Imprima essa Página Mídia Mundo: 2011

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um super 2012!

É hora de olhar o mundo longe das páginas dos jornais.
Mídia Mundo descansa por alguns dias e terça que vem, dia 03, está de volta.
Abração e um maravilhoso 2012 para todos!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A notícia que derruba o planejamento

A Casa Rosada - sede do governo argentino - anunciou a doença da presidenta Cristina Kirchner pouco antes das 21h de ontem.
Naquele horário 90% dos jornais locais já tinham a capa pronta, esperando só por algo muito fora do comum para apertar o botão e enviá-la à produção.
E aconteceu.
Aí começou o corre-corre.
O resultado é um festival de manchetes idênticas na Argentina. Não houve tempo para pensar em algo diferente.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A pauta que ninguém faz


A foto de capa de O Estado de S. Paulo (SP), de José Patrício, é um aviso de que o jornalismo está no caminho errado.

Não basta mostrar a interminável fila de automóveis de São Paulo em direção ao litoral. É preciso contar o porquê desse escândalo.

O motivo é simples: a infra-estrutura das capitais brasileiras não suporta tamanho volume de veículos. E governo depois de governo distribui benefícios para que novos veículos saiam da linha de produção.

Acontece que as montadoras - e revendas -  representam uma gorda fatia da torta de anunciantes dos jornais. Ou seja, não interessa ao bolso dos jornais criticar o absurdo excesso de carros nas ruas.

O fim dessa história está na foto: engarrafamentos e perda de qualidade de vida. Que pena.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O melhor ângulo de Kate

Basta entrar na banca e escolher. A princesa Kate está em todas.
Nas capas do The Times (Londres, UK), The Daily Telegraph (Londres, UK), The Guardian (Londres, UK) e do Daily Mail (Londres, UK).
Em dia de família real não tem para mais ninguém na Inglaterra.





sábado, 24 de dezembro de 2011

Tudo por um Natal menos careta

Um Natal menos careta Só isso.
Não é preciso muito. Basta barrar das capas dos jornais quadros de Jesus com uma linguagem clássica, como fez o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS), o Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS) e o Jornal do Commércio (Recife, PE). Essas imagens, típicas dos tradicionais cartões de Natal de outrora, estão fora de moda.
É preciso eliminar também fotos de atores representando o presépio - sem nenhuma credibilidade -, como fez o Diário do Pará (Belém, PA). Ou alguém enxerga os reis magos na foto?
E mais do que tudo é necessário acabar com fotos de artistas "arroz-de-festa" ao lado de mais um namorado e da árvore, uma imagem que só interessa à própria atriz em fase de decadência, como em O Dia (Rio de Janeiro, RJ). Essa é de última.












sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Gordo de Natal


A loteria de Natal na Espanha é tão esperada que nenhuma matéria é mais importante que ela.

Tanto que os jornais Segre (Lleida, Espanha) e Diari D'Andorra (La Vella, Andorra) deram capa monotemática com os resultados do sorteio.

O Libé de soluções


O Libération (Paris, França) é o jornal mais surpreendente do país de Sarkozy.

Para comemorar o Natal, a edição de hoje vem com um suplemento especial sobre soluções originais e inovadoras para problemas crônicos.

A capa resume o conteúdo: simples e original.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O último ato de Bosco


O editor de arte do Correio Braziliense (Brasília, DF), João Bosco, morreu nesta madrugada.
A capa acima foi a que recebeu o Prêmio Esso 2005. Mas Bosco era um colecionador de prêmio e de grandes soluções gráficas.
Mídia Mundo publicou mais cedo, sem saber do falecimento, a capa de hoje do CB: genial, como outras tantas vezes.
Bosco era da escola dos criativos, dos que não se contentam com a mesmice, dos que acreditam que design é informação.
Sem dúvidas Bosco vai deixar saudade.

A comparação do dia

O que um jornal pode fazer quando recebe um dado estatístico oficial?
Uma redação acomodada apenas registra o fato, sem grandes questionamentos.
Uma redação criativa transforma o dado em uma grande matéria, de impacto.
A redação é a usina de refinamento de informações. Se fosse para publicar apenas releases não seria preciso um grupo de jornalistas.
O Correio Braziliense (Brasília, DF) mostra hoje como ser inteligente e refinar a informação com qualidade.
O Jornal de Brasilia (Brasília, DF) pratica o jornalismo da preguiça com o mesmo dado.

A sacada do dia

Se os vereadores aprovaram 35% de aumento às escuras, o jornal precisa repercutir. E com inteligência.
Foi o que fez o Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC), que buscou nas redes sociais a reação do cidadão.
A arte simples é um complemento à ótima sacada do jornal.

