com muita sabedoria e emoção a história de Veridiana - que perdeu sua casa - com uma maravilhosa foto de Rafael Cavalli, que faz o leitor sentir o drama.
Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS), O Sul (Porto Alegre, RS) e Pioneiro (Caxias do Sul, RS) apenas repetem o que já se sabia ontem.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Problemas urbanos têm prioridade


Acertou em cheio O Povo (Fortaleza, CE).

Se caminhar na cidade é um drama, nada melhor do que mostrar isso, sem economia de espaço.

Duas formas inteligentes de contar a mesma história


O barão da mídia canadense Conrad Black saiu da cadeia.
Há a maneira tradicional de contar essa história.
Há o modo The Globe and Mail (Toronto, Canadá), que brinca com a sonoridade das palavras "Black is Back".
E há o modo National Post (Toronto, Canadá), que com recursos gráficos fala tudo em palavras soltas.
A criatividade e o saber contar é o que importa.

Reportagem que sempre vale a pena resgatar


O caso Jean Charles é tão revoltante que vale a pena revisitá-lo, para que não seja esquecido.

Assim fez o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG), ao completar 5 anos da tragédia.

Imprensa carioca indignada


Poucas vezes se viu a imprensa carioca em uma só voz tão indignada contra a Polícia Militar. Mais do que na semana passada, com a morte do menino em sala de aula.
A PM parou o carro que atropelou e matou o jovem Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, e, mesmo batido, liberou para trafegar tranquilamente no Rio de Janeiro.
É um insulto à paciência do carioca.
A indignação está perfeita nas capas do Extra (Rio de Janeiro, RJ), do Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) e de O Globo (Rio de Janeiro, RJ).


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Golaço ou barrigada histórica


O jornal Lance! (SP) arrisca. Talvez seu chute bata no poste, mas em todo o caso está tentando.

Ao afirmar que Mano Menezes recebeu convite da CBF e que deverá ser o novo técnico da Seleção, o jornal transforma em verdade um boato.

Ninguém confirma.

Se Mano for mesmo confirmado, terá sido um golaço.

Se for qualquer outro, uma barrigada histórica.

Um bom exemplo da Áustria


A matéria é sobre o e-book, o livro digital.

O Die Presse (Viena, Áustria) não teve qualquer receio em editar a capa como se fosse uma página do Kindle.

Brilhante!

O choque que funciona


Excelente capa-campanha do Comércio da Franca (Franca, SP).

Os acidentes com motos se repetem tanto, levando a vida de alguns jovens, que o jornal decidiu colocar os rostos das 28 vítimas de 2010.

O pior é que esta lista vai aumentar até o fim do ano.

Talvez não tenha mais espaço na capa para tantos mortos.

O choque, nesse caso, faz todo o sentido. Posiciona e abre os olhos do leitor.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Que bela foto!


Valeu a capa do The Dominion Post (Wellington, Nova Zelândia).

Não é sempre que um cão posa para foto em cima da estátua...de outro cão.

Na Colômbia, todos são iguais


A Colômbia comemorou 200 anos de independência.
E os jornais precisarão esperar outros 200 anos para criar algo diferente.
Hoje, todos são iguais e previsíveis.

O importante e o relevante


Em uma corrida eleitoral fala-se muito mais do que o necessário. Cria-se fatos, lança-se suspeitas, cada um usa as armas que tem para tentar abocanhar mais alguns votos.
O candidato a vice-presidente pelo PSDB, Índio da Costa, exagerou ao relacionar o PT com as Farc. Pode ser inexperiência política. O candidato José Serra abonou seu vice, mas desdenhou, afinal é o tipo de tema espinhoso que não vale a pena entrar.
E para o leitor?
Tudo isso é muito chato, picuinha política que ainda vai se repetir até as urnas em outubro. No dia seguinte, então, não interessa mesmo.
O que interessa, então?
Saber se São Paulo vai ou não abrir a Copa do Mundo, ora.
Só o Jornal da Tarde (SP) entendeu onde estava o fato que interessa hoje. O Estado de S. Paulo (SP) e Folha de S. Paulo (SP) não desativaram o DNA da "notícia obrigatória" e optaram pelo "importante".
O JT foi pelo "relevante". Acertou.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Boa matéria em Santa Maria


Às vezes há boas pautas bem ao alcance da reportagem.

A entrevista com ex-detentos, de A Razão (Santa Maria, RS), é um desses casos.

E se diferencia da concorrência.

A foto da maratona


Se a corrida de 60km de Dusseldorf é o grande evento da cidade, nenum problema em rasgar a foto, como fez o Rheinische Post (Dusseldorf, Alemanha).

domingo, 18 de julho de 2010

As mulheres do Pará


Todos os jornais do Pará apelam para as generosas curvas de alguma modelo para tentar vender exemplares a mais. Não se vende mais bom jornalismo, mas boas fotos de algumas boas.
Ninguém escapa dessa mania que alguém inventou e O Liberal (Belém, PA), Diário do Pará (Belém, PA) e Amazônia Hoje (Belém, PA) segue à risca.


Soluções inteligentes para problemas cotidianos


Altos custos? Prisões? Desemprego?
Veja como os americanos The Huntsville Times (Huntsville, AL), The Fresno Bee (Fresno, CA) e The Columbus Dispatch (Columbus, OH) fizeram.
A arte bem feita é jornalismo puro.

O planejamento derrubou o Correio*


O planejamento é uma eficiente arma de produção dos bon jornais. Foi-se o tempo em que se esperava o fato das ruas para decidir o que vai em cada página. Hoje a agenda própria é tão importante como a agenda pública.
O melhor planejamento do mundo pode - e deve - ser derrubado por um fato inusitado. Jornal ainda cheira a notícia fresca, a conteúdo relevante do dia anterior. O planejamento com camisa-de-força é prejudicial ao bom jornalismo.
Desabaram dois prédios em Salvador ontem. Há vítimas. A cidade parou para tentar salvar gente dos escombros. A TV passou ao vivo. Só se fala nisso do Farol da Barra ao Rio Vermelho.
A Tarde (Salvador, BA) virou a edição e rasgou a maravilhosa foto de Walter de Carvalho na capa. Foi pouco além das TVs no conteúdo, mas não economizou espaço para falar da tragédia.
Já o Correio* (Salvador, BA) preferiu não mexer no planejado na capa, o anúncio de futuras vagas para professores. E deixou o drama da cidade em terceiro plano.
Sem virar a edição o Correio* talvez tenha fechado mais cedo, mas saiu capenga nas ruas.