Imprima essa Página Mídia Mundo: 2010-05-30

sábado, 5 de junho de 2010

A grande foto de sábado


Meio Blade Runner, meio Guerra nas Estrelas.

De qualquer modo, futurista.

A foto de uma biblioteca vertical, na capa do The Kansas City Star (Kansas City, MO), é genial.

Dois acertos na mesma cidade

Dois bons trabalhos jornalísticos em uma mesma cidade. Um fato raro.
A Razão (Santa Maria, RS) traz uma exclusiva com o "filho da terra" que comanda a segurança do Rio.
E o Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS) faz uma comparação em imagens de uma praça em três tempos.
É sábado de aleluia em Santa Maria.

A arte sobre temas sérios

A arte é uma das melhores formas de comunicação do novo jornalismo.
O código de barras verde, simbolizando a Revolução Verde, foi a forma inteligente escolhida pelo Diário de Pernambuco (Recife, PE) para anunciar o especial sobre o Meio Ambiente.
Enquanto o Ottawa Citizen (Ottawa, Canadá) apostou na arte para chamar a atenção da cidade para a mostra Pop Life, em cartaz a National Gallery de Ottawa.

Da série Ideias Simples que Funcionam


O gráfico quase primitivo de O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR).

Não é preciso rebuscar as flechas para entender o que subiu e o que baixou.

Linguagem direta, visual. E muito simples.

Faltou a ideia matadora

O Correio Braziliense (Brasília, DF) rasga na capa hoje uma ótima foto do treinador Dunga tropeçando nos próprios pés, imagem de Iano Andrade.
Faltou ao editor de capa a picardia de tê-la relacionado com a maravilhosa foto de Erno Schneider, Prêmio Esso em 1962, que mostra Jânio Quadros em posição muito semelhante.
Pouco tempo depois, Jânio renunciou.
Dunga tem pela frente a Copa. Sem Neymar nem Ganso. E com Felipe Melo e Michel Bastos na equipe titular.


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Imperdível!


A Realidade (SP), melhor revista da história editorial do Brasil, está nas bancas outra vez.

Calma, é apenas uma reedição do número apreendido (de janeiro de 1967), mas que merece ser lida, relida e guardada com carinho.

Vale conferir como se fazia revista há 43 anos, como era a propaganda, quais os conceitos de moral da época e, mais que tudo, se deliciar com um tipo de publicação que não existe mais.

E faz falta.

Nas bancas por R$ 20, acompanhada por um pequeno guia que conta a história da Realidade, que deixou de circular em março de 1976.

O moderno e o antigo

Os quatro grandes jornais da Inglaterra tratam o mesmo tema de uma maneira bem diferente.
As 12 vítimas de um descontrolado que soltou o rifle sobre as pessoas: alguns com motivo aparente, outros por absoluta concidência de estarem no lugar errado na hora errada.
The Times (Londres, UK) trata das 12 vítimas.
The Independent (Londres, UK) divide entre os que morreram por um motivo e os que tiveram azar de estar por perto.
The Guardian (Londres, UK) alivia na foto e apenas mostra o local dos crimes.
Enquanto o The Daily Telegraph (Londres, UK) vai pelo modo tradicional, mostrando o assassino e sua motivação.

Linguagem bem visual


Não há como não entender a grande aposta do My Paper (Cingapura, República de Cingapura).

Esses números e esse rosto não deixam dúvidas.

Os jornais estão virando revistas diárias

Antigamente a capa era o lugar de publicar a salada de ofertas do jornal. Uma pitada de cada um dos assuntos que seriam encontrados no interior.
É a técnica do vartejo, ou da loja de departamentos. Tudo na vitrine, para aumentar a chance de fisgar o cliente.
Agora é a vez dos jornais-revistas. Uma boa aposta, explícita, para seduzir o leitor. Como uma boutique, que exibe uma única peça chamativa na vitrine para atrair o comprador.
O Aripaev (Tallin, Estônia) é craque em capa-revista.
O Politiken (Copenhague, Dinamarca) também.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A diferença que a foto provoca

A informação é rigorosamente a mesma.
Saiu a sentença.
Os dois personagens da foto podem, enfim, comemorar.
No Diário de Pernambuco (Recife, PE) essa é a sensação.
No Jornal do Commercio (Recife, PE), a tensão da foto ganha mais peso com a palavra medo.
Mas o momento é de justiça, não de sofrimento.
Acerto o DDP. Errou feio o JC.

Manchete fora de hora


Três dias depois do ocorrido, por que a Folha de S. Paulo (SP) dá na manchete ainda o caso do ataque israelense???

Esse é o "jornal do futuro" anunciado na campanha de relançamento?

Bola fora da Folha.

Jornalismo é ocasião

Quantas vezes o torcedor do Ceará poderá co memorar a liderança do Campeonato Brasileiro da Série A?
Basta o Corinthians vencer hoje para acabar o sonho.
Por isso a oportunidade deve pesar bastante em uma escolha editorial.
Hoje o Ceará é líder. E assim não se deve conter emoções para comemorar.
O Povo (Fortaleza, CE) investiu no assunto, com razão. O Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) preferiu não mexer na manchete, insossa. Perdeu a chance de comemorar junto com a torcida.
Hoje é o típico dia em que a capa poderia ser até monotemática. Depois pode ser tarde.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Simples e muito visual - III


O exército de pequeros homens e mulheres em busca de trabalho do Kleine Zeitung (Klagenfurt, Áustria) é outro exemplo de hoje de linguagem bem visual e extremamente simples.

