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segunda-feira, 3 de junho de 2024

Ufa, enfim os impressos gaúchos entendem as audiências

Demorou.

Por muitos e muitos anos os impressos gaúchos consideravam que suas audiências estavam fora do planeta Terra. Alienados.

Por isso insistiam com capas de segunda-feira com notícias de sábado, principalmente resultados do futebol.

É humanamente possível imaginar um torcedor de Grêmio ou Internacional esperando a segunda-feira para saber quanto foi a partida de sábado, certo????

Pois bem, Zero Hora (Porto Alegre, RS) começou esse movimento absurdo, logo copiado pelos demais gaúchos. E virou escola.

Hoje, pela primeira vez em muito tempo, Zero Hora apresenta uma capa com conteúdos relevantes para as audiências. Sem o futebol de sábado. Um impresso bem melhor e necessário.

Verdade que o Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS), da mesma RBS, segue a cartilha anterior (que desastre...). NH (Novo Hamburgo, RS) o mesmo (lamentável) e o Correio do Povo (Porto Alegre, RS) tenta esconder, mas também publica fotos do futebol de sábado.

Quem sabe essa irrelevante realidade das segundas começa a mudar, enfim, com o Zero Hora de hoje?




 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Jornal gaúcho fecha posição contra veto de Lula à desoneração


O Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) publicou editorial de capa pedindo que os deputados derrubem o veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Segundo o jornal, se os benefícios fiscais desaparecerem, pelo menos 20 mil empregos do setor calçadista - fundamental na região gaúcha - estarão ameaçados.

Trata-se de uma posição política, alinhada com a oposição e com as propostas da direita. A direita, aliás, costuma ter sucesso na região calçadista.

Cabe ao Jornal NH agora explicar os custos da cadeia produtiva que fazem o preço do calçado subir ou cair. Por exemplo, a matéria-prima, o câmbio, a estrutura, o valor agregado, e, por fim, o material humano. Quanto do preço final de um calçado depende do custo da folha de pagamento? O que, realmente, impacta?

Comprar a versão dos empresários não é correto com os leitores. Jornalismo significa investigar, mostrar em números o que há de verdade. Da maneira como foi publicado hoje, o NH apenas repete o argumento do empresariado e posiciona-se contra uma medida que, segundo versão oficial, apenas equilibra a política fiscal para todos os setores, sem beneficiar este ou aquele. E ajuda a abater o déficit, o que também parece ser importante para o país.

Agora a tarefa de esmiuçar o assunto está nas mãos do Jornal NH. Aliás, o próprio NH é beneficiado pela desoneração, já que um dos 17 setores beneficiados é o das comunicações.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Tragédia gaúcha nos impressos


Quando a tragédia grita, é preciso dar um passo atrás no planejamento, arregaçar as mangas e trabalhar tudo de novo. Assim é o jornalismo. Assim funcionam os impressos. Ou deveriam funcionar.

A enxurrada que devastou cidades e mais cidades do Rio Grande do Sul já matou 5 pessoas. Muita gente perdeu tudo. Um caos.

Os impressos locais bem que tentaram. Correio do Povo (Porto Alegre, RS) publica um fotaço, mas resolve manter outra imagem na capa sobre uma premiação menor. Zero Hora (Porto Alegre, RS) aposta em uma ponte que ruiu, mas dedica manchete a outro assunto. O mesmo que o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS), que ainda tenta contemplar outras cidades publicando um mosaico de minúsculas fotos - e tira a atenção do principal.

Curiosamente Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) fazem o bê-a-bá e destacam a tragédia na parte alta, sem deixar dúvidas de qual é a aposta do dia.



 

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Em que cidade se edita o Zero Hora?

 
Há algo muito estranho pelos lados do jornal Zero Hora (Porto Alegre, RS). O líder entre os gaúchos esqueceu de destacar a informação que preocupa 10 entre 10 leitores: o ciclone que está passando pelo Estado hoje. Parece que ZH não é editado na capital do Rio Grande.