A foto do dia

Até o sorriso da moça da foto é empolgante.
Favelada, sim, mas com dignidade.
A imagem de Victor Moriyama na capa de O Vale (São José dos Campos, SP) é, sem dúvidas, a melhor foto sobre favelas (manchete de pelo menos metade dos jornais brasileiros hoje) do dia.
O impacto é imediato.

O gráfico do dia

Nada de enfeites ou penduricalhos.
O gráfico que apoia a manchete de O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR) é simples e direto. E melhor que tudo, é informativo, visual, rápido.
Basta o leitor botar o olho que entende o que a manchete quer dizer.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Laís merecia mais

A bela Laís Gabrielle Victor é a nova Garota Ver Mais, concurso de beleza promovido por uma TV de Joinville. Até aí, tudo bem.
Mas se o jornal Notícias do Dia (Joinville, SC) queria dar um fotão da moça, por que não levou-a a algum ponto da cidade mais interessante que esse cenário improvisado e mal enquadrado?
O logo do concurso está tapado pelo corpo de Laís.
O estrado vermelho está amarrotado.
O painel ao fundo está amassado e aparecem os grampos.
Apesar do sorriso simpático da menina, o jornal poderia ter feito melhor. Laís merecia muito mais.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O personagem do ano



Está na capa da revista Time (Nova York, NY).
O personagem do ano é o anônimo que protesta nas praças do Cairo e na frente da Bolsa de Nova York.
É o cidadão que fez a diferença em 2011 e que buscou na ruas os seus direitos.

Manchete deve ser clara


Faltou clareza e precisão no Jornal do Commercio (Recife, PE).
A manchete fala do mesmo tema de 9 entre 10 jornais brasileiros - o prazo de uma semana que os planos de saúde agora têm para atender seus associados.
Mas a maneira pouco clara de contar isso acaba por deixar o leitor com novas dúvidas: 
Prazo? Que prazo?

sábado, 17 de dezembro de 2011

O confete é maior do que o fato



A Folha da Região (Araçatuba, SP) destaca hoje, com enorme espaço na capa, o lançamento da biografia de Genilson Senche, ex-propritário do jornal.

Nada contra o personagem, afilhado político de Paulo Maluf e candidato derrotado à prefeitura de Araçatuba por mais de uma vez, ou contra o livro.

Mas o jornalismo contemporâneo não permite mais que se utilize espaço nos veículos de comunicação em causa própria.

Ao destacar a obra na capa, a Folha da Região sonega informações relevantes da cidade e joga confete onde não devia.

Legislar em causa própria é um erro inaceitável, com inevitáveis consequências.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Escolha sua imagem da enchente





A região metropolitana de Belo Horizonte foi castigada com uma enxurrada como há muito não se via. É claro que a tragédia está na capa dos três concorrentes da cidade.
O Estado de Minas (Belo Horizonte, MG), Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) e O Tempo (Belo Horizonte, MG)optaram por uma foto da paisagem devastada para apostar.
Qual a melhor imagem?
Difícil dizer, mas manda a lei do jornalismo moderno que se procure colocar vidas nas fotos. Há boas imagens do EM e no HED que não foram abertas (pessoas caminhando em meio à correnteza).
Quando se tem muitas fotos de qualidade fica difícil definir a ideal.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Dia caiu na armadilha


O verbo número 1 do bom jornalismo é "desconfiar".
Muitas verdades parecem, mas não são.
É preciso apurar, apurar, apurar de novo e ainda checar.
Não foi isso que O Dia (Rio de Janeiro, RJ) fez. Ao ver o pescoço de Ronaldinho Gaúcho carregado de metais dourados decretou: é ouro. Mais, avaliou em R$ 300 mil e contou na capa de hoje, para todo o mundo ver.
Mais pé no chão, o Extra (Rio de Janeiro, RJ) foi atrás da história das correntes douradas. Descobriu que o jogador gostou do que viu em uma vitrine e ganhou de presente do dono da loja. Tudo falso. Se fossem de ouro, segundo o jornal, as correntes valeriam cerca de R$ 250 mil. Mas são bijuteria pura, sem qualquer valor.
O Dia não conferiu e dançou.
Extra apurou, checou e não caiu na armadilha.

PS: dica do colega e "perdigueiro" Eduardo Caliman

Jornalismo de pouca criatividade

Impressionante a falta de criatividade jornalística dos dois jornais de Mogi, Mogi News (Mogi das Cruzes, SP) e O Diário (Mogi das Cruzes, SP).
Bastou que se divulgasse a pesquisa de PIB do Brasíl para o assunto virar manchete. Nos dois.
Mogi está em primeiro? No Top Five? Entre os 10?
Não, a cidade é número 59!
E isso é manchete?
Sem comentários.

