Imprima essa Página Mídia Mundo: 2010-02-21

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Nota 10 para o Globe


Quando você tem duas semanas de jogos olímpicos em seu próprio país, chega um dia em que não há mais muito o que inovar.

As imagens se repetem.

Mas o The Globe and Mail (Toronto, Canadá) descobriu essa imagem fantástica para fechar com Nota 10 a cobertura dos Jogos de Vancouver.

Da série "alguém consegue explicar?"



Essa é a capa de hoje do jornal O Imparcial (São Luís, MA).

Lobão, Lobão, Lobão.

E o nome do jornal é O Imparcial.

Sem mais perguntas

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A morte anunciada


O governo italiano anunciou corte de verbas para a imprensa no exterior. Hoje a Itália financia jornais locais em idioma italiano pelo mundo.

O corte deve ser de 50%.

O Corriere Canadese (Toronto, Canadá) anunciou, então, sua morte, ainda sem data marcada.

A singela manchete é "informação interrompida", sobre um fundo preto.


Pioneiro se recuperou


Depois de uma queda pelo brega, o Pioneiro (Caxias do Sul, RS) conseguiu mostrar para serve.

A capa de hoje é um convite inteligente para que o leitor compareça à maior festa populr da cidade.

Acertou, dessa vez, o Pioneiro.

Dois ângulos da mesma imagem


Impressionante coincidência das imagens do Le Soleil (Québec, Canadá) e do La Tribune (Sherbrooke, Canadá).
O mesmo momento visto pelos dois lados.

O susto dos gaúchos


Imagine entrar na banca e todos os jornais estão iguais?
Não fosse o logotipo, um passaria pelo outro.
Hoje os gaúchos que foram às bancas escolher entre os concorrentes Zero Hora (Porto Alegre, RS), O Sul (Porto Alegre, RS) e Correio do Povo (Porto Alegre, RS) tiveram essa sensação.
A foto do presidente Lula olhando o Haiti do alto domina as três capas.
É "mais do mesmo" em estilo gaúcho.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Boa Extra!


Reportagem, imagem, denúncia, cidade.

Tudo isso está na capa do Extra (Rio de Janeiro, RJ).

Isso explica porque o jonal carioca está entre os 5 preferidos do Brasil.

Lula aqui e Lula lá


Se alguém reclama da mega exposição do presidente Lula nos jornais brasileiros, atenção.
Hoje ele está com Fidel Castro nas capas de Folha de S. Paulo (SP), Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e O Globo (Rio de Janeiro, RJ), entre tantos.
Mas Lula está em DUAS fotos na capa do Granma (Havana, Cuba), o jornal oficial do governo cubano, onde a imprensa não é livre.







Um dia de boas fotos também no Brasil


Uma boa foto é algo para se comemorar, atirar fogos de artifício, dividir uma torta de chocolate na redação.
Hoje Diário de Natal (Natal, RN) e Diário do Alto Tietê (Suzano, SP) trazem ótimas imagens que garantem uma capa de qualidade.
Os trabalhos dos foto-repórteres Fábio Cortez (do DN) e Maurício Builcatti (imagem de arquivo do DAT) são dignos de elogios.


Um dia de boas fotos nos EUA


Se a foto é boa e o editor de arte aposta, não há como fazer uma capa ruim.
É o que demonstram Connecticut Post (Bridgeport, CT), Daily News-Miner (Fairbanks, AK) e The Washington Post (Washington, DC).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Os erros de aplicação voltaram em Curitiba


O atentado à imagem ultrapassou o limite do aceitável.

A aplicação de texto sobre o lixo na matéria de capa da Gazeta do Povo (Curitiba, PR) é uma das intervenções da arte mais mal feitas no jornalismo brasileiro em 2010 até agora.

Simplesmente tapou um dos elementos fundamentais da foto, o próprio lixo. E de quebra escondeu as patas de um dos urubus.

É preciso parar de inventar moda.

Se a foto está preenchida o texto deve vir fora da imagem. Já bastou a aplicação da manchete, em uma área possível, no alto. Mas colocar o texto ali foi agressão demais para o olhar curitibano.

O problema crônico da Gazeta do Povo voltou.

A capa que não interessa ao leitor


O jornal A Razão (Santa Maria, RS) conseguiu produzir uma capa que deve ter sido muito bem recebida na prefeitura - e muito mal pelos leitores.

O Schirmer, da manchete, é o prefeito da cidade. Como prefeito sempre terá que o apóie e quem o deteste.

E claro que o político estará sempre prometendo mais. E mais. E mais.

Para valer a manchete só se Schirmer prometesse menos. E menos. E menos.

Ou A Razão recebeu promessas de novos anúncios da prefeitura (e mais, e mais, e mais), ou nada justifica tamanho erro editorial.

Uma foto falsa demais


Nessa o El Nuevo Día (San Juan, Porto Rico) se passou.

A imagem da mão segurando os cartões de crédito, em uma foto "tapa-buraco" mal produzida, é tão verdadeira como as risadas de fundo nos seriados de TV dos EUA.

Nesse caso, melhor uma capa gráfica, sem foto alguma.

Profetas do óbvio


Só há uma manchete inaceitável para os jornais brasileiros hoje: Paulo Octávio renuncia.
Esse é o óbvio, o velho, a notícia como se fazia no tempo do suicídio de Vargas.
Hoje é preciso dar algo mais, interpretar, olhar para a frente.
Mas dois tradicionais jornais brasileiros insistem com o velho, o desinteressante.
Os profetas do óbvio de hoje são O Estado de S. Paulo (SP) e O Popular (Goiânia, GO).
Por sorte ambos têm uma boa carteira de assinantes, uma vez que com essas manchetes a possibilidade de fiasco em bancas é alta.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

E aqui faltou editor de arte



O jornal Comércio da Franca (Franca, SP) acha que no design jornalístico "tudo pode" em benefício da informação.