Correio do Povo (Porto Alegre, RS) apresenta um excelente material gráfico sobre o fenômeno na capa, nenhuma dúvida de que se trata do grande assunto do dia. JornalNH (Novo Hamburgo, RS) é mais discreto, mas fala do ciclone na manchete.

Zero Hora prefere publicar foto do militar calado de Brasília e destacar números de inflação. Esqueceram que não se deve brigar contra a notícia. Mais um motivo para a incessante perda de assinantes.


 

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Dinheiro é sempre bem-vindo


A penúria dos impressos obriga que empresas façam algumas ginásticas, nada simpáticas ao leitor.

No interior de São Paulo e no Rio Grande do Sul, as capas dos jornais estão tomadas por "santinhos". Às vezes com certo exagero.

A Cidade (Votuporanga, SP) ficou sem capa, 100% ocupada por publicidade. Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) limitou ao terço inferior.

No Sul, Jornal NH (Novo Hamburgo, RS), Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e Zero Hora (Porto Alegre, RS) bateram nos 50%. Parece exagerado, mas o "Deus-Dinheiro" falou mais alto.




segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Um suspiro de jornalismo em UMA capa gaúcha


A falta de visão jornalística dos impressos gaúchos já foi tema de posts aqui no Mídia Mundo. O piloto-automático ainda opera nas edições de segunda-feira, em nome da neutralidade. Mas hoje um jornal conseguiu romper a escrita, enfim.

Ontem os dois grandes times do Rio Grande do Sul jogaram. O Inter, líder do campeonato, a duas partidas de um título que não chega há mais de 40 anos, venceu de novo. O Grêmio, já sem chances, jogando mal e focado na decisão da Copa do Brasil daqui a duas semanas, perdeu de novo.

Os jogos não são iguais. Um decide título, o outro é quase amistoso. O que fazem Zero Hora (Porto Alegre, RS), Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) e Jornal NH (Novo Hamburgo, RS)? Dão pesos iguais na capa às duas partidas, como se isso fosse agradar colorados e gremistas. Pura ilusão.

Mas o Correio do Povo (Porto Alegre, RS) finalmente entendeu que há dois pesos e duas medidas. Ufa. Pelo menos um gaúcho acerta na aposta de capa.

PS: o Fluminense ontem conseguiu a classificação para a Taça Libertadores da América, depois de muitos anos. O Vasco está quase rebaixado. Mas nas capas dos jornais do Rio de Janeiro é só Flamengo, que afinal disputa o título brasileiro. Ou seja, há critérios editoriais entre os cariocas.


 

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

As capas equivocadas - outra vez - dos impressos gaúchos

A escola gaúcha de edição clichê de capas segue na ativa.

Ontem jogaram as duas principais equipes de futebol de Porto Alegre. O Grêmio, à tarde e em casa, poderia até empatar para se classificar - e ganhou por 2 a 0 do Cuiabá, em um jogo fácil. Já o Inter, à noite, precisava vencer o América em Belo Horizonte para sonhar com algo. Venceu aos 49 do segundo tempo, no último lance. E perdeu na sétima cobrança do desempate por pênaltis.

Ou seja, as partidas não eram iguais em horário, em necessidade/dificuldade, tampouco no roteiro dos 90 minutos e nem no desfecho. Fatos desiguais merecem tratamentos diferentes.

Mas Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS), Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) pecaram pelo excesso de planejamento, ignoraram a realidade dos fatos e ofereceram aos leitores capas absurdas, onde o "peso" de cada equipe local deve estar equilibrado.

Tremenda bobagem. Chega a ser um descaso com a inteligência do leitor.

E a circulação? Baixando, é claro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Mais neutralidade burra no Sul

Outra segunda-feira, outra vez a neutralidade burra nos impressos gaúchos.

