O diário El País (Madri, Espanha) é, de longe, o melhor jornal daquele país.
Amanhã acontecem as eleições municipais e a novidade é o surgimento do movimento 15-M, um grito das ruas organizado por estudantes e operários, que pede democracia real.
Os concorrentes ABC (Madri, Espanha), El Mundo (Madri, Espanha) e La Razón (Madri, Espanha) apostam nas imagens chapadas dos líderes da oposição, que - segundo pesquisas - deve vencer nas urnas. Isso é o feijão com arroz de sempre.
El País busca o novo e traz uma sensacional imagem colhida em Valência, que bem lembra o movimento de Maio de 68 na França.
Um bom jornal deve, acima de tudo, ser inteligente e não previsível.
sábado, 21 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Guerra no Pará
Imperdível o editorial de capa que o acionista majoritário dos jornais O Liberal (Belém, PA) e Amazônia (Belém, PA), Romulo Maiorana Jr, publicou hoje. É uma manifestação de odio ao dono do jornal concorrente, o senador Jader Barbalho. A briga entre os dois chegou a um nível tão baixo, que o veneno foi destilado no editorial "Um safado e sua safadeza". Incrível!
Alguns trechos:
"...uma imprensa vagabunda, cujo dono é por todos conhecido: um ficha-suja, canalha, sem-vergonha, safado, chantagista, corrupto e ladrão..."
"...RCA - Rede de Corrupção da Amazônia" (empresa de Jader).
"Nós não usamos o jornal para lavar dinheiro. Não usamos também a venda de classificados para lavar dinheiro. Vivemos de vender jornal e classificados, esse é o nosso negócio. Não é como a empresa dele, que não tem conta-corrente em bancos".
"Tão sem credibilidade que manteve no expediente, durante dois anos, um editor-chefe morto que era deputado - Carlos Vinagre - e gozava de imunidade".
Vem aí mais chumbo grosso! A imprensa do Pará já viveu dias melhores.
Alguns trechos:
"...uma imprensa vagabunda, cujo dono é por todos conhecido: um ficha-suja, canalha, sem-vergonha, safado, chantagista, corrupto e ladrão..."
"...RCA - Rede de Corrupção da Amazônia" (empresa de Jader).
"Nós não usamos o jornal para lavar dinheiro. Não usamos também a venda de classificados para lavar dinheiro. Vivemos de vender jornal e classificados, esse é o nosso negócio. Não é como a empresa dele, que não tem conta-corrente em bancos".
"Tão sem credibilidade que manteve no expediente, durante dois anos, um editor-chefe morto que era deputado - Carlos Vinagre - e gozava de imunidade".
Vem aí mais chumbo grosso! A imprensa do Pará já viveu dias melhores.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Os dois lados da imagem
Curioso o que aconteceu hoje nos jornais capixabas.
A Tribuna (Vitória, ES) publica foto de Fábio Nunes - do lado da Polícia - sobre a invasão ao terreno ocupado ilegalmente.
A Gazeta (Vitória, ES) traz a imagem de Nestor Muller, a vista do lado oposto.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
The Independent, de novo genial
A Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, fez ontem uma visita história à vizinha Irlanda. Há 100 anos um monarca britânico não pisava no território independente dos católicos.
Todos os jornais do Reino Unido deram fotos e mais fotos da Rainha em ação em Dublin. Exceto o genial The Independent (Londres, UK).
Não importa o rosto de Elizabeth II, não importa seu sorriso, repetido insistentemente pelas TVs: fundamental é seu pé tocando na terra. "Um pequeno passo para a monarquia", diz a manchete, parafraseando o astronauta Neil Armstrong, ao pisar na lua.
Capas como essa só se fazem com planejamento, com imaginação, com criatividade e com ousadia.
Simplesmente brilhante.
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The Independent
Além da notícia no RN
Se os serviços essenciais - educação, saúde e segurança - entraram em greve, nada melhor do que editorializar, do ponto de vista do leitor.