Mas não é bem assim.

Essa manchete, com mais de 50 toques e em fonte condensada, não faz o menor sentido.

Faltou editor de arte.

Aqui tem editor de arte


O Frankfurter Allgemeine (Frankfurt, Alemanha) acaba de conquistar o prêmio da SND de jornais mais bem desenhado do mundo.

E no dia seguinte exibe ousadia para quem ainda duvidava de suas capacidades: a foto de um detalhe no uniforme de um piloto da Lufthansa, empresa aérea que entrou em greve e criou um caos nos aeroportos do país, é fantástica.

O corte é uma aula de edição.

A força da imagem


Show, don't tell.
As capas dos três jornais mineiros falam da greve.
Mas só um deles consegue mostrar seus efeitos.
Ponto para O Tempo (Belo Horizonte, MG), que superou Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) e Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG).


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

No jornalismo, tudo se copia

O design ousado e moderno do Correio Braziliense (Brasília, DF) fez escola.
Cinco dias depois de o jornal do Planalto Central contar uma história de outra forma na capa, agora o Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) copia a ideia. E, por pura coincidência, ainda vê o jornal El Heraldo (Tegucigalpa, Honduras) com o conceito de "capa pôster".



Ufa, anda bem que o jornal avisou



O pior sentido de inutilidade é passar recibo sobre a própria incompetência.

Quando o jornal O Estado do Maranhão (São Luís, MA) decide manchetear a cassação do prefeito de São Paulo na segunda-feira - sendo que esse fato aconteceu sábado - o jornal diz ao seu leitor que é inútil, que não serve para nada.

Imaginar que um só leitor não tenha sido informado das travessuras de Kassab por TV, rádio ou Internet 36 horas depois é dose para Sarney.

Que triste ser leitor no Maranhão e depender de um jornal como OEM.

Um exemplo de infografia premiada


Esta saiu no The Washington Post (Washington, DC) e levou medalha de prata na SND em uma das tantas categorias.

Dica do infografista Chiqui Esteban, do La Informacion.com e meu colega de Innovation.

Os vencedores da SND

Saiu o listão dos vencedores do mais importante prêmio de design jornalístico do mundo, os melhores do SND (Society of News Design).
Nesse ano os melhores do mundo são The New York Times (Nova York, NY), Frankfurter Allgemeine (Frankfurt, Alemanha) e Der Freitag (Berlim, Alemanha).
Não vale a pena discutir critérios, que sempre serão subjetivos. Importante é prestar atenção na imprensa alemã, por exemplo, que emplacou dois entre os três prêmio principais, e entender porque os brasileiros receberam apenas "honra ao mérito", nenhuma medalha de prata ou ouro.
Os brasileiros premiados (em ordem alfabética): A Crítica (Manaus, AM), A Tarde (Salvador, BA), Correio* (Salvador, BA), Correio Braziliense (Brasília, DF), Época (SP), Estado de Minas (Belo Horizonte, MG), Folha de S. Paulo (SP), O Dia (Rio, RJ) e Valeparaibano (São José dos Campos, SP).
A Folha de S. Paulo foi o brasileiro de maior destaque, com 15 classificações, entre páginas bem desenhadas e infografias.
A lista dos vencedores está aqui.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Faltou enxergar a notícia

A imprensa paulistana já viveu dias melhores.
O prefeito da cidade é cassado e a informação é clandestina na esmagadora maioria dos jornais de São Paulo.
O Jornal da Tarde (SP) foi o único que soube considerar a importância do fato. E fez o certo, deu na manchete.
A Folha de S. Paulo (SP) deve ter fechado cedo demais e ignorou o fato. OK, jornais em papel podem fazer isso, se a pressão do industrial assim exigir. Importante é seguir no site e a Folha fez isso.
Mas a calamidade vem com O Estado de S. Paulo (SP).
O primeiro clichê já estava fechado quando chegou a informação.
Os editores correram para incluir na edição de domingo e mudaram a capa no segundo clichê. Só que deram apenas uma modesta e escondida chamada lateral, mantendo o piloto-automático ligado, com a matéria mais que manjada do lançamento da candidatura de Dilma Rousseff.
O Estadão em um só movimento consegue errar duplamente, ao decidir apostar por Dilma e desdenhar Kassab.
A imprensa paulistana já viveu dias melhores.


Uma tragédia em português


Não é no Haiti ou em Machu Picchu.

Agora as chuvas arrasaram a belíssima Ilha da Madeira, um oasis português a poucas milhas da costa da África.

Lá vivem muitos brasileiros.

É hora de a imprensa brasileira prestar atenção no que passa no Funchal e arredores.

Uma tragédia, como bem conta o Diário de Notícias (Funchal, Madeira), jornal de referência da Ilha.

Ucrânia em Araçatuba


Alguém sabe o que aquela simpática moça com uma enorme trança sobre o penteado está fazendo na capa da Folha da Região (Araçatuba, SP)?

A moça em questão é a primero-ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko, uma das líderes da Revolução Laranja, que mudou o país no início da década.

Yulia disputou - e perdeu - as eleições pra a presidência, há 20 dias.

A Ucrânia é um dos países do Leste Europeu e por mais imigrantes que possa ter no Brasil não chega a ser um dos parceiros importantes do país.

Nem de Araçatuba.

Então, o que faz Yulia na capa da Folha da Região?