Imprima essa Página Mídia Mundo: 2012-06-03

sábado, 9 de junho de 2012

Relação de tempo sem sentido


Se Bauru ganha duas vezes mais veículos que bebês por dia, como revela o Jornal da Cidade (Bauru, SP), significa que também terá o dobro de veículos em relação a bebês em uma semana. E também em um mês. Igualmente em um ano.

Ou seja, não faz a menor diferença para a informação a quantidade de tempo a ser comparada.

Limitar a relação a um dia é uma decisão que só pode ter saído por muleta (utilização do espaço na linha de baixo da manchete) ou por visão limitada do jornal.

Um pouquinho mais de cuidado evitaria essa leitura irrelevante.

Hora de renovar


Nada contra templates (páginas pré-desenhadas), mas essa capa do Diário do Grande ABC (Santo André, SP) está conceitualmente equivocada.

É como se as duas colunas da esquerda fizessem parte de outro jornal.

O olhar do leitor começa pela esquerda.

Mas a manchete está na direita.

Não funciona.

Orgulho da Fúria


A Espanha, campeã da Eurocopa 2008 e do Mundial 2010, quer mais.

O país está unido pela Fúria, apesar das crises econômicas, do desemprego e da falta de auto-estima que assolam o país da Península Ibérica.

A capa do La Razón (Madri, Espanha) é um convite a se esquecer dos problemas por duas semanas e torcer juntos pelo bi na Eurocopa.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A mulher errada


O descuido editorial é um dos maiores inimigos do bom jornalismo.

Olhe a capa do Amazônia (Belém, PA) e tire suas conclusões: que mulher foi morta com 100 facadas?

Está na cara que foi a bonitona, nua e de botas. Afinal suas curvas invadem a manchete.

Mas não, a defunta é outra. A moça da esquerda é apenas a segundo colocada no concurso Miss Bumbum.

Ah, tá!

Detalhe: a foto da verdadeira morta vem com uma legenda verde, mesma cor da chamada de outra notícia. Ou seja, tudo errado, só para confundir o leitor.

Mais capricho na próxima vez, Amazônia.

Duas visões sobre a mesma chuva


Uma característica do jornalismo é não ter fórmula, não ter manual, não ter certo e errado. Vale o bom senso e a inteligência para transmitir uma informação.

Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) deram fotos sobre a chuva.

Se a imagem de Levi Bianco, na Folha, destaca o que não foi feito para comemorar o Corpus Christi, a foto de Filipe Araújo, no Estadão, mostra um mar de guarda-chuvas.

Estranho que o Estadão não tenha aberto muito a foto, que é de ótima qualidade.

As duas visões estão corretas.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O detalhe que faz a diferença


As manchetes de Folha de S. Paulo (SP) e de O Estado de S. Paulo (SP) tratam rigorosamente do mesmo assunto. Mas de um modo bem diferente.

A Folha coloca a data, 1° de agosto, enquanto o Estadão fala em reta final das eleições.

Em se tratando de um julgamento com forte influência política, esse detalhe de contextualização faz toda a diferença.

Manchete paulista no Pará?


Tudo bem que o caso da esposa que esquartejou o marido é de assustar, mas dar manchete ao caso ocorrido em São Paulo em um jornal do Pará?

O Diário do Pará (Belém, PA) não teve dúvidas em destacar o fato.

Pelo jeito não está acontecendo nada no Norte.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Jornalismo de denúncias urbanas


O Pioneiro (Caxias do Sul, RS) faz um grande trabalho comunitário, ao recorrer as ruas do centro da cidade e descobrir nada menos do que 129 problemas nos calçamentos (em apenas 15 ruas).

O jornalismo das pequenas cidades precisa estar atento aos problemas urbanos.

Acertou o Pioneiro.

Usos perversos de um jornal - III


Para que mesmo serve um jornal?

Para recortar letras e fazer uma mensagem anônima. Quem sabe um trabalho escolar.

Outro exemplo criativo do Heraldo de Soria (Soria, Espanha).

Colaboração de Antonio Martín

O novo Marca


O diário esportivo de maior sucesso na Espanha está se modernizando.

Em breve o novo projeto gráfico do Marca (Madri, Espanha).

Conheça em primeira mão.

PS: dica do designer Javier Errea (via Facebook)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Esses ingleses



 A Rainha é acima de qualquer suspeita na Inglaterra.

Por isso só o The Independent (Londres, UK) usou a picardia para lembrar que, apesar das festas de 60 anos de reinado, o príncipe está no hospital.

 Os outros só comemoraram.

Por aí: ferramentas fundamentais na Noruega

De Oslo e arredores

Nos jornais da Noruega há duas ferramentas indispensáveis: cafeteira e cesta de frutas.

Como qualquer jornalista do mundo, os noruegueses são loucos por café. A máquina oferece expresso, americano, capuccino, chocoolate quente e qualquer variação desse mesmo tema.

Mas as frutas - banana do Equador, laranja dos EUA, pera da Espanha - têm um sentido: a boa alimentação faz com que o funcionário não fique doente. Frutas a qualquer hora e saladas no almoço são características dos jornais da Noruega.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Erro de deadline


Se o jogo entre Avaí e Joinville aconteceu no sábado, para que dar tanto destaque na segunda-feira, como fizeram Hora de Santa Catarina (Florianópolis, SC) e Notícias do Dia (Florianópolis, SC)?

É preciso parar de passar recibo pela escolha de não circular domingo (ou estar nas ruas bem cedinho sábado).

A coragem da revista Time


Poucos - pouquísssimos - meios de comunicação no mundo teriam coragem de fazer como a revista Time (Nova York, NY).

"Como morrer", titula o semanário.

A matéria do reporter Joe Klein narra os últimos momentos de seus país. O caos do serviço médico, as ofertas de alternativas dos médicos, enfim tudo o que enfrenta um americano ao tentar salvar as vidas de seus pais doentes.

É impressionante o realismo da matéria, que certamente colecionará prêmios internacionais.

Vale cada dólar investido na revista.

Flauta mexicana


Nem Michel Teló ficou de fora da corneta do jornal Record (Cidade do México, México), depois dos 2 a 0 de ontem.