Simples e muito visual - II


Há algo mais simples e direto do que as casinhas do The State (Columbia, SC) para passar a informação?

Simples e muito visual



Nada de sofisticação na flecha escura para baixo do Diário de Pernambuco (Recife, PE).

Trata-se de um elemento gráfico muito simples - quase escolar - mas que funciona muito bem em casos como o que o que jornal quis transmitir.

Nesse caso o fundamental era dizer que o número de homicídios caiu. E caiu muito.

Muitas vezes basta não inventar, não fazer nada a mais que o necessário para acertar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Faltou sensibilidade


Para o Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS), é hora do pontapé.

Do pontapé?

Israel na defensiva

Israel cometeu um tremendo erro no ataque ao barco pacifista que se dirigia a Gaza.
Foram 10 mortos.
Curioso é que os jornais alinhados com o governo israelense tentam mudar o foco.
The Jerusalem Post (Jerusalém, Israel) parece cópia do Haaretz (Tel Aviv, Israel), destacando apenas a reação internacional contra Israel - mas não concordam no número de vítimas.
Enquanto o The New York Times (Nova York, NY) também prefere não se posicionar, limitando-se à reação dos demais países frente ao ataque.

De novo, Pioneiro?


Sábado o Pioneiro (Caxias do Sul, RS) fez uma brilhante capa sobre o centenário da cidade.

Sem muita explicação, hoje repete a dose.

De novo?

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Os rostos de Detroit

Hoje a homenagem ao Memoria Day é do The Detroit News (Detroit, MI).

Os 194 soldados de Michigan que morreram em combate no Iraque e no Afganistão.

Uma capa que funciona como um soco no estômago do governo.

Criatividade chilena

A revista Que Pasa (Santiago, Chile) utilizou o mapa das linhas do Metrô de Santiago para um ótimo infográfico sobre direita e esquerda.

Para ver melhor, confira a edição digital da revista.

Dica da leitora Priscila Pasko, de passagem pelas bancas de revistas do Chile.

O verbo proibido reapareceu


No jornalismo, o verbo "poder" deveria ser vetado.

Tudo pode. Brasil pode ser campeão e Brasil pode perder a Copa. Ou seja, "pode" não diz nada. É impreciso. Jornais sérios já não o utilizam.

Por isso foi surpreendente - no pior dos sentidos - a manchete de O Estado de S. Paulo (SP) de hoje.

O vazamento pode durar até agora, mas o vazamento também pode acabar amanhã.

"Pode" é o tipo de expressão que "não pode" ser usada.

domingo, 30 de maio de 2010

Grande matéria, grande edição


Para uma exclusiva com Cristiano Ronaldo, todo cuidado gráfico é pouco.

Ótimo trabalho do Público (Lisboa, Portugal).

Pauta de primeira no Maranhão


Alô, alô jornais do Maranhão e do Brasil:

O Estado do Maranhão (São Luiz, MA) deixou uma bola picando, ótima para quem quiser furar a concorrência.

Ou alguém acredita que exista mesmo uma "revolução na saúde" do Maranhão?

Basta investigar um pouquinho para se descobrir todo o tipo de escândalos e uma saúde da pior qualidade.

Ah, sim: o jornal O Estado do Maranhão pertence à família Sarney. A governadora do Maranhão é Roseana Sarney, acionista do jornal.

Sem mais perguntas, meretíssimo.

Bandeira manchada de sangue

Os americanos sempre tentam dar um jeito de mudar a história.

Amanhã se comemora o Memorial Day, em homenagem aos mais de 78 mil americanos mortos na Segunda Guerra Mundial.

Assim como na invasão ao Iraque e ao Vietnã, ainda se questionam as ações yankees na guerra, essa legião de jovens mortos em combate.

O pequeno The Repository (Canton, OH) desenhou uma bandeira dos EUA formada pelos nomes das vítimas de guerra. Mas o espaço é pequeno para 78 mil nomes, a arte só alcançou a letra "B".

A idei, porém, é muito boa. Melhor ainda o perfil dos dois soldados desse exército que viveram na região de circulação do jornal.

O que mudou em uma e em dez semanas

As reformas gráficas da Folha de S. Paulo (SP) e de O Estado de S. Paulo (SP) completam hoje uma e dez semanas. Em uma rápida leitura é fácil entender por onde andam as mudanças.
Na Folha, os sete dias foram suficientes para alguns ajustes, para melhorar o que não funcionou no domingo passado. A aposta em Ana Hickmann marca bem a mudança do jornal. Mais que o corpo aumentado, mais que o bold da manchete, essas são as alterações editoriais que mais destacam um jornal. A boa pauta. A inteligência editorial.
Já os 70 dias das mexidas do Estadão foram suficientes para que as ideias voltassem ao DNA de jornalão, que teima em reaparecer. No relançamento dizia-se "forte aposta em uma imagem". A foto de Kaká na capa de hoje parece mais escondida do que antes do novo projeto gráfico.
Ou seja, o tempo devolveu ao Estadão o perfil conservador que o novo projeto gráfico havia tentado banir.
Será que a reforma da Folha resiste a dez semanas?