Boa sacada do Popular

Um jornal serve para fiscalizar as instituições.

O Popular (Goiânia, GO) fez o fácil e inteligente: verificou as sessões da Assembléia Legislativa de Goiás desde as eleições. E apresentou de modo mais visual possível, um calendário.

Ficou ótimo!

A foto da sexta

Uma releitura de Os Pássaros.

Brilhante imagem na capa do The Washington Post (Washington, DC).

Foto boa deve ser mostrada, escancarada. Para os padrões americanos, essa superou o habitual.

Os alvos de um serial killer

A Polícia de Los Angeles encontrou fotos de 160 mulheres desconhecidas na casa de um serial killer, preso em julho.

Ninguém sabe quem são elas, o que fazem ou porque tinham fotos nos arquivos do assassino.

Agora começa o trabalho de busca dessas mulheres - quase todas negras - para que a Polícia consiga entender o caso.

O Los Angeles Times (Los Angeles, CA) presta enorme serviço à comunidade e publica na capa as 160 anônimas (20 delas em mais de uma foto).

Também para isso serve um jornal.

A foto do dia

A foto de capa do The West Australian (Perth, Austrália) é tão sensacional que o editor não teve qualquer medo em abrir também a contracapa para ela.

Assim se faz um grande jornal.

Faltou editor de arte

A ideia do jornal O Fluminense (Niteroi, RJ) é ótima: uma homenagem ao maior arquiteto brasileiro de todos os tempos. Niemayer adora a cidade e o símbolo de Niteroi é um museu do mago dos traços.

Até aí tudo bem.

Só que o jornal decidiu fazer a foto do prédio da Fundação Niemeyer ontem, com chuva. Ficou um horror.

Para completar tentou montar um texto longo dentro do desenho do Museu de Arte Contemporânea. Aí apertou tudo e dificultou a leitura - exatamente o que uma capa não pode fazer.

Faltou editor de arte.

O mestre Oscar merecia mais carinho.

De que país é esse jornal?

Metade do Rio Grande do Sul está de ressaca, chorando a inesperada derrota do Internacional para desconhecido Mazembe, pelo Mundial de Clubes.

É a conversa da rua desde ontem à tarde. Será o papo da happy hour de hoje e dos próximos dias. Um desastre, que deixou meio estado de luto e a outra metade feliz (os rivais gremistas).

Aí o diário O Sul (Porto Alegre, RS) traz em destaque o aniversário da presidente eleita e esconde a derrota do Inter.

Em que mundo circula esse jornal?

Quem será que teve essa infeliz ideia? Alguém do comercial, em busca de anúncios do governo?

Incrível.

Iguais também no Sul

A Universidade de Santa Maria comemora 50 anos e adivinhe o que está nas capas dos jornais da cidade, sem qualquer algo mais?

A preguiça tomou conta das redações do Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS) e de A Razão (Santa Maria, RS).

Pensar dá trabalho. Ser criativo também.

Começaram as retrospectivas

O primeiro tiro é do RedEye (Chicago, IL), o jornal gratuito e jovem de Chicago.

Ainda faltam mais de 15 dias para 2011, mas a imprensa começa a dar os balanços, as retrospectivas.

Rapidamente todos os jornais farão o mesmo.

Uma semana depois, tudo igual outra vez

Deve ser difícil escolher um jornal na banca em Mogi das Cruzes.

Semana vai, semana vem, e os dois concorrentes, O Diário de Mogi (Mogi das Cruzes, SP) e Mogi News (Mogi das Cruzes, SP), chegam com a mesma manchete.

A imagem fala. Alguns não escutam

Os dois maiores jornais de São Paulo lançaram novos projetos gráficos no primeiro semestre e prometeram valorizar as imagens.

Promessas não cumpridas, como muitos políticos.

No Alasca, por exemplo, boas imagens sempre valem muito, é a perseguição eterna de uma redação. No Anchorage Daily News (Anchorage, AL) a foto de uma formação em gelo vale quase meia capa, apenas porque parece dentes de um tubarão.

Em São Paulo, O Estado de S. Paulo (SP) tinha uma maravilhosa foto de repórter fotográfico Fábio Motta sobre o Complexo do Alemão, mas economizou espaço editorial. Enquanto a Folha de S. Paulo (SP) também pisou no freio ao publicar o belo instantâneo de Caio Guatelli, que resume o calor da cidade em um banho de piscina.

A cultura conservadora venceu de novo.

Ecos da desinteressante Joinville

Joinville deve ser o fim do mundo.

Ou como explicar a importância que seu líder local, A Notícia (Joinville, SC), deu para uma partida de exibição, de festa, do tenista Guga, ocorrida na noite de sábado no Rio de Janeiro, uns 1.000 quilômetros de distância dali?

Não há nada mais interessante na cidade?

Ah, sim, Guga é catarinense (de Florianópolis, é bom lembrar). Só que os jornais da capital não deram 25% do espaço de capa que AN destinou.

Fica difícil assumir para o leitor de Joinville que esse era o tema mais importante. Velho, nada relevante, pouco importante para a cidade e ainda por cima com uma foto que não traz qualquer emoção.

PS: Joinville não é o fim do mundo. É A Notícia que errou feio.

O ano passado a limpo pelo Google

Ainda faltam três semanas para 2010 ficar para trás, mas muita gente já está fazendo retrospectivas.

O vídeo do Google é daqueles que merecem ser vistos.

Dica do ligadíssimo Victor Tessler, que além de meu filho é apaixonado por música e fotografia. O Flickr dele, aliás, é uma das boas coisas da novíssima geração na rede

Linguagem visual

A arte na capa do The Daily Herald (Everett, WA) não deixa qualquer dúvida: o déficit está enorme.

Este gráfico estilizado é mellhor do que qualquer manchete criativa, é mais informativo do que centenas e centenas de linhas de texto.

No jornalismo, menos é mais.

Mais visual, mais informativo, com menos enrolação.