Talvez por ser plantão de sábado, talvez por falta de visão editorial, a cobertura dos diários brasileiros sobre a tragédia do Chile parece ter sido retirada do Manual do Jornalismo Previsível.
Os três erros mais comuns hoje?
1) Dar a notícia de que houve um terremoto no Chile, como fizeram
Folha de S. Paulo (SP) e
O Estado de S. Paulo (SP). Sem valor acrescentado a informação é velha, foi bombardeada em todos os canais de TV e sites da web ontem. Para piorar os concorrentes paulistas escolheram a mesma foto e praticamente a mesma manchete.
2) Cravar número de vítimas, como em
O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e no
Diário do Povo (Campinas, SP). Em um terremoto o número de mortos cresce todos os dias por,pelo menos, cinco dias. Dizer que são 214 mortes é pedir para errar. Hoje pela manhã (11hs) já se contabilizavam mais de 300 vítimas.
3) Investir em chavões, como no
Extra (Rio de Janeiro, RJ), em
O Popular (Goiânia, GO) e no
Correio Braziliense (Brasília, DF). O chavão não diz nada e ainda desqualifica um texto.
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