Imprima essa Página Mídia Mundo: 2015-04-05

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Duas visões sobre uma mesma chuva


A tempestade que inundou Salvador motivou a imprensa baiana a produzir ótimo conteúdo.

Na comparação dos concorrentes, ambos foram bem. Mas há uma sutil diferença.

A Tarde (Salvador, BA) aposta no drama de Joelma e Rosângela, com a lama no chão - e até inventa um local para incluir a melhor foto do dia, do cidadão resgatado (ainda existe um medo de dar a foto do leitor como principal do dia. Isso em 2015).

Correio* (Salvador, BA), em ótima imagem de Marina Silva, mostra um dos locais mais conhecidos da cidade, no Rio Vermelho. Inundado.

Chuva é água e mais água. Em A Tarde só há lama. No Correio*, água. Muita água. 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Dia de manchetes infelizes



Três manchetes infelizes pelo interior do Brasil.

A afirmação de O Paraná (Cascavel, PR) é simplesmente mentirosa. A otimista pesquisa diz que o PIB poderia crescer até 20%. Mas para a esquentar a manchete vale tudo.

No Jornal da Cidade (Bauru, SP) a frase fica sem sentido. Vítimas graves aumentam. Aumentam o que? Altura? Peso?

E no Comércio da Franca (Franca, SP) o jornal assume como verdade um anúncio também otimista. E exagera nos verbos no futuro: receberá, irá...

Jornais precisam caprichar um pouco mais nas manchetes, a principal informação do dia.


quarta-feira, 8 de abril de 2015

A morte de O Sul - 2001/2015


Mais um jornal desaparece. Agora é O Sul (Porto Alegre, RS), um diário em que a qualidade de impressão era superior ao jornalismo.

Em 14 anos de circulação o jornal da Rede Pampa não justificou sua criação. Sem reportagem, colecionando releases e material de agências, cavou sua sepultura. Um erro atrás de outro.

Para disfarçar a crise, O Sul anuncia em sua última capa que continuará sendo publicado na Internet. Em PDF. O jornal está morto, só falta a última pá de terra.

O melhor momento da curta memória do jornal foi uma ação de venda avulsa com mulheres-jornaleiras, uniformizadas com cores chamativas. E foi só.

Morre um jornal que nunca existiu.

Que pena.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Como enfrentar o Paywall


OK, colocar uma barreira de pagamento (o paywall) em um site normalmente gratuito não é uma atitude simpática. Mas é necessária. Alguém precisa pagar a conta.

Esse drama tem tirado o sono de executivos de todos os meios de comunicação do mundo.
Qual a medida certa? O que se pode cobrar? Como minimizar a queda de audiência?

Por isso o inovador Winnipeg Free Press (Winnipeg, Canadá), que já havia balançado o mercado ao abrir o Café Winnipeg Free Press, colocou o muro de pagamento no seu site, mas tratou tudo com muito humor.

O vídeo abaixo é apenas uma das formas de comunicar à audiência a chegada do paywall.