Sem seriedade


Incrível a falta de seriedade do Diário do Pará (Belém, PA).
Explode na capa a decisão do STF em reconduzir o cassado Jader Barbalho ao Senado.
Jader, como se sabe, é dono do jornal.
Um absurdo.
Zero de isenção jornalística.

Sem firulas



Um infográfico precisa ser fácil de ser entendido pelo leitor. Não precisa perfumarias. Por isso A Tarde (Salvador, BA) acertou ao publicar um info na capa que não precisa explicações.
Basta colocar o olhar e entender.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Chance perdida em Franca


A informação do Comércio da Franca (Franca, SP) é extremamente relevante: recorde de roubo de carros na cidade.

Mas a apresentação gráfica pecou.

A foto é de automóveis na rua. Algum sendo roubado? Não.

A palavra em destaque na manchete é NUNCA, mas o elemento que resume a ação é ROUBOU.

Da maneira como chegou às bancas, a informação ao primeiro olhar é que nunca houve tantos carros estacionados em Franca.

O erro na concepção do tema principal matou a grande aposta do jornal.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mosaico de rostos


Isso sempre funciona, melhor ainda quando bem editado como na capa do Boston Herald (Boston, MA).

Os rostos da ocupação. São os jovens que acampam em locais públicos para protestar.

Patriotas ou idiotas? Essa é a questão que o jornal levanta.

Fundamental para o bom gosto da capa foi trabalhar apenas com preto e branco e com o mesmo corte.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A Time sempre acerta


Mais uma ótima capa da revista Time (Nova York, NY).

Carro é uma paixão nacional nos EUA.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Faltou pouco - II


A parte alta da capa do Comércio da Franca (Franca, SP) está perfeita: com leveza consegue tratar o pesado caso do duplo assassinato seguido de suicídio que chocou Franca.

Mas na parte de baixo da capa a vontade de publicar muitas imagens foi um gol contra. As melhores imagens são os detalhes.

A foto principal é a pior delas, onde os olhos do leitor acabam invariavelmente em um rapaz anônimo com a camiseta da Argentina e olhando seu celular.

Faltou edição gráfica.

Faltou pouco.

Faltou pouco - I


A Câmara de Uberlândia reajustou em 54% o salário dos vereadores. A vergonha chocou a cidade.

O Correio de Uberlândia (Uberlândia, MG) fez muito bem ao publicar o rosto e o voto de cada um dos 21 vereadores que legislaram em causa própria (16 votaram "sim").

Só faltou o jornal se posicionar, descendo do muro. A manchete não poderia mais ser o fato em si, mas a revolta do cidadão.

Faltou pouco.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Trofeu Cédula de R$ 3

Um conhecido editor de fotografia brinca que uma foto "verdadeira como uma cédula de 3 dólares" não deve nunca ser publicada.
Pois Diário Catarinense (Florianópolis, SC) e Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC), os dois da RBS, hoje ataca com uma imagem tão "quente" como uma cédula de 3 reais.
Tudo é falso na foto: a modelo-surfista, a prancha limpa que exibe a gigantesca marca (alô, alô merchandising!), a luz rebatida que deixa a menina iluminada artificialmente, a água jogada para cima como se fosse uma onda.
O leitor evoluiu, já não cai em qualquer arapuca.
Os catarinenses pisaram na bola.


A foto caça-níques


A foto de capa de O Fluminense (Niteroi, RJ) é quase um insulto aos leitores do jornal.

Prefeitura e Caixa Federal fecharam um acordo para construção de 454 casas populares. Aliás, essa é a razão primordial da Caixa, ou seja, a instituição cumpriu sua lógica de trabalho.

Mas publicar uma imagem do prefeito, do ministro Moreira Franco e do superintendente da Caixa na região, os três olhando para outro fotógrafo, é uma aberração.

Tudo está errado na imagem, até mesmo o reflexo do flash no banner amarrotado da Caixa.

Um dia para esquecer em O Fluminense.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Que manchete infeliz!


A manchete do Diário do Grande ABC (Santo André, SP) é tão ruim que nem merece comentários.

A estrutura está errada, bem como a precisão da informação.

O tema é bom, mas o jornal perdeu a chance.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Duas grandes fotos

A grande foto jornalística pode ser o flagrante ou a plasticidade informativa.
Hoje A Gazeta (Vitória, ES) traz uma maravilhosa imagem de Nestor Muller que, por si só, revela o drama das enchentes na cidade.
Já o Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) tinha Jandyr Nacimento no lugar certo para testemunhar o drama dos operários pendurados no andaime.
A boa foto é jornalismo da melhor qualidade.