Imprima essa Página Mídia Mundo: 2013-08-11

sábado, 17 de agosto de 2013

Doze capas históricas


A Mashable resolveu escolher 12 capas de revistas que marcaram o tempo.

Como toda lista, sempre há controvérsias.

Aqui três exemplos do que está na relação.

PS: via Facebook de Ricardo Melo e BlueBus



Manchete enigmática


O jornalismo brasileiro surpreende mais e mais a cada dia - no mau sentido.

O que significa a manchete de hoje do Jornal da Cidade (Bauru, SP)?

Que homem é esse? O que ele fez? Isso é muito ou pouco?

O pior é que uma rápida leitura do texto introdutório apresenta o caso. E lá no final revela que o cidadão, gerente comercial acusado de violentar duas menores em 2008, está solto.

Não seria esse o verdadeiro fato novo?

O jornalismo da preguiça de pensar e da ditadura dos releases tomou conta das redações.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A grande foto de sexta


É de Leandro Ferreira a ótima foto que domina a capa do Notícias do Dia (Joinville, SC).

Não é preciso esperar o massacre do Egito para captar boas imagens. No dia a dia das comunidades há momentos para ótimas fotos. Basta saber a hora de apertar o botão.

Grande foto.

Linda história


Boas histórias devem ser contadas.

Como a de Cassandra Nascimento, que acaba de se submeter à oncotermia, novo tratamento de cura contra o câncer, e soube emprestar seu sorriso à capa do Illawarra Mercury (Wollongong, Austrália).

As histórias de vid são muito mais bonitas que as de morte.

PS: dica do colega Joel Soprani 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O que pretende o Estadão?


Tudo bem que o dia de ontem não foi farto de notícias candidatas a manchetes, para os jornalões que ainda vivem de informações commodities. Mas colocar uma frase de um novo ministro do Supremo, que na verdade não disse nada de surpreendente, como fez O Estado de S. Paulo (SP), é uma grande surpresa. Negativa.

Alguém acha que o Mensalão foi o maior escândalo da história, por acaso?

A corrupção organizada pelo staff do presidente Lula foi - e segue sendo - um absurdo, uma desilusão, um tapa na cara de quem acreditava que o PT era um partido limpo, como pregava. Mas falta muito para ser o maior escândalo da história.

O que quer o Estadão com essa manchete?

Mais um dos mistérios no bairro do Limão.

Lição de mau jornalismo


A manchete de O Diário (Mogi das Cruzes, SP) não consegue ser mais inútil: ter um PIB intermediário é bom ou é ruim? Ninguém sabe, ninguém diz.

Pior, na linha fina descobre-se que o PIB per Capita do Alto Tietê - o que realmente indica a riqueza da região - é o penúltimo do Estado. E talvez essa é a verdadeira informação, escondida em segundo plano.

Mas em O Diário tudo é oportunidade para fazer o prefeito de Mogi aparecer. E lá está ele, na foto principal, em uma mesa. Tipo daquelas fotos que só servem para o prefeito, seus assessores e sua família comemorarem. Não o leitor.

A campanha deste jornal ao prefeito municipal deveria ser investigada.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A manchete da preguiça


Falar "Governo vai..." já é um exemplo de como não evoluir a partir de uma informação pública, commodity.

Mas dizer "Governo estuda..." ou "Governo deve..." é ainda pior, pois nem a informação está confirmada.

A preguiça baixou em A Tarde (Salvador, BA), Folha de Londrina (Londrina, PR) e Diário do Grande ABC (Santo André, SP).

Para não precisar ir às ruas, trabalhar, buscar informações - a função básica de um jornalista - os três jornais dão uma manchete gelada, sem nenhum sentido.

O jornalismo já teve melhores momentos.




O idioma também é inimigo em Goiânia


Mais uma manchete que ataca o bom português, como a do Jornal da Cidade (Bauru, SP) de ontem.

As ruas seguirão no mesmo lugar, com o mesmo tamanho, depois do 7 de setembro. E sempre cabendo dentro da cidade.

Talvez os manifestantes não caibam nas ruas - por serem tantos - mas aí é outra história.

Errar a manchete, como o Diário da Manhã (Goiânia, GO) cometeu hoje, é um daqueles pecados inesquecíveis para o leitor.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Jornalismo de sangue e lágrimas




Pode ser apelo de venda - ou um vício de popularizar o jornal da comunidade. Mas chama a atenção o gosto que os jornais têm em valorizar tragédias e crimes.

Hoje pelo menos quatro jornais líderes em suas cidades - Comércio da Franca (Franca, SP), Diário do Nordeste (Fortaleza, CE), Folha da Região (Araçatuba, SP) e Folha da Manhã (Passos, MG) abrem com sangue e mortes.

Saudade dos tempos das boas notícias.


O idioma é inimigo em Bauru


Se o centro é local crítico para furtos, como diz em manchete o Jornal da Cidade (Bauru, SP), significa, em bom português, que é muito difícil cometer este delito por lá.

Às vezes o jornalista quer demonstrar intimidade com o idioma e comete delitos com o velho e bom português.

Centro é local preferido para furtos. Seria bem mais fácil e correto.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Há inteligência no jornalismo brasileiro


Ufa, enfim um bom exemplo.

A Cidade (Ribeirão Preto, SP) arrasou com a carta de Dilmas para Dilma. É uma aula de bom jornalismo, de inteligência criativa.

Se 99% dos jornais brasileiros costumam anunciar a chegada de um presidente com um "Dilma inaugura hoje o monumento na praça",  A Cidade buscou uma quase homônima de Dilma e publicou sua mensagem à autoridade.

Simplesmente genial.

Domingo é um dia que não existe


Para a Hora de Santa Catarina (Florianópolis, SC), depois de sábado vem segunda-feira. Não apenas em suas edições, como também no calendário da cidade.

Só essa lógica pode explicar um jornal sair segunda-feira com uma capa monotemática de um jogo de futebol ocorrido sábado à tarde.

Não existe televisão em Florianópolis? Cortaram os sinais de Internet? O povo não conversa, não escuta rádio?

O HSC conseguiu não apenas ser factual - falar o obvio - como fazer todos esses pecados jornalísticos mais de 36 horas depois.

Essa é para livro de cases jornalísticos.

O planejamento estragou a edição


Não basta planejar: é preciso saber planejar. E, mais ainda, entender quando a notícia bate à porta e exige a mudança de tudo.

O Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS) planejou uma manchete de caderneta de poupança. O mote é fraco, "ainda atrai" é não dizer nada de novo, mas OK.

Só que na manhã de ontem um vândalo jogou um coquetel molotov em uma casa noturna da cidade. Santa Maria é onde ocorreu a maior tragédia da noite brasileira, com mais de 200 mortos na Boate Kiss, em janeiro.

Ou seja, tema mais que obrigatório. Que cresceu de importância depois de o jornal ter em mãos o vídeo do vandalismo gratuito.

Como saiu-se o DSM? Com a manchete gelada da poupança - seguramente pronta desde sexta-feira - e o atentado ocupando apenas um terço da capa.

Impressionante a oportunidade perdida pelo jornal da RBS. É o assunto dos cafés de todo o Rio Grande. Menos do Diário de Santa Maria.