Imprima essa Página Mídia Mundo: 2013-01-27

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Edição de fim de semana


No Canadá o jornal de domingo já era.

Pelas dificuldades de distribuição, turnos de trabalho, avanço das redações digitais e economia, vários jornais já estão com a edição de sábado calibrada, com matérias especiais e muita informação.

É a edição de fim de semana, uma tendência que cresce também na Europa e que logo chegará ao Brasil.



Como?


Segundo a Folha da Manhã (Passos, MG) a Santa Casa "capta" coração e pulmão.

Capta?


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Pauta

Renan Calheiros foi eleito presidente do Senado com o voto de 56 senadores.

Renan Calheiros é qualquer coisa, exceto ficha-limpa.

Jornal que pensa no leitor publica amanhã a relação dos 56 senadores que votaram em Calheiros - com foto, e-mail e telefone. Uma matéria de serviço para que os leitores não esqueçam.

Fica a dica. Ainda há tempo para a edição de amanhã.

A dúvida de Época


A revista Época (SP) ficou em dúvida sobre qual capa deveria ir às bancas.

A versão da esquerda foi a aprovada.

Muitos designers e editores preferiam a outra.

Dica de Renata Maneschy e de seu Design 2000, via Facebook

Homenagem do CB


Nunca é tarde para lembrar da tragédia de Santa Maria.

Hoje o Correio Braziliense (Brasília, DF) faz a capa que bem poderia ter sido publicada segunda-feira.

Mas antes tarde do que nunca.

O único problema é que quando o jornal chegou à casa do assinante, já eram 236 as vítimas.

A pauta escondida na manchete


Chega a ser cômico um jornal ter a manchete que provoca a pauta - e ficar em silêncio.

O Estado do Maranhão (São Luís, MA) fala que 80 casas de shows serão vistoriadas.

A pauta: Por que não eram antes? Quem é negligente? Quem autoriza o funcionamento delas? O que dizem os bombeiros? Por que a prefeitura é tão omissa?

Mas no jornal da família Sarney dificilmente isso terá consequências.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O bom e o mau exemplo


O preço da gasolina subiu. Já não era notícia, afinal foi anunciado dias antes. Mas ontem chegou nas bombas.

Como cobrir?

O Popular (Goiânia, GO) monta uma nuvem de tags com o efeito cascata que o reajuste terá: onde o leitor sentirá no bolso.

Folha da Manhã (Passos, MG) produz uma absurda "foto artística" de um bombeiro em ação, como se isso fosse informação ao leitor. Mas não, é apenas roubar espaço editorial com uma imagem que não diz nada.

Mesmo em problemas editoriais que parecem sem saída, há sempre uma solução criativa. Basta pensar.

Mas pensar exige talento.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dedo na ferida


Jornais, como parceiros do leitor, devem contar, esclarecer e fiscalizar.

Zero Hora (Porto Alegre, RS) faz um trabalho exemplar de cobrar da justiça respostas ao massacre de Santa Maria. Nada de aceitar o jogo de empurra das autoridades.

Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) descobre que o teatro mais importante da cidade - usado pela prefeitura - não tem alvará dos Bombeiros e ainda tenta, às pressas, disfarçar suas deficiências - com a bênção do prefeito.

Dois exemplos de como seguir uma tragédia 72 horas depois do ocorrido.

Era para ser engraçado?


Piada sem graça na capa do Hora de Santa Catarina (Florianópolis, SC).

É hora de melhorar o repertório.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Humor sem graça e infeliz


A pior charge da história do jornalismo gaúcho saiu publicada em Zero Hora (Porto Alegre, RS).

Se o jornal tiver um pouco de sensibilidade e auto-crítica deverá fazer um pedido de desculpas aos leitores e às famílias das vítimas de Santa Maria.

Samba do jornal doido


Incrível como dois jornais concorrentes conseguem afirmar exatamente o contrário.

Para o Diário do Alto Tietê (Suzano, SP) a cidade aprova a estação provisória. Já segundo o Diário de Suzano (Suzano, SP) o cidadão quer mudanças.

Tem gato na tuba? Será que tem algum interesse escondido em uma das reportagens?

Dica de Luiz Domingues, que além de atento jornalista é o orgulhoso pai do Lucas

O dia seguinte em três imagens


O dia seguinte de uma grande tragédia é de luto. E a tarefa de traspor o clima às páginas de um jornal - que sairá ainda mais tarde - é tarefa dura.

A fotografia é um aliado poderoso nessas horas.

Hoje Gazeta do Povo (Curitiba, PR), na imagem de Edison Vara, da Reuters, A Tribuna (Vitória, ES), na foto da Agência Folha, e O Vale (São José dos Campos, SP) com a Agência Efe resumiram o sentimento de todo o Brasil.



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Deu no NYTimes e até no Kuwait


A tragédia de Santa Maria ultrapassou todas as fronteiras.

Deu no The New York Times (Nova York, NY), No Clarín (Buenos Aires, Argentina), no Usa Today (McLean, VA), no Daily Tribune (Manama, Bahrein) e no Arab Times (Shuwaikh, Kuwait).

E em vários outros jornais do planeta.






Os melhores do Brasil


É preciso ter calma, serenidade e ainda fazer o sexto sentido funcionar quando se mergulha em uma tragédia das dimensões da de ontem e se quer produzir uma grande edição de jornal no dia seguinte.

Não é fácil ter A idéia.

Dois jornais brasileiros conseguiram dar um passo a mais que o normal.

Zero Hora (Porto Alegre, RS) eliminou a manchete e, sobre um fundo negro, apenas uma foto que conta tudo sem revelar rostos de ninguém. Sob o chapéu estão os quase 250 jovens mortos.

Notícias do Dia (Florianópolis, SC) fez exatamente o contrário - e brilhou. São as fotos sorridentes e cheias de vida de 80 vítimas da tragédia. A manchete é sutil: Eles não voltaram para casa.

Dois magníficos exemplos de jornalismo de primeira, que se destacam entre as mesmices e bobagens da imprensa brasileira em geral.


Quantos?




É incrível a falta de precisão da imprensa brasileira. Ninguém se dá conta que em uma tragédia como a de Santa Maria o número de vítimas pode variar bastante, é difícil se preciso nas primeiras horas.

Hoje o festival de erros começa com 230 mortos, vai a 231, 233, 234 e 248.

Segundo a prefeitura de Santa Maria, o número oficial hoje, às 10h30min, é 236.