A manchete do Diário de Natal (Natal, RN) é a perfeita interpretação dos sentimentos dos cidadãos.
O único risco é o que aparece na linha fina: ameaça de greve dos médicos dos PSFs e de motoristas de ônibus. Se hoje a manchete foi "O dia em que o RN parou", o que pode vir a seguir?
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Diário de Natal
terça-feira, 17 de maio de 2011
Boa ideia, capa nem tanto
O Correio Braziliense (Brasília, DF) tem um dos melhores departamentos de arte do país. Coleciona páginas com ótimas soluções gráficas e alguns prêmios internacionais. Mas nem sempre acerta.
A pauta de hoje era excelente: as sete pragas da cidade. Só que a execução transformou a ótima ideia em um emaranhado de fotos desiguais e que não combinam.
Por exemplo há uma imagem excelente, como a da espera no hospital, ao lado de uma foto que mais parece um postal para guardar ou mandar para a namorada, como a do aeroporto.
Pena. O CB nem sempre acerta.
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Correio Braziliense
Infográfico também é serviço
Imagine a África do Sul, onde votar ainda não é costume.
As pessoas não sabem o que fazer. Um bom jornal serve também para orientar essa gente, como fez The Star (Joanesburgo, África do Sul).
Um infográfico de capa orientando, passo a passo, o que fazer para ficar em dia com o dever cívico.
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segunda-feira, 16 de maio de 2011
Título em Santos, festa no Pará
Há coisas que a razão não consegue explicar.
Por que os jornais do Pará, Região Norte, dão tanto espaço para o título do campeonato paulista, conquistado pelo Santos a 3 mil quilômetros de distância? O que leva os jornais locais Diário do Pará (Belém, PA), Amazônia (Belém, PA) e O Liberal (Belém, PA) a darem maior destaque ao título do que os jornais paulistas? Paulo Henrique Ganso, nascido no Pará, nem jogou...
O Pará merece jornais mais conectados com o cidadão paraense.
Por que os jornais do Pará, Região Norte, dão tanto espaço para o título do campeonato paulista, conquistado pelo Santos a 3 mil quilômetros de distância? O que leva os jornais locais Diário do Pará (Belém, PA), Amazônia (Belém, PA) e O Liberal (Belém, PA) a darem maior destaque ao título do que os jornais paulistas? Paulo Henrique Ganso, nascido no Pará, nem jogou...
O Pará merece jornais mais conectados com o cidadão paraense.
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Diário do Pará,
O Liberal
domingo, 15 de maio de 2011
Infografia não é decoração
Cada publicação criou a sua versão, nenhuma delas confirmada pelo governo dos EUA. Se não se conhece o fato, não é possível criar um infográfico. São obras de pura ficcção.
O portal UOL (SP) também tentou adivinhar os passos dos "Seal", mas trata-se de um exercício de adivinhação.
O presidente da Innovation Media Consulting, Juan Antonio Giner, e o editor de infografia da Editora Globo, Alberto Cairo, escreveram, então, as seis regras básicas que a infografia deve observar. O original está publicado no Nieman Watchdog.
1. O infográfico é, por definição, uma apresentação visual de fatos e dados. Por isso, nenhum infográfico pode ser produzido na ausência de informação confiável;
2. Nenhum infográfico deve incluir elementos que não estejam baseados em fatos conhecidos ou em evidências disponíveis;
3. Nenhum infográfico deve ser apresentado como sendo factual quando for ficcional ou baseado em suposições não confirmadas;
4. Nenhum infográfico deve ser publicado sem creditar suas fontes de informação;
5. Os profissionais de informação gráfica devem se recusar a produzir qualquer apresentação visual que inclua componentes imaginários desenhados para ter mais apelo ou ser mais espetacular. Os editores devem evitar fazer pedidos a artistas gráficos que não sigam as evidências disponíveis;
6. Infografia não é ilustração nem é arte. Infografia é jornalismo visual e deve ser regido por pelos mesmos standards éticos que se aplicam às outras áreas da profissão.
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