O Internacional disputou uma "final antecipada" contra o Flamengo. Os dois líderes em um jogo eletrizante, decidido aos 50 minutos do segundo tempo.

Grêmio - apenas no meio da tabela - foi com os reservas enfrentar o Athlético do Paraná, equipe da zona de rebaixamento.

O que fazem os impressos gaúchos? Espaços iguais. Ou seja, não conseguem admitir que as partidas não têm o o mesmo peso, a mesma importância. Mesmo que ambas valham os mesmos 3 pontos, uma define a liderança do Brasileirão. A outra absolutamente nada - com uma equipe descaracterizada.

Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS), Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) e até o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) oferecerem os famigerados "espaços iguais" às duas equipes. Negam-se a pensar como um jornalista deve pensar: priorizações, escolhas, hieraquias.

PS: no post Neutralidade Burra, da semana passada, que mostrava exatamente a mesma coisa 7 dias atrás, recebi um comentário alegando que isso ocorre para agradar o assinante, que do contrário cancelaria sua assinatura. Pois devo dizer que esse tipo de justificativa não faz o menor sentido. Os assinantes estão fugindo pela baixa qualidade dos impressos, que insistem em praticar erros como essa pseudo-neutralidade. É preciso ter coragem para decidir, enfim, o que é mais importante. E descer do muro.



 


segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Dia das Crianças lembrado por poucos



Apesar da pandemia e do isolamento social, o 12 de outubro ainda é Dia das Crianças.

Poucos jornais lembraram. Entre as honrosas exceções, o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) e o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG).

Boas pautas. Um olhar de futuro e uma visão de presente.

domingo, 29 de setembro de 2019

Um jornal-revista de fim de semana


Na esteira do relançamento do Jornal NH (Novo Hamburgo, RS), vale encher os olhos com o novo produto de fim de semana do Grupo Sinos: ABC.

Pela capa, que trata dos imigrantes da região gaúcha, já dá para se antever a qualidade da publicação. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Jornal NH de cara nova


O mais importante jornal do interior gaúcho (possivelmente um dos maiores do país fora das capitais) está renovado. O Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) chegou aos assinantes hoje com um desenho moderno, para coroar a virada editorial desenvolvida nos últimos meses (ESQ: última edição do velho modelo. DIR: nova que saiu hoje).

Mais limpo, mais analítico, mais profundo, o impresso passa a viver harmonicamente com a nova operação digital (também renovada). Um complementa o outro. E a redação integrada faz com que tudo funcione na hora certa para a audiência correta.

Sábado o ABC vira produto de fim de semana (hoje é dominical), enquanto amanhã vai às ruas o Jornal de Gramado. Semana que vem será a vez do Jornal VS, do Diário de Canoas e do Correio de Gravataí.

A grande mudança é no modelo editorial e nas estratégias impresso-digital. Isso permitirá vida longa aos produtos do Grupo Sinos. Novas fontes de receita, novas potencialidades comerciais, novo jeito de encarar a audiência.

PS: tive a honra de coordenar o processo de mudança dos jornais do Grupo Sinos, junto aos profissionais da empresa. O desenho é do meu colega espanhol Antonio Martín. Um agradecimento especial a todos do GES que permitiram que o projeto prosperasse.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

O prazer de se ler um jornal


No aniversário da imigração alemã no Rio Grande do Sul, edições de luxo dos jornais NH (Novo Hamburgo, RS) e VS (São Leopoldo, RS).

Só desenhos, produzidos por artistas locais.

Nenhuma foto.
Atitudes como esa resgatam o prazer de se ler jornal.

Golaço dos jornais do Grupo Sinos. Os leitores agradecem.


quarta-feira, 10 de julho de 2019

Muda a embalagem, mas o conteúdo segue envelhecido


Não há sensação pior a um consumidor do que se sentir enganado. Por exemplo, quando o chocolate ruim muda o rótulo e avisa que agora o sabor está melhor - mas a sensação é de chocolate velho, o mesmo de antes - a decepção é grande.

