Imprima essa Página Mídia Mundo: 2013-01-13

sábado, 19 de janeiro de 2013

Calendário maluco


Há um problema de calendário entre dois jornais populares de São Paulo que disputam a função de porta-voz dos aposentados.

Segundo o Diário de S. Paulo (SP) os atrasados sairão dia 10 de fevereiro. Para o Agora (SP) a data é 11 de fevereiro.

Dia 10 é domingo.

Dia 11 é segunda de Carnaval, mas os bancos funcionam.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O poder do jornal


Este vídeo vem da Bélgica e mostra o nível de atenção que os jornais provocam nos leitores.

Para quem ainda tem dúvidas sobre a força dos meios de comunicação.

Sensacional.

PS: via Facebook da Anik Suzuki

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Em busca do furo esquecido


Não é de hoje que os jornais se acomodaram com as notícias commodity que, na maioria das vezes, chegam pelas assessorias de imprensa, não pelo talento dos repórteres.

Por isso quando em um só dia dois belos furos aparecem no front é para se comemorar.

O Globo (Rio de Janeiro, RJ) apenas fez pesquisas em sites públicos de transparência, buscando os salários dos servidores. Aí descobriu que o Itamaraty esconde essa informação. Ou seja, todos são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.

Já o competente Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) foi atrás das provas que comprometem o ex-procurador-geral do município, comprado por lobistas. E achou a nota fiscal de um automóvel de mais de R$ 100 mil. Um furaço arrasa-quarteirão.

Enquanto houver inteligência editorial nas redações, os jornais terão vida longa. Já os veículos acomodados, que não investem em jornalismo, estão a caminho do fracasso.

Os detalhes que melhoram a foto


Notícia Agora (Vitória, ES) e A Tribuna (Vitória, ES) tratam do mesmo tema principal: a caneta salvadora.

Só que a escolha da foto do NA é melhor.

Os olhos do mecânico olhando de frente o leitor fazem toda a diferença. A imagem que AT traz na capa perde impacto sem que se veja os detalhes dos dedos e do rosto da vítima.

A edição pelo material obtido


A arte de criar uma capa depende de planejamento e das escolhas que se faz quando o material encomendado chega à redação.

O Correio Braziliense (Brasília, DF) planejou muito bem a matéria sobre os 46 pontos a se evitar na cidade em dias de chuva. Certamente é uma matéria de impacto e de serviço que se sobrepõe às ótimas imagens dos alagamentos na cidade.

Já no Diário do Grande ABC (Santo André, SP), estranhamente, a lógica é inversa. Há uma excelente imagem de um rio transbordando pelas chuvas. A foto de Orlando Filho certamente é o que há de maior impacto na capa de hoje. Mas o dogma de dividir a primeira página em mais de 20 pequenas informações, de dar manchete para outro tema, de chamar esportes e mais tudo o que se possa imaginar, reduziu a foto das chuvas a um tamanho bem menor do que merecia.

Uma pena.

A capa sem imagem


O Popular (Goiânia, GO) trabalhou bem a metade de cima da dobra na capa de hoje, mesmo sem imagens.

A lista dos moradores de rua mortos e a arte sobre a epidemia de dengue substituem, com enormes vantagens, fotos que não dizem nada e que só ocupam espaço nobre.

É preciso quebrar as regras de querer sempre publicar fotos, ainda que estas não informem nada.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Jornalismo de qualidade


Dois dos principais jornais do Canadá surpreendem o leitor com reportagens inusitadas e muito interessantes.

The Globe and Mail (Toronto, Canadá) traz um perfil de Long Hongxiang, a casamenteira mais famosa da China.

E o National Post (Toronto, Canadá) revela que o conhecimento de geografia dos alunos universitários está abaixo da linha do aceitável.

Leitura obrigatória de um jornalismo de qualidade que faz a diferença. 

Expressões para se evitar


Evite, a todo custo, expressões que coloquem lado a lado termos antagônicos, como fez O Povo (Fortaleza, CE).

Ampliar significa aumentar, crescer. Ou seja, transmite a ideia de que algo está maior.

Redução é o oposto, diminuição.

O leitor agradece.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Sem deixar dúvidas


Os 10 bandidos mais perigosos procurados pela polícia capixaba estão bem à vista de quem precisa vê-los na capa do Notícia Agora (Vitória, ES).

A estrutura policial, por melhor que seja, é deficiente. Se os leitores ajudarem, denunciando o paradeiro dos procurados, as ruas ficarão mais seguras.

Jornal também serve para isso, para auxiliar no serviço público, multiplicando a rede de informações.

Acertou o NA.

Na Colômbia o trânsito também é um problema


Pelo jeito não é só no Brasil que o volume de veículos nas ruas cresce mais que a estrutura das vias de acesso.

A capa do El Tiempo (Bogotá, Colômbia) não deixa dúvidas.

Chapa-branca passando recibo


O Diário do Grande ABC (Santo André, SP) já foi um grande jornal.

Hoje, possivelmente por acordos políticos de apoio editorial em troca de anúncios - método desonesto utilizado pela maioria dos jornais do Interior - produz reportagens que em nada interessam aos leitores - seu bem maior.

A foto do ex-prefeito de São Caetano do Sul assumindo a secretaria estadual de Esporte, Lazer e Juventude é um presente de Natal aos assessores de José Auricchio Junior, já que não tem qualquer valor jornalístico.

Auricchio saiu da prefeitura sem eleger sucessor (levou uma surra nas urnas), é acusado de deixar uma dívida de mais de R$ 100 milhões nos cofres públicos e ainda teve uma manobra de compra de apoio do PT desmascarada por um vídeo.

Auricchio é médico. Conhece tanto de Esportes como Pelé de medicina.

No entanto o jogo de conchavos políticos do governador permitiu que o ex-prefeito assumisse a secretaria.

O que deveria fazer um jornal que pensa no leitor? Questionar a escolha, brigar por direitos das cidades onde atua.

Em vez disso o Diário atira confetes em Auricchio. E depois não entende porque a circulação anda caindo.

Foto fake não funciona


Não adianta.

Se a foto não tiver elementos de credibilidade vai passar como um mico para o jornal que a escolher.

A imagem de capa do Jornal de Brasília (Brasília, DF) de hoje é um bom exemplo de foto falsa que não funciona.

Ou alguém acredita que esse ato de uma mão entregar a nota fiscal para outra mão realmente aconteceu?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O furo ao alcance de todos


Há muito o furo deixou de ser uma constante no jornalismo brasileiro. Os jornais são parecidos, as fontes inundam as redações com informações e a notícia vira commodity.

Mas há maneiras inteligentes de se procurar exclusivas em locais que todos têm acesso - mas ninguém dá atenção. Nos balanços dos tribunais, por exemplo.

Foi lá que O Estado de S. Paulo (SP) descobriu que o TSE gastou R$ 9,5 milhões só com horas extras em apenas 3 meses.

Nos tempos em que o Judiciário é visto como o grande poder de equilíbrio e lisura - inclusive com gente lançando o presidente do Supremo à presidência do Brasil - bastou garimpar nos dados da transparência para se encontrar uma manchete.

Quando manchete e foto não combinam


A manchete do Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) fala das chuvas.

A foto principal na capa do jornal mineiro mostra diversão em piscinas sob o sol.

A manchete está brilhantemente alinhada pela foto. Ou seja, parece ser sobre o mesmo assunto. Mas não é.

Faltou o editor de capa olhar a obra feita, a página pronta.

Hoje foi bola fora.