Imprima essa Página Mídia Mundo: 2013-11-03

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Projeto gráfico é só um dos lados da moeda


Alguns "gênios" da comunicação tiram da cartola sempre a mesma solução, quando as vendas começam a cair: vamos mudar o projeto gráfico.

A embalagem de um produto ajuda a vender, é claro, mas se a essência não for modificada terá sido esforço em vão.

The Independent (Londres, UK), o mítico jornal londrino, mexeu mais uma vez no seu projeto gráfico e no logo. Mas especificamente pela quinta vez. Luta para rever a queda de circulação, que hoje não passa de 52 mil exemplares.

Mas a mudança apenas cosmética é um tiro contra o próprio pé.

Via Facebook de Juan Antonio Giner


As fotos contam a história


Excelente jogo de imagens da Folha de S. Paulo (SP).

Com diferença de 69 minutos, prefeito e ex-prefeito ocuparam o mesmo local. E não se encontraram.

O detalhe curioso é que esse jogo de imagens que conta toda a história não foi criado pelo repórter-fotográfico - que normalmente é quem alerta para a oportunidade de comparação.

A imagem de Kassab é de Raquel Cunha, enquanto a de Haddad é de Luiz Carlos Murauskas.

Ou seja, mérito total de quem bolou a capa.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Três visoes de um mesmo fato


A presidente Dilma falou aos veículos da RBS. Está nos sites da empresa desde às 14 horas de ontem.

Então o que os jornais do dia seguinte devem publicar?

Qualquer coisa, exceto as "notícias" velhas que aparecem em A Notícia (Joinville, SC) e Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC).

Ainda que não tenha nenhuma frase surpreendente, quem foi mais longe acabou sendo o Diário Catarinense (Florianópolis, SC).

Mas, sem dúvidas, há uma crise de criatividade no interior catarinense.




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Curso muito estranho


A Universidade Federal de Goiás (UFG) está oferecendo um curso inédito: licenciatura.

Sim, de acordo com o jornal O Popular (Goiânia, GO) Medicina é o curso mais procurado no vestibular, enquanto Licenciatura o menos.

Licenciatura em que? Será que isso não interessa? Cochilou o editor de capa?

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Clarín vai se adequar à Lei


O governo argentino aprovou a "Ley de Medios", que impede a concentração de veículos nas mãos de um mesmo grupo.

Claro que a nova norma tem um endereço certo, o Grupo Clarín, que não vive suas melhores relações com a presidente Cristina Kirchner.

Ontem Clarín anunciou que dividirá o grupo em seis fatias, para entrar nas regras. 

É capa de, pelo menos, três jornais argentinos: Clarín (Buenos Aires, Argentina), La Nación (Buenos Aires, Argentina) e Página 12 (Buenos Aires, Argentina).





A teoria do Show AND tell


Há jornais que não aprendem. Alguns contam em legendas de foto exatamente o que está na imagem, como se o leitor fosse um perfeito idiota, incapaz de entender a fotografia.

Isso é coisa do passado.

Mas na era da recaída O Paraná (Cascavel, PR) se superou.

A foto mostra uma estrada, com máquinas na pista. O título: Rodovias.

Logo abaixo outra foto, desta vez com casas típicas de condomínios populares. O título: Casa própria.

Para que esses títulos? Algum leitor é tão fora de sintonia que não consegue entender o que aparece na imagem?

A teoria do "Show AND Tell" é um golpe no talento dos fotógrafos e na inteligência dos leitores.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Um gráfico, três conclusões


O gráfico ao lado mostra o comportamento das vendas de publicidade em jornais americanos nos últimos 8 anos, bem como a verba colocada nas mídias digitais desses mesmos jornais.

Conclusões:

1. A queda da receita é constante, ainda que o reflexo mais forte tenha sido sentido há cinco anos.

2. Não há transferência de investimentos para as mídias digitais destas empresas, ou seja, é preciso buscar dinheiro de outra forma.

3. O investimento em publicidade está fugindo dos cofres das empresas de comunicação, em direção a outros negócios de new media.

PS: via Twitter @giner, de Juan Antonio Giner

A escolha da palavra certa


Jornalismo é saber dizer o certo na hora certa. E não foi isso que fez o Diário da Manhã (Goiânia, GO).

Na oportuna entrevista com o ex-governador Iris Rezende, não ocorreu nada melhor ao jornal do que afirmar "Iris abre seu silêncio".

Silêncio pode ser interrompido, quebrado, mas aberto? De onde o DM tirou tal expressão?

A manchete também não chega a ser de fácil entendimento, precisa ser decifrada, mas a invenção de expressões na entrevista é bola fora do jornal.