Quando se anuncia aos leitores uma mudança de projeto gráfico e editorial, alinhado com os desejos da audiência, se espera que vícios de um jornalismo antigo e surrado desapareçam. Mas não é o que acontece com o Zero Hora (Porto Alegre, RS).

Ontem foi apresentado o novo projeto gráfico de ZH (na verdade um lifting, uma evolução de mudanças recentes) e anunciado em 5 páginas, com alegadas enormes novidades.

Hoje, a chamada para um acidente de trânsito que ocorreu no final da manhã de ontem em Novo Hamburgo - e que matou uma família é...."Família morta em acidente". Como é?

Qual leitor do jornal gaúcho ficou sabendo somente hoje do acidente, sendo que a tragédia foi bombardeada pelo próprio site de ZH, redes sociais, rádios do grupo RBS e pela TV durante todo o dia de ontem? Por que um jornal que se considera inovador escorrega em atitudes antigas como essa, mesmo horas depois de anunciar mudanças e modernidades?

Possivelmente a embalagem se renova, mas os cozinheiros do chocolate seguem os mesmos, mantêm velhos hábitos. Está no DNA.

Cerca de 40 quilômetros de Porto Alegre, o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS), ensina como um impresso deve se comportar depois de uma notícia que envelheceu. O mesmo acidente, mas com um pouco de inteligência por trás.

PS: nos bastidores do Vale dos Sinos, se diz que o Jornal NH está trabalhando também em um novo projeto gráfico. E pelo que se vê na capa de hoje, ao menos o conceito de modelo editorial do impresso, da pós-notícia, está bem encaminhado.


quinta-feira, 11 de abril de 2019

Criatividade para salvar o impresso


Que o impresso está em crise, não há discussão. Mas o que os jornalistas deveriam fazer, em primeiro lugar, é justificar a existência do impresso. Não mais como reprodutor de breaking news, mas como refinador de conteúdo.

Algo como fez o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) ao dedicar capa monotemática à tragédia da pequena Estância Velha. Bem diferente do que cometeu Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS), que fez exatamente o que não deveria fazer (alguém do RS hoje ignora o duplo assassinato da manhã de ontem?). E mais ou menos o que tentou Zero Hora (Porto Alegre, RS), que focou no drama da família. Mas escondeu na capa, dominada pela alegria do futebol.

Ou o impresso adota a política editorial semelhante à da capa do Jornal NH, ou o caminho para a morte está traçado.


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Quem nasce jornalinho nunca será jornalão

O que há de comum entre os três jornalões brasileiros, a dois dias das eleições?

Fora algumas opções editoriais, nenhum deles publica santinhos na capa. Há, sim, um espaço para propaganda, limitando à parte baixa em não mais que 25% da altura da capa, mas nem Folha de S. Paulo (SP), nem O Estado de S. Paulo (SP) ou O Globo (Rio de Janeiro, RJ) vendem propaganda política na capa.

Capa é o cartão de visitas, a principal página do jornal impresso.





No Paraná, Santa Catarina e em Minas Gerais aparecem alguns santinhos, mas há regras. O material não pode, de nenhuma maneira, ofuscar o conteúdo editorial.

Assim fazem O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR), O Tempo (Belo Horizonte, MG), Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) e Diário Catarinense (Florianópolis, SC). Verdade que o jornal paranaense quase confunde o que é editorial e o que é propaganda política.




Agora comparemos com o escândalo que acontece no Rio Grande do Sul.

Os dois maiores jornais da capital, Zero Hora (Porto Alegre, RS) e Correio do Povo (Porto Alegre, RS) esquecem que um impresso é feito para o leitor. E abusam nos santinhos, quase que garantindo a folha de pagamento em dia, ao custo da venda de sua seriedade.

Pior, fazem escola e contaminam com essa política todos os jornais dos gaúchos.

Um horror. Uma tragédia no jornalismo gaúcho.