Imprima essa Página Mídia Mundo: 2010-10-31

sábado, 6 de novembro de 2010

Foto de primeira em Joinville


Às vezes uma pauta normal, habitual, pode ser a oportunidade para uma matéria surpreendente.

A repórter-fotográfica Joyce Reinert acertou em cheio ao clicar o menino simulando estar voando, em primeiro plano escuro, quando fotografava o aeroporto de Joinville.

Ainda bem que o editor do Notícias do Dia (Joinville, SC) entendeu que estava com uma grande imagem nas mãos.

A capa ficou ótima.

Não basta ter a informação oficial, é preciso ir mais longe

O Diário de S. Paulo (SP) demonstra hoje como é importante investir em bons repórteres, que não se satisfazem com a informação oficial, aquela que todos já têm.
O repórter Jorge Nicola saiu atrás do que o Corinthians queria revelar: que seu estádio custará R$ 600 milhões, terá capacidade para 65 mil pessoas e que está confirmado para abrir a Copa de 2014.
Até aí uma rápida apuração revela. Foi nisso que se baseou o Jornal da Tarde (SP) para apostar na manchete. Mas era informação que quem acompanha o dia a dia do Corinthians também tinha.
Jorge Nicola saiu em busca de mais, daquilo que diferencia os bons repórteres: o exclusivo relevante. E conseguiu as novas plantas do Fielzão, os desenhos que fazem a torcida do Timão sonhar.
Ponto para o Diário.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O mapa da música a partir do Metrô

O mapa do Metrô de Madri, só que com o panorama da música moderna espanhola.

Excelente trabalho da equipe de infografia de La Información, capitaneada por Chiqui Esteban.

O confuso jornalismo turco

Observe essas cinco capas abaixo: são os maiores jornais da Turquia.
O Zaman (Istambul, Turquia) é o único que tem um desenho razoavelmente organizado. Todos os demais se confundem - e pelo desenho parecem populares que seguem a fórmula sangue, futebol e mulheres.
Mas não, todos são de informações gerais.
A Turquia é um país de enorme consumo de jornais. Mas precisa entender que o bom design faz parte de um jornal de qualidade.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Povo enxergou, o DN esteve cego

A presente eleita Dilma falou ontem sobre planos para seu governo.
Entre tantas coisas comentou a respeito da refinaria no Ceará, um projeto antigo para o Estado.
Com Ciro Gomes na equipe de governo, logicamente o Ceará quer abocanhar algumas regalias.
O Povo (Fortaleza, CE) ouviu a promessa de Dilma e escancarou na manchete. Seu concorrente Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) também escutou, mas desdenhou. A informação está escondida entre tantas metas de Dilma.
O Povo sentiu o cheiro do que interessa ao cearense. O DN dormiu no ponto.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ligado nos problemas da cidade


O Jornal da Tarde (SP), irmão mais novo e mais ágil do Estadão, deu hoje um exemplo de como estar ligado 24 horas por dia na cidade.

Há pouco mais de um mês uma pane no Metrô de São Paulo paralisou a cidade. Os passageiros invadiram os trilhos e o trânsito - do lado de fora - ficou infernal. Na versão da administração do Metrô, foi por culpa de uma blusa, presa a uma porta.

O JT não esqueceu o tema e hoje traz o laudo do Instituto de Criminalística que desmascara a desculpa furada do Metrô: o transporte parou por super lotação.

Quando um jornal vai a reboque apenas da agenda oficial - e das intermináveis efemérides (dia disso, dia daquilo) - o noticiário da cidade vai pelo esgoto.

Ponto para o JT, que olha de verdade para a cidade.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A mesma foto, o mesmo corte

A foto de Ricardo Stuckert é ótima. O fotógrafo oficial da presidência captou o momento em que Lula beija a cabeça da herdeira Dilma.
Virou capa de todos os jornais brasileiros.
Curioso é que nenhum, sabendo que a foto é pública, de divulgação, tenta mudar o corte para ser diferente.
A unanimidade venceu de Sul a Norte.







