Imprima essa Página Mídia Mundo: 2012-04-08

sábado, 14 de abril de 2012

Para quem acha que sabe tudo de marketing...


A Coca-Cola não conseguia entrar no mercado dos jovens da Austrália.
Uma incrível iniciativa mudou esse quadro.
E pensar que os jornais acham difícil fazer algo novo.
Não faltam recursos.
Faltam ideias matadoras. E ousadia.

Dica do meu filho Victor, fã de grandes ideias e de Coca-Cola

O pior jornalismo do Brasil, outra vez


A notícia é que o tratamento de câncer será feito em um hospital da cidade.

Quem deu a informação foi o secretário estadual da Saúde.

Então o que faz nas capas dos concorrentes Mogi News (Mogi das Cruzes, SP) e O Diário (Mogi das Cruzes, SP) o prefeito da cidade?

Mostre um gráfico de como será o atendimento - essa é a novidade. E esqueça, para o bem do leitor, o rosto do prefeito.

Mas do pior jornalismo do Brasil é difícil esperar algo melhor. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A tipografia das transformações

Apesar de o leitor não notar, as tipografias marcam a qualidade de um jornal. Escolher as famílias tipográficas ideais mudam a forma de de ler uma publicação.

Existem centenas de tipos e muitos profissionais seguem desenvolvendo novas famílias para publicações mais exigentes.

Acaba de sair a Handmade, ou seja, Feito a Mão. No mínimo é uma maneira divertida de ver como as mãos podem criar uma tipografia.

http://www.behance.net/gallery/Handmade-Type/3235741

PS: Dica do colega e amigo Antonio Martín.


O melhor presente para Fortaleza


Nada mais importante para uma cidade do que o olho mágico de seus habitantes. São eles que conhecem cada esquina, cada praça, cada árvore.

Aproveitando o que a tecnologia oferece, o jornal O Povo (Fortaleza, CE) fez uma homenagem antológica aos 286 anos da capital cearense.

Pediu aos leitores imagens das cidade. Recebeu mais de 700 fotos pelo Instagram. Escolheu 20 para a capa.

O resultado é genial, o melhor presente que Fortaleza poderia receber.

O Povo demonstra estar em dia com o que a tecnologia oferece.

Parabéns Fortaleza. Parabéns O Povo.

Bonita homenagem


O caso de André Luiz, baleado semana passada e morto ontem, mexeu com Blumenau.

Nada mais justo que a homenagem do Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC), que achou uma foto fantástica.

Impossível não se emocionar.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

As fotos que falam


Ufa! Que bom que a fotografia não está de luto.

A foto de Sérgio Carvalho, na capa da Folha de S. Paulo (SP) fala sozinha e conta uma história. Merece estar na capa, claro.

Da mesma forma a foto de Paulo Preto, na capa de O Estado de S. Paulo (SP), quase inunda as demais matérias.

Para deleite dos leitores, existe boa fotografia no planeta Jornalismo Brasil.

As fotos que só ocupam espaço nobre


Inacreditável que em 2012 jornais ainda desperdicem espaço com fotos absolutamente descartáveis.

A Folha da Manhã (Passos, MG) publica foto de uma avenida vazia. E explica "essa avenida concentra a maioria dos bancos.... Ah tá!

O pior é que esse absurdo é contagioso. A Folha da Região (Araçatuba, SP) publica foto do ginásio local semi-vazio para dizer que os ingressos para a partida de amanhã estão esgotados.

O que é isso? Para que essas fotos? Por que roubar espaço de informações valiosas para essas ocupações de território nobre?

O bom jornalismo se faz com inteligência. Os jornais de Passos e de Araçatuba estão percorrendo o caminho inverso.

O bom jornalismo de O Globo


O senador Demóstenes entrou no plenário do Senado por uma porta lateral. E ninguém viu. Só O Globo (Rio de Janeiro, RJ), atento aos detalhes.

O bom jornalismo se faz também com pequenos detalhes.

Golaço de O Globo.

Cadê a estátua?


O mau jornalismo esconde os fatos.

O Diário de Taubaté (Taubaté, SP) se preocupou tanto em mostrar as "autoridades" presentes na praça Santa Terezinha, que esqueceu de mostrar a estátua aos leitores.

