Imprima essa Página Mídia Mundo: 2015-11-08

sábado, 14 de novembro de 2015

A morte do segundo clichê


Foi-se o tempo em que o papel era dono da notícia. Os atentados em Paris marcam a separação definitiva do que é breaking news e o que é impormação aprofundada.

E o fim do segundo clichê.

Le Monde (Paris, França), o mais importante jornal francês, e La Croix (Paris, França), a voz religiosa dos franceses, não mudaram a edição já fechada de sábado. Apesar de parecer estranho, o leitor desses diários receberam hoje informações que em nada tem a ver com os atentados de ontem.

Mas curiosamente é o site do Le Monde quem melhor está cobrindo o desenrolar dos fatos.

Sinal dos tempos.

Luto nas capas francesas


As capas dos jornais franceses falam por si.

O atentado ocorreu quando as edições já estavam fechadas (ou quase). Mas a criatividade e a agilidade jornalísticas serviram para marcar o dia terrível.





quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A censura explícita da Venezuela

Os três principais jornais da Venezuela adotam linhas editoriais tão diferentes que parecem publicações de países distantes.

Últimas Notícias (Caracas, Venezuela), líder de vendas, comprado há quase dois anos por um grupo ligado ao banqueiro que financia o governo Nicolas Maduro, traz uma informação a respeito do presidente da capa: um posicionamento de Maduro para que o preço do petróleo dispare.

El Universal (Caracas, Venezuela) já foi o jornal de oposição. Pressionado pela dificuldade em importar papel, acabou vendido a outro grupo - ligado a investidores espanhois desconhecidos, segundo versão oficial - no ano passado. Hoje é um festival de releases em assuntos que interessam a presidência.

El Nacional (Caracas, Venezuela), que até já sofreu atentados para deixar de "perseguir" o presidente e outros chavistas, pelo menos fala dos assuntos que interessam aos venezuelanos: três processos contra Nicolas Maduro na Corte Internacional de Haia e prisão do afilhado de Maduro por tráfico de cocaína. Efrain Campos Flores tentava levar aos EUA quase uma tonelada da droga. Quando recebeu ordem de prisão apresentou passaporte diplomático venezuelano.

Se isso não é notícia...