É cópia, mas vale o esforço


O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR) investe tudo na fila pelo transplante de órgãos.

Semana passada o Diário de S. Paulo (SP) deu capa para o mesmo tema. Até a manchete é parecida.

Não fosse pela importância do tema, o plágio seria condenável.

Um dia e meio de atraso


Anunciar na edição de segunda-feira que Dilma é a nova presidente do Brasil é um equívoco de quem esquece que outras mídias são mais rápidas que o jornal.

Mas dar em manchete na terça que o Brasil tem a primeira mulher presidente é, no mínimo, chamar o leitor de alienado do mundo.

A proeza é do Diário de Taubaté (Taubeté, SP), presença constante no Mídia Mundo pela sequência de erros jornalísticos.

Taubaté merece um jornal melhor.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A melhor capa do dia


A melhor capa do dia não é sobre Dilma Rousseff.
Fantástica ideia do Hoy (Chicago, IL), o jornal da comunidade latina.
Não há como não ler.

Dilma: orgulho na Bulgária


Dilma é capa do 24 Horas Daily (Sofia, Bulgária).
De família búlgara, a nova presidente (ou presidenta?) virou popstar nos balcãs.

Dilma: a vez da mulher

Muitos jornais destacaram o fato de Dilma ser mulher. Alguns foram criativos, como o Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC), A Tribuna (Santos, SP) e o Extra (Rio de Janeiro, RJ).
Outros foram apenas na obrigação, como o Diário do Grande ABC (Santo André, SP) e o Correio do Povo (Porto Alegre, RS).
Foi uma boa saída, ainda que previsível.

Dilma: o Lula de saias

Alguns jornais como O Estado de S. Paulo (SP), Diário de S. Paulo (SP), Agora (SP) e O Globo (Rio de Janeiro, RJ), interpretaram a vitória de Dilma como um golaço de Lula.
Detalhe inteligente de O Globo: a lista de promessas de Dilma, para recortar agora e cobrar no futuro.


Dilma: a pior de todas as capas


A Folha de S. Paulo (SP), jornal de maior circulação e respeito do Brasil, editorializou ao extremo sua cobertura pré-eleitoral. Adepta da candidatura Serra, a Folha esquentou supostos escândalos onde não havia e perdeu o rumo quando sentiu que todos os seus esforços não reverteriam a tendência do voto.

Hoje a Folha tinha tudo para se redimir e criar algo novo para a capa. Mas o que fez? Exatamente o que o Manual do Jornalismo Moderno proibe: o óbvio. É a pior capa entre os grandes jornais brasileiros. Seus jornalistas são pagos para pensar, para criar, não para oferecer ao leitor o quer todos já sabem.

Há alguém em São Paulo ou no Brasil que não sabe que Dilma ganhou? É preciso avisar algum leitor?

Lamentável. O ano de 2010 é para a Folha, de tão boa história, esquecer.

domingo, 31 de outubro de 2010

Segundo turno: os melhores


Não é preciso muita pirotecnia para fazer uma boa capa no dia das eleições.
O Diário de S. Paulo (SP) apenas editorializou a mensagem: nessa guerra de denúncias e agressões entre candidatos, o melhor é termos um só país, antes que a bandeira rasgue ou acabe mudando de cor.
Zero Hora (Porto Alegre, RS) pediu uma mensagem manuscrita para cada candidato, fazendo referência ao Rio Grande do Sul.
O Dia (Rio de Janeiro,RJ) mudou o foco das atenções para os eleitores, eles é que prometem em função de seus candidatos.
A Notícia (Joinville, SC) foi atrás de uma Dilma e de um Serra na cidade. Eles são os personagens, não os políticos. Verdade que a ideia é uma cópia da história de capa do primeiro exemplar do Diário de S. Paulo depois da reforma editorial e gráfica, em julho, mas as boas ideias podem servir de inspiração.
O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR) desdenha a eleição e toca em um tema muito mais importante para a cidade: os flanelinhas. Jornalismo local pode tudo,