O pobre Mazzaropi aparece lá atrás, escondido pela infinidade de pessoas que quiseram sair "bem na foto".

Jornalismo NÃO é isso. Definitivamente.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Jornal é um refinador de conteúdo


Sabe a Petrobras? É uma refinadora de petróleo, pega o óleo bruto e transforma em algo que se aproveita.

Jornal parte do mesmo princípio: pega o conteúdo bruto e refina, para que o leitor entenda.

A informação bruta falava de um Brasil acima do peso. Mas isso todos têm igual. O desafio é refinar.

Se não fosse o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) hoje seria um dia de luto para os jornais brasileiros.

Correio de Uberlândia (Uberlândia, MG), Diário de Taubaté (Taubaté, SP), O Liberal (Belém, PA) e A Gazeta (Vitória, ES) acionaram o piloto-automático e esqueceram do leitor.



Fotaça!


Quando você encontra uma foto que conta tudo, como essa de O Dia (Rio de Janeiro, RJ), nem é preciso legenda.

A imagem de Nara Oliveira revela o sufoco sem uma linha de texto.

Fotaça.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Palmas para A Gazeta

Os vereadores da cidade de Serra, na periferia de Vitória, aprovaram um reajuste de 61% nos seus salários.

O jornal A Gazeta (Vitória, ES) bateu pesado e foi mais longe: publicou nome e foto dos 10 vereadores que votaram Sim à proposta, com o apelo: lembre-se deles na eleição de outubro.

Essa capa deveria virar pôster e circular no município, estar em cada poste, nas casas de cada eleitor.

O reajuste, como diz o jornal, é uma "vergonha". E se a imprensa não se mobiliza a população esquece e reelege os 10 sorridentes vereadores.

Jornal é o braço do leitor cobrando moral na administração pública.

Dilma who?




O encontro da presidenta Dilma Rousseff com o presidente Barack Obama é capa em 9 entre 10 jornais brasileiros. Apesar de conhecido e esperado, é um fato político forte e a imprensa quis destacar. OK.

Mas nos EUA a visita de Dilma sequer é citada nas capas dos principais jornais.

O The New York Times (Nova York, NY) ignora. The Washington Post (Washington, DC), sempre atento à Casa Branca, não dá a menor importância. USA Today (McLean, VA), o jornal nacional dos EUA, investe em temas de vida, não de política.

Só o solitário The Miami Herald (Miami, FL), cidade onde a comunidade brasileira de concentra, comenta, sem muito confete, o encontro dos líderes.

O Brasil não parece mais ser a bola da vez na mídia americana.




segunda-feira, 9 de abril de 2012

Manchete é para algo novo


O que as manchetes do Jornal de Jundiaí (Jundiaí, SP) e de O Estado do Maranhão (São Luís, MA) têm em comum?

As duas são absolutamente descartáveis e velhas.

Ou será que o JJ ainda vive no tempo em que os jornais eram donos da notícia? Alguém em Jundiaí, por acaso, não sabe que o Paulista perdeu domingo à tarde? Ninguém que gosta de futebol e torce pela equipe assiste TV, escuta rádio, navega pela Internet ou conversa com amigos?

E o que dizer da manchete de OEM? Por acaso é surpresa a viagem da presidente Dilma? A agenda não previa encontro com Obama?

Lamentável. Dois exemplos de jornalismo antigo, desnecessário, que ignora a inteligência do leitor e colabora para que as vendas de exemplares caiam.

Gráfico é para comparações, não para repetir informações


A arte na capa de O Povo (Fortaleza, CE) é "bonitinha, mas ordinária".

Que informação o leitor passa a saber após olhar aqueles 104 bonequinhos enfileirados? A mesma que já está no enunciado da matéria, que houve 104 mortes por parto em 2011.

Detalhe: na linha cor de salmão nem é preciso contar os desenhos.

Não é para isso que serve um gráfico, uma arte. É preciso informar algo novo, ou é espaço editorial jogado no lixo.

A arte de O Povo é uma perda de espaço na capa com informações repetidas, que mais parece arte-calhau.

O jornal cearense sabe fazer melhor que isso. Hoje errou.