Imprima essa Página Mídia Mundo: 2021-07-11

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Hermanos ainda não entenderam o tamanho da tragédia


A Argentina chegou a 100 mil mortos pelo Covid-19. E os impressos se comportaram de maneira, no mínimo, curiosa.

Clarín (Buenos Aires, Argentina). La Nación (Buenos Aires, Argentina) e La Voz del Interior (Córdoba, Argentina) se preocuparam em marcar a triste marca.

Mas os regionais El Ancasti (Catamarca, Argentina), El Litoral (Santa Fé, Argentina) e Rio Negro (General Roca, Argentina) trataram as 100 mil vítimas como uma notícia qualquer. Da mesma maneira como se fazia há 50 anos. Uma manchete burocrática, sem emoção, com a mesma lógica de "Presidente promete aumentar o salário mínimo" ou "PIB será 2% maior neste ano". 

Impressionante o descaso com a tragédia.






segunda-feira, 12 de julho de 2021

Gaúchos erram por convicção


Os impressos gaúchos têm certeza que leitor gostam de notícias velhas. É impressionante como semana após semana Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) estampam as capas das edições de segunda-feira com assuntos ocorridos 48 horas antes.

Hoje o cúmulo chegou ao ápice: TODAS as fotos das três capas são de sábado. Não há nem algo para disfarçar: é convicção. Os gaúchos acham realmente que os leitores de impresso querem ler na segunda-feira algo que ocorreu sábado, por mais velho e discutido que já esteja.

Essa demonstração de mau jornalismo pode vir de dois lados: de orientação "estratégica" da empresa, o que seria lamentável, já que a queda de assinantes e leitores é dramática. Ou seja, estariam cavando a própria sepultura; ou de convicção editorial, um equívoco jornalístico provocado por líderes que acham que o impresso ainda vive soberano no reino das comunicações. Se isso for verdade, esses profissionais deveriam trocar de área, já que a lógica da informação mudou há, pelo menos, 10 anos.

O fundo do poço